Amanhecer

Dal mattino alla sera il tempo cambia; e tutto è effimero
 Et rose elle a vécu ce que vivent les roses, l'espace d'un matin.
Mañana es sólo un adverbio de tiempo
The childhood shows the man, as morning shows the day.  

Nas nuvens
da vida
raio de sol
desponta
na flor
do pensamento.
Borboletas
pairam num ninho
embalado
pela maresia
dum sorriso
que no mar
dos sentimentos
tácteis
desenha a existência
num mundo
circunscrito
à imagem de estrelas
cadentes 
de essências 
perdidas 
nos aromas 
emanados 
do presente 
ou dos perfumes 
do passado.
Caminhando
no musgo rosa
que almofada 
o nosso trilho.
simplesmente 
orvalho,
amanhecer
de sentimentos.
manhã 
advérbio
do tempo.
...
Tudo o resto
a ciência 
explica!


António Veiga, in poemas completos

Ver comboios a passar

Trains today provide unique opportunities in many cities and countries. More accessible rates, higher tourism, more orderly traffic, and environmental consciousness. All these factors weight heavily. Trains are becoming more and more popular.

Selon les régions du monde ou les pays, le train peut être un excellent moyen de transport et l’on ne doit pas le négliger lorsqu’on planifie un voyage.

Da un punto di vista strettamente commerciale il trasporto ferroviario mostra aspetti contrastanti e variabili nel tempo. Il trasporto ferroviario è anche uno dei più sicuri. Facendo uso di una sede propria, normalmente non interagisce con altri vettori, cosa che può accadere.

El mundo del transporte y la logística es muy importante para el desarrollo económico de cualquier región. Lo Ferrocarril se trata de un transporte con ventajas comparativas en ciertos aspectos, tales como el consumo de combustible por tonelada kilómetro transportada, la entidad del impacto ambiental que causa o la posibilidad de realizar transportes masivos, que hacen relevante su uso en el mundo moderno.
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O economicismo tomou as rédeas do poder e tudo se impõe em função do lucro. Os serviços com carácter público são assim desvitalizados e privatizados sobre o pretexto da sua sustentabilidade mas na prática a sua privatização em nada traz qualidade mas redução para um lucro mais fácil. O fecho de linhas e comboios na CP enquanto se apregoa a sua privatização são bem o exemplo disso. A permanente subida dos combustíveis e o peso que os mesmos têm para a economia dum país induz cada vez mais a uma reflexão sobre a mobilidade das pessoas. Os aglomerados urbanos de pequenas dimensões apresentam, habitualmente, padrões de mobilidade centrados na utilização do veículo privado em detrimento de modos de transporte mais sustentáveis, como são os casos do transporte público e dos modos suaves, fruto do tipo de actividades que aí se desenrolam. Assim, um desenvolvimento urbano mais sustentável deve promover a adopção de medidas de apoio para os modos de transporte menos poluentes e mais eficientes de ponto de vista da mobilidade como é o caso dos transportes ferroviários. Para este efeito, o nível de infra-estruturas e equipamentos de apoio deve ser adequado às necessidades dos seus utilizadores e possuir uma boa visibilidade em contexto urbano mas simultaneamente criar aliciantes para o seu uso. Certo é que a CP Porto não tem parado de crescer nos últimos anos e fontes da empresa referiam há alguns meses: "Estes crescimentos são, na maior parte das vezes, registados mensalmente, tendência que julgamos ser alargada a toda a área metropolitana, já que o sistema de transportes existentes é relativamente recente e constitui forte impulsionador da adesão de clientes". Por outras palavras, a existência do metro do Porto e a modernização das linhas para Braga, Guimarães, Caíde e Nine continuam a explicar ainda o aumento da procura que a CP refere nos seus relatórios. É que, antes disso, o Porto não dispunha verdadeiramente de um sistema de transportes públicos moderno, provando a procura dos utentes por este serviço de transportes tendo a linha de Guimarães sido uma das que movimentou milhares de passageiros. Em 2010, a CP registou um aumento de meio milhão de passageiros nas suas linhas suburbanas do Grande Porto, o que representa um crescimento de 2,7 por cento face a igual período homólogo. Esse aumento foi maior nos meses de Outubro e Novembro (que coincide com a introdução de portagens nas ex-Scut A29,A28, A41 e A42.
Contrariamente ao raciocínio deste relatório a CP propõe-se a suprimir dois comboios na linha de Guimarães que servem a população de Vizela, como anteriormente já o fez com a supressão da paragem do inter cidades, tornando assim mais difícil a mobilidade comprometendo o futuro perante a inépcia dos vizelenses que se deixam convencer no engodo da falta de passageiros e na passividade do município e das cores partidárias que o pintam.
Pensem nisso

Inevitavelmente o futuro acontece...

IEl futuro es algo que cada cual alcanza a un ritmo de sesenta minutos  por hora, haga lo que haga y sea quien sea.

The past is of no importance. The present is of no importance. It is  with the future that we have to deal. For the past is what man should not have been. The present is what man ought not to be. The future is what artists are.

Quando il nostro modo di pensare e di sentire, e soprattutto il nostro sistema nervoso rifiutano certe innovazioni, vuol dire che il futuro è arrivato e che ciò che si deve fare è mettersi al passo con esso.

Demain sera-t-il meilleur ? Rose, noir, gris ? L'avenir est toujours  flou... Pouvons-nous agir sur notre futur et prendre les choses en main ou bien sommes-nous victimes de la fatalité ? L’avenir de
l’enfant a le debut sur les soins de sa mére parce que l'avenir est quelque chose qui se surmonte. On ne subit pas l'avenir, on le fait.

