Novelas Eleitorais


Seguindo exemplos doutras campanhas que neste período eleitoral alimentam novelas trágico-dramáticas dou o meu humilde contributo novelístico numa versão mais ecológica. Sujeitando-me a crítica, honestamente confesso que gosto muito de borboletas, não só pela extravagância e venustidade das suas cores mas também, por tudo aquilo que representam, servindo até de exemplo para teorias complexas como a do caos, fundamentando que o seu elegante bater de asas pode desencadear tornados a milhares de quilómetros pelas correntes de ar cujo esvoaçar provoca. A teoria do caos, uma das leis fulcrais dum todo como o Universo, está presente na essência de quase tudo o que nos rodeia. Na sua complexidade a ideia central consiste que a mais pequena mudança pode espoletar um evento capaz de desencadear consequências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro, sendo as mesmas praticamente imprevisíveis. Embora pareça assustador, mas tudo o que acontece na vida tem repercussões ininteligíveis no futuro, tal como pode determinar o bater de asas duma borboleta à distância ou no futuro. Estes pequenos seres cujo ciclo de vida também pode inspirar o fatalismo iminente duma mutação contínua,  que pleiteia com transformações radicais desde a fase de pré larva ao magnânimo bater de asas do imago. 

Desta leitura conclui-se que nada é inconsequente num universo em permanente mutação, esta análise estende-se assim a tudo até mesmo à política, não significando que na política há borboletas, pelo menos em Vizela este tipo de insetos é escamoteado e disperso por zangões, vespas ou mesmo besouros, Se nos mantivermos a falar deste tipo de insectos que pululam em Vizela,  (vespas, besouros, e zangões) como predadores suma colmeia comum está sempre presente uma laboriosa abelha melífera que nada prejudica a conjuntura. Imaginem só, se juntássemos a cada par daqueles primeiros insetos, uma simples abelha melífera numa fórmula matemática de 2-2-2-1. Teríamos os pares daqueles três primeiros austeros e convictos insetos em qualquer acção conjuntura uma intervenção entre si mais doce e um zumbindo mais melodioso. De certeza que todo o universo dos insetos olharia para aquela composição duma forma mais assertiva pois os resultados finais indubitavelmente seriam muito mais produtivos para a comunidade. Por outro lado não se corria o risco de viver numa maioria com ruído dos zangões, e por outro os ferrões das possantes vespas ou  a praga dos besouros eram menos incómodo e nefasto à comunidade, porque maiorias são sempre perigosas e os políticos sabem isso por isso andam sempre a pedi-las para as usar, totalitariamente, como armas sem serem incomodados.  Esta poderia ser uma novela de campanha se cada inseto tivesse explanado objetivamente as suas ideias mas tal não aconteceu face ao desentendimento dos insetos maiores, onde nem os mosquitos quiseram estar presentes. Face à ausência de personagens, achei conveniente ilustrar toda a vontade que a abelha melífera tinha.

Obviamente não será inconsequente o rumor que se criou nesta campanha autárquica e com certeza desencadeará tumultos gravosos no futuro, porque toda a ação desencadeia uma resposta (salvaguardando outras teorias que não sejam exclusivamente behavioristas). Primeiro porque se não houver discernimento para entender que os intervenientes  que previamente clamam vitória sejam eles  (in)dependentes, socialistas ou social democratas; segundo porque são todos gatos do mesmo saco e logo que sintam uma abertura  correm cegamente à procura duma cadeira de poder cuja tendência intrínseca os impele  para se servirem dele ao contrários das borboletas cujas crisálidas quando se libertam do casulo transforma-se sóbria e elegante da perfeição da natureza como é o imago ou o exemplo da obreira abelha que indefinidamente continuará a trabalhar para a colmeia comunitária.
Como abelhas obreiras e sem o ruído comum a outos insetos de grande porte a CDU com centenas de contactos com instituições associações e com a população, criou um rumo a seguir tal qual a abelha que pelo sol calcula o caminho da colmeia e esse rumo foi: um desenvolvimento do concelho centrado o rio, nas termas e a promoção da marca Vizela para dignificar Vizela e os Vizelenses. Levantámos os problemas que se arrastam há 19 anos:
1.     Falta de prioridades na gestão do orçamento que criou uma e inadequada ação, tropelia e desorientação dos rumos do concelho condicionando uma desigualdade e assimetria no desenvolvimento do município
2.     Uma ausência de políticas ambientais eficientes, com atropelos permanentes em particular com o rio e cursos de água;
3.     Na cidade e zona urbana uma ausência de medidas de efetiva requalificação urbana e ambiental, com prédios a degradarem-se;
4.     A completa negligência e falta de preocupação pelas freguesias periféricas e suas mais sentidas carências;
5.     Um total desprezo para com os problemas sociais com medidas de fachada e sem uma ação sagaz para o atenuamento das causas;
6.     Opções, ao nível dos investimentos, em obras perfeitamente desenquadradas de uma estratégia de desenvolvimento, em geral dispendiosas e de duvidosa prioridade como a estrada famosa estrada paralela à nacional, ao mesmo tempo que se negligenciam as funções sociais como a Educação e a Acção Social dirigidas às crianças e aos idosos;
7.     Uma gestão marcada pelo exercício do poder na clausura dos gabinetes e em birras de poder que originou movimentos independentes.

Nesta campanha caracterizada pelos cinco d´s: Disparidade de meios, deploráveis ações, distorções de verdade, demagogia e despesismo inaceitável; fizemos o que os nossos meios permitiram e na objetividade de ideias não fomos inferiores aos outros, sempre rumámos na dianteira. Somos com uma humilde equipa sem as doutidades que outros ostentam (com resultados práticos pouco visíveis), pois fomos os primeiros a fazer o programa, assente no acrónimo: DISCUTA (Desenvolvimento, Economia, Emprego Identidade, Inovação, Marca Vizela e gestão municipal Serviço social e Saúde Cultura, educação,  desporto e associativismo Urbanismo, Obras públicas, PatrimónioTransportes, Acessibilidades  Ambiente, Ordenamento e Recursos Naturais) 

Em cada uma das alíneas apresentámos soluções fundamentadas. Sabemos que algumas delas podem e devem ter conclusão em mais de que um mandato. A título de exemplo é faccioso e pouco sério dizer que se vai despoluir o rio logo quando chegarem à liderança como se já não houvesse um plano e uma hierarquia de intervenções por organismos diferentes, mas esses procedimentos não pareceram ser interessantes e discutíveis pelos que já clamam vitória antecipada. (talvez não tenham tempo para ensaiarem hinos de vitória). Poucos quiseram falar das termas, das soluções para as mesmas, nós CDU estivemos horas a falar com o diretor do Centro Tesal Termas de Vