Drug addiction is a scourge that increasingly plagues modern society
Las drogas son un flagelo que cada vez más plaga la sociedad moderna
La toxicomanie est un fléau qui sévit de plus en plus la société moderne
La tossicodipendenza è una piaga che affligge sempre più la società moderna
Hoje ao estacionar o carro, lá estava o acostumado arrumador, de olhos mortiços, de olhar toldado, com horizontes perdidos, sugeria a dádiva duma moeda para juntar às outras, afim de comprar mais uma dose. A toxicodependência é um flagelo que cada vez mais assola a sociedade moderna e Portugal não é excepção. Talvez imperasse uma reflexão sobre a mesma duma forma mais cuidada e com menos tabus. Talvez seja necessário interrogarmo-nos se a legalização das drogas leves possa ser uma forma de dissipar alguma criminalidade que lhe está inerente. Um olhar mais atento e a epidemia de arrumadores fazem-nos na maioria dos casos reportar ao fenómeno da toxicodependência, mas os toxicodependentes não são iguais, são mesmo muito diferentes uns dos outros. Fica assim uma resenha da toxicodependência, para melhor se poder reflectir. e compreender. Fica também a sugestão da leitura da obra de J. Machado Pais - Traços e Riscos de Vida;1999
Prevalece a opinião que a droga é a principal causa dos problemas. Mas é ao contrário., Os problemas é que são a causa da importância que a droga ganhou . A explicação da toxicodependência não depende de um ou de alguns. Depende da combinação de todos.
O Ser. A toxicodependência é um problema do Ser, mas as explicações devem ser procuradas nas circunstâncias do Ser. As drogas, as pessoas com problemas, as suas vidas e as suas famílias, as instituições sociais como a Família, a Escola, ou Trabalho e a Rua. As cidades e a sociedade. A televisão e as outras formas de ilusão. A política e a economia.
As drogas. Os efeitos das drogas nas pessoas é uma vertente da explicação do problema. As drogas produzem uma ilusão de bem estar e de poder. Esta ilusão é artificial, mas as pessoas habituam-se a "ser" assim e só o conseguem com drogas.
A dependência e a negação, são também razões fortes para explicar esta doença.
As pessoas. As pessoas que se tornam dependentes são outra perspectiva necessária para compreender o problema. Histórias de vida e formas de ser diferentes: por exemplo, uma ideia pobre de si mesmo, uma expectativa inadequada sobre a vida, uma sede e viver e de vencer depressa, o medo exagerado do futuro, o sofrimento de Ser que se torna insuportável para alguns...
Famíla, Escola e Rua. Família desorientada, desagregada pelo individualismo dos nossos dias. Escola massificadora, que oferece pouco e não deixa procurar mais. Família e Escola que não atinam na missão primordial que é educar, que é formar o Ser. A Família perdida que se demite das suas responsabilidades. A Escola que nunca poderá substituir a Família. E para os jovens pouco espaço sobra para encontrar o sentido das suas vidas, para encontrar o Ser. Falta o rumo e o Ser.
Trabalho e Família. Muitos perdem-se antes de chegar a altura de ter um trabalho. Mas outra das guerras do nosso tempo é entre a Família e Trabalho. O Trabalho desvaloriza a Família. Somos o que fazemos, somos o nosso trabalho. Somos no presente e esquecemos os nossos filhos que ainda não são nada. Crescer na Família é essencial ao Ser. É aí que se forma a raiz do Ser. Crescer mais, na Escola, na Rua e no Trabalho só é possível a partir dessa raiz. Equilibrar a Família e o Trabalho é um dos desafios que o nosso tempo coloca a cada um para continuarmos todos a ser
Cidade. Massa enorme, disforme, de pessoas sem identidade e sem Ser. A droga é a expressão máxima da vida das cidades, da vida sem Ser. É a massa da cidade que está a matar o respeito que o ser humano tinha pelo Ser.
Sociedade. Individualismo e materialismo exacerbado. Tudo tende para o coisificado, para o não-Ser. O Ser (humano) isolado não é Ser, é coisa entre coisas. O Ser (humano) constroi-se e cultiva-se na relação com outros Seres. É do respeito pelo outro que nasce o respeito por nós próprios e o sentido de uma existência digna e responsável. A ilusão, o prazer imediato a glória a qualquer preço, a fama que os meios a TV alicia e divulga leva a que não dar tempo para sentir, para pensar, e muitas vezes copiar o errado, embora hoje mais minimizado pelos especialistas, talvez pela tomada gradual dessa consciência.
Política e Economia. A droga é um problema social e global, ou seja, é um problema político. Cabe aos políticos a visão. Cabe-lhes definir a estratégia e promover a mobilização da tal responsabilidade de todos e de cada um. Infelizmente costumam gastar oo tempo em problemas mais de remediar que colmatar e fazem legislação mais como manobra estética que efectiva. Quanto à economia, todos sabemos que a droga é um dos maiores negócios do mundo. Há países economicamente dependentes. Depois os tentáculos do polvo chegam a todo o lado. Não podemos dizer que a política e a economia criaram sozinhas este problema. Podemos dizer que contribuíram para este problema nascer e crescer. Podemos dizer que a sua contribuição para gerir este problema é indispensável.
Uma droga é uma substância que pode ser fumada, inalada, engolida ou injectada e que provoca alterações comportamentais e físicas. As sensações que advêm dessas alterações são agradáveis para os utilizadores dessas substâncias, mas os indivíduos que recorrem a elas ficam progressivamente mais dependentes do seu consumo. A ligação à droga pode tornar-se tão forte que retira o interesse da pessoa por outros aspectos da vida. Há quem defenda o tabaco e ao álcool como drogas porque se podem enquadrar nestas definições, embora se continue a catalogá-las de manrira diferente. O tabaco também provoca dependência e é prejudicial à saúde, mas não provoca a alienação do seu utilizador nem o seu desinteresse pela vid, actualmente alguns autores atribuem aos componentes do tabaco perturbadores do "normal comportamento psicológico." Quanto ao álcool, ingerido em pequenas quantidades é até benéfico para a saúde, mas se consumido em excesso pode ser causa de diversas doenças e acidentes mortais, podendo ter efeitos nefastos e similares à droga como alucinações : o delirium tremens.
Existem algumas drogas que são consideradas leves por terem menores efeitos no organismo humano e por não provocarem um nível de dependência tão grande. Mas esta distinção nem sempre é a mais correcta, pois todos os tipos de droga levam à dependência mais ou menos profunda: só depende do tempo e da dose utilizada. Por outro lado, não é invulgar um toxicodependente começar pelas drogas mais leves e passar em seguida para substâncias mais fortes.
Muitas vezes a dependência pode não ser apenas provocada pela substância em si, mas pelo facto de ser necessário ingerir uma determinada quantidade periodicamente. Essa necessidade acaba por afectar aspectos profissionais, pessoais e sociais do indivíduo, podendo mesmo tornar-se o centro da sua vida, destruindo tudo aquilo que o indivíduo gostava de fazer.
A droga provoca alterações ao nível do sistema nervoso central podendo modificar o modo de pensar, de sentir e de agir. Os efeitos da droga variam conforme o tipo de substâncias, o estado físico e psicológico do consumidor e o contexto em que se ocasiona o consumo. A droga vai dominando e empobrecendo a vida. Diariamente, o toxicodependente pode viver situações de risco de vida, ora por excessos de consumo (overdose), ora por ter determinados comportamentos (utilização de seringas infectadas e/ou relações sexuais sem protecção), os quais podem originar doenças incuráveis.
A relação com a droga pode levar, em casos de grande dependência, a problemas com a justiça, devido a assaltos e outro tipo de roubos. E isto acontece, devido aos preços que a 'economia' da droga a nível mundial estabelece, porque à custa da dependência de uns, enriquecem outros. É muito importante que os jovens tenham conhecimentos que lhes permitam compreender esra tão complexa problemática, de forma a facilitar a criação de mecanismos de defesa nas situações de risco de consumo.
A curiosidade, a pressão do grupo e o gosto pelo risco são as principais causas que levam os jovens a experimentar a droga. A fuga a determinados problemas afectivos, de ordem pessoal ou familiar é uma razão comum, tanto nos jovens como nos adultos. O percurso do consumo de droga está intimamente ligado à dependência que esta cria no consumidor .O consumidor sente um intenso desejo de se drogar (dependência psicológica). O organismo fica dependente da droga e a falta desta provoca um grande mal estar físico (dependência física). Para conseguir o efeito desejado, o consumidor tem necessidade de ir aumentando a quantidade de droga.
Dependência
Há vários tipos de drogas psicoactivas. Podem distinguir-se pela sua origem geográfica, pela forma como são produzidas, pelos seus efeitos, pelo perigo associado ao seu consumo, pela forma como são vistas em diferentes culturas e sistemas jurídicos, etc..
Mas mais importante que as diferenças é o que estas substâncias têm em comum. Uma característica fundamental comum a todas as drogas psicoactivas é a dependência que podem provocar a quem as consome.
Existe a dependência física, que corresponde a uma adaptação inadequada do organismo à droga consumada regularmente. Quando esta falta, o organismo ressente-se de uma forma que provoca grande sofrimento no consumidor. Como é sabido, nem todas as drogas provocam este tipo de dependência.
Existe outra forma de dependência que pode ser provocado por todas as drogas psicoactivas e que é muito mais grave: é a dependência psicológica. Trata-se de um processo em que a droga toma progressivamente conta da vida do seu consumidor. Associa-se geralmente a uma ilusão de poder e de controlo dos problemas e a uma negação da dependência. O consumidor não se apercebe do que lhe está a acontecer e não aceita os avisos dos amigos e familiares. Chega a um ponto em que a droga é a única razão de ser e de existir dessa pessoa. A família, a escola, o trabalho, os amigos, tudo deixa de interessar. Neste estado, a recuperação é extremamente difícil pois retirar a droga à pessoa equivale a retirar-lhe a razão de viver. É o vazio absoluto, que se torna insuportável para qualquer ser humano.
Efeitos de Drogas mais usadas
Existe a dependência física, que corresponde a uma adaptação inadequada do organismo à droga consumada regularmente. Quando esta falta, o organismo ressente-se de uma forma que provoca grande sofrimento no consumidor. Como é sabido, nem todas as drogas provocam este tipo de dependência.
Existe outra forma de dependência que pode ser provocado por todas as drogas psicoactivas e que é muito mais grave: é a dependência psicológica. Trata-se de um processo em que a droga toma progressivamente conta da vida do seu consumidor. Associa-se geralmente a uma ilusão de poder e de controlo dos problemas e a uma negação da dependência. O consumidor não se apercebe do que lhe está a acontecer e não aceita os avisos dos amigos e familiares. Chega a um ponto em que a droga é a única razão de ser e de existir dessa pessoa. A família, a escola, o trabalho, os amigos, tudo deixa de interessar. Neste estado, a recuperação é extremamente difícil pois retirar a droga à pessoa equivale a retirar-lhe a razão de viver. É o vazio absoluto, que se torna insuportável para qualquer ser humano.
Efeitos de Drogas mais usadas
Cocaína
A cocaína é originária da folha da coca.
É frequentemete injectada, inalada ou toamada por via oral (sob a forma de crack). Cria uma dependência psíquica grande e sendo injectada, cria também grande dependência física.
Em relação aos seus efeitos, o seu uso habitual cria excitação, autoconfiança e irritabilidade. A sobredosagem de cocaína, cria, por seu lado, uma reacção ansiosa aguda, irritabilidade, depressão, sensações paranóides e psicose cocaínica (alucinações tácteis).
A longo prazo, o consumo de cocaína provoca: ulceração do septo oral, psicose e criminalidade.
Ecstasy
A sensação criada pelo ecstasy, de bem-estar e alegria, conjuga-se bem com o prazer procurado pelos jovens no fim de semana, nas discotecas e nas raves.
Apresenta-se sob a forma de comprimido e, por ser uma droga recente, os seus efeitos alongo prazo não se podem determinar com rigor.
No entanto, o uso e abuso desta droga pode ser mortal, principalmente quando combinado com outras drogas ou alcoól.
Haxixe
O haxixe são as extremidades e a resina do cannabis (folhas e flores). É frequentemente fumado ou tomado por via oral.
Cria grande dependência psíquica e a dependência física é nula, mas possível.
O uso habitual de cannabis ou haxixe, provoca relaxamento,euforia, diminuição das inibições e aumento do apetite na fase final do efeito.
A sobredosagem cria pânico e o seu uso a longo prazo cria debilitação, e síndrome amotivacional.
Heroína
A heroína deriva da morfina e pode ser injectada, fumada e snifada. Cria grande dependência física e psíquica.
O seu uso habitual alivia a dor e a ansiedade e cria euforia. A sobredosagem pode causar miose, depressão do sistema respiratório, edema pulmonar, baixa de temperatura e morte.
A longo prazo o consumo de heroína pode causar: letargia, obstipação, impotência, amenorreia, doenças físicas, por vezes graves, criminalidade e morte.