Há dias em conversa com um amigo, ele analisava os tempos que correm duma forma muito cinzenta e lamentava-se dizendo: "...que mundo estamos a construir!". Os tempos presentes conturbados da humanidade deve-nos remeter a uma reflexão. A Europa ruma sem rumo definido, sem espírito de união ou identidade própria, a crise internacional e das dívidas soberanas segrega futuros de povos e leva à perda de direitos adquiridos. O exponencial das economias orientais abala as economias instituídas e as relações comerciais. O despertar dum neo capitalismo ganha sentido e apoio na vaga do neoliberalismo que o mundo passivamente vive, ficando as decisões fulcrais da humanidade condicionada aos poderosos do capital com ameaças à democracia, afastando cada vez mais do sonho da igualdade e da liberdade. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento sofrem com os resultados desta política neoliberal. Nestes países: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional, são filhos do neoliberlismo, têm no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado os seus naturais aliados. Com um discurso ameaçador vai-se impondo em todo o mundo apesar das maioria das pessoas augurar dificuldades e conflitos sociais.

É óbvio que um estado de tensão continuado pode despoletar outras formas de violência, tal como aconteceu no passado e a Europa contínua a ser um barril de pólvora. Insurge-me a pergunta que futuro, o que queremos e o que fazemos por ele? Nem todos os futuros são para desejar, porque há muitos futuros para temer, são folhas brancas cujo reverso está escondido (mas pode-se virar a folha) e todos os objectos estáveis e sólidos que nos rodeiam ostentam as suas qualidades mais imediatas, mais densas. As pessoas cada vez mais estão de costas voltadas, chego a pensar que é melhor isto se estragar mais um bocadinho, para ver se as pessoas têm mais tempo para olhar para os outros. Afinal o futuro reserva os nossos sonhos mas é também o futuro que testemunhará a nossa decadência quer das funções básicas e mesmo o nosso extermínio com a morte, mas mesmo neste contrasenso devemos continuar a acreditar no futuro e como tal a prepará-lo tal como o futuro duma criança depende dos cuidados duma mãe também o futuro depende de nós e preparar o futuro numa visão de passagem de testemunho é um acto altruísta da humanidade.

O homem não é de modo nenhum a soma do que tem, mas a totalidade do que ainda  não tem e poderá ter e evolui se lutar para que todos tenham, afinal o futuro é como o papel em branco em que podemos escrever e desenhar o que queremos, ou seja o futuro é o sonho que acontece hoje e um mundo de igualdade seria muito mais justo. Mas, o futuro tal como o sonho pode-se sempre transformar em pesadelo. Quando em países mais desenvolvidos as pessoas cada vez vivem mais tempo e depois ninguém quer cuidar os velhos, têm mais formas de comunicação e estão cada vez estão mais sós, têm melhor acesso aos alimentos e cada vez estão mais mal nutridos, têm mais acesso à informação e estão cada vez mais limitados no saber, realmente assim o futuro pinta-se cinzento. Enquanto não aceitarmos que a vida é difícil, e isso não é mau, não só não arranjamos estratégias e calma para vencer as dificuldades, como as aumentamos e arranjamos uma dificuldade maior. O que torna a vida ainda mais difícil do que é na realidade é pensar que ela devia ser fácil ou que alguém tem direito à facilidade. Mas a vida sem luta não é vida! A luta é o condicionante do sonho. Numa forma simples, a maneira de redimensionar o mundo passa por um aspecto muito profundo, que não tem nada a ver com aquilo que existe à flor da pele. Tem a ver com uma experiência radical do mundo, pois o futuro inevitavelmente acontece.mas poderemos sempre condicioná-lo na essência acreditando que mesmo sobre uma tela cinzenta é possível pintar um quadro de cores do arco íris e mesmo sabendo que alguém possa borrar essa pintura valerá sempre a pena lutar para que a obra aconteça e perdure imprimindo-lhe a beleza em que acreditamos, pois nenhuma vitória se ganha se não puder perder.

Pensem nisso

A culpa

Guilt is never anyone's
La culpabilité n'est jamais de personne, mais les coupables sont toujours les mêmes.
La culpa no es nadie más que los culpables son siempre los mismos.
La colpa non è mai nessuno
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Hoje partilho um poema que me enviaram por mail,  ilustra o estado da nossa sociedade, em que os culpados muitas das vezes se escondem por detrás dos votos conquistados ou dos interesses alcançados.


A culpa é do pólen dos pinheiros
Dos juízes, padres e mineiros
Dos turistas que vagueiam nas ruas
Das strippers que nunca se põem nuas
Da encefalopatia espongiforme bovina
Do Júlio de Matos do João e da Catarina
A culpa é dos frangos que têm HN1
E dos pobres que já não têm nenhum
A culpa é das prostitutas que não pagam impostos
Que deviam ser pagos também pelos mortos
A culpa é dos reformados e desempregados
Cambada de malandros feios, excomungados
A culpa é dos que têm uma vida sã
E da ociosa Eva que comeu a maçã
A culpa é do Eusébio que já não joga a bola
E daqueles que não batem bem da tola
A culpa é dos putos da casa Pia
Que mentem de noite e de dia
A culpa é dos traidores que emigram
E dos patriotas que ficam e mendigam
A culpa é do Partido Social Democrata
E de todos aqueles que usam gravata
A culpa é do BE do CDS e do PCP
E dos que não querem o TGV
A culpa até pode ser do urso que hiberna
*Mas não será nunca de quem governa.*

                                                ( autor desconhecido )
Vale a pena pensar nisto.
 
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