LSD
O LSD é uma droga sintética.
É tomada por via oral.
A dependência psíquica que cria é baixa e fisicamente, a sua dependência é nula.
O uso habitual tem os seguintes efeitos: alterações das percepções, especialmente das visuais, alucinações, pânico, flashbacks e midríase.
A overdose de LSD cria ansiedade, pânico, alucinações, tremores e psicose.
A longo prazo, o LSD cria pânico, más viagens, alucinações e psicoses.
Ópium
Ópium
Apesar do ópio ter sido sempre utilizado com fins medicinais, actualmente as quantidades transaccionadas pelo munod inteiro, não têm esse fim. O ópio é trazido para ser preparado quimicamente, para produzir morfina e codeína, principalmente. Embora a morfina seja agora utilizada com fins medicinais, o tráfico de ópio continua a ter destino no mercado das drogas. Alguns dos componentes químicos do ópio, não têm, no entanto, consequências graves para o organismo humano.
Solventes
Esses refinamentos recorrem não só á utilização do consumo de álcool, mas também de
Os solventes são de origem sintética. São, mais frequentemente, inalados.
Os solventes são de origem sintética. São, mais frequentemente, inalados.
Criam grande dependência psíquica, embora a dependência física seja nula.
Em relação aos seus efeitos, o consumo habitual de solventes cria relaxamento, euforia e uma sensação de flutuar. A sobredosagem, por seu lado, cria ataxia, por vezes asfixia e morte.
A longo prazo o consumo de solventes provoca danos cerebrais, hepáticos e da medula óssea, e morte.
A toxicodependência não é entendida como uma doença comum pela generalidade das pessoas. Muitos negam mesmo que se trate de um problema de saúde. Esta ambiguidade relativa à toxicodependência é semelhante à ambiguidade com que a sociedade sempre encarou os problemas mentais em geral. A principal razão destas dúvidas resulta da impressão de que as pessoas com problemas mentais são fracas e paradoxalmente, a impressão que essas pessoas são responsáveis pelos seus problemas. Se vivemos todos no mesmo mundo, sujeitos às mesmas pressões e dificuldades, porque apenas uma minoria se torna mentalmente perturbado? A resposta evidente é simples: porque nós, os equilibrados, somos fortes e eles, os desiquilibrados, são fracos. Mas as realidades humanas escapam sempre às respostas simples e evidentes.
Pensem nisso
4 comentários:
Bem, esta "coisa" não é um post, mas sim um Tratado sobre as drogas:)
- Há uma causa que creio não abordas-te: O Prazer, bem, só se o considerares como um problema!
- Uma dose de heroína, equivale a beber 20 cafés de uma só vez ou multiplicares um orgasmo por 10! Imaginem.
ps: não li tudo, claro!
Refiro-me ao prazer como imediato e irreal, não o quantifico porque na opinião de especialistas a sua monitorização é relativa assim como as referidas experiências. Eu pessoalmente prefiro a última opção aos aos 20 cafés e mais csfé não é em absoluto uma droga de dependência física evidente. Quanto a trtdo é sempre insuficiente a informação sobre droga e impera informar , dei o meu modesto contributo indo de acordo com alguns autores com os quais concordo. Mas obriga delo comentário.
"Talvez seja necessário interrogarmo-nos se a legalização das drogas leves possa ser uma forma de dissipar alguma criminalidade que lhe está inerente."
Para mim, a resposta é não.
Normalmente, um toxicodependente não começa com a cocaina ou o LSD...
Começa com o cannabis. Obviamente, não todos os que fuman cannabis vão tornarse toxicodependentes, mas sim uma boa proporção.
Normalmente, quem não fumou nunca cannabis, não vai consumir haxise, cocaina e outros... mas quem sim, é um futuro consumidor de alguma outra droga.
As drogas leves são a porta as outras drogas mais fortes e por tanto, não debem ser legalizadas.
(também, ninguem vai robar para fumar ganja... esso é mais com a cocaina, heroina,...).
Respeito a opinião, mas o crime não aumentou na Holanda, pelo contrário diminuiu, mas a sociedade precisa abertamente falar disso, sem tabus ou ideias feitas
Yo respeto la opinión, aunque el crimen no ha aumentado en los Países Bajos, por el contrario disminuyó, pero la sociedad tiene que hablar de ello abiertamente, sin tabúes ni ideas que hace
Un abrazo y gracias por el comentario
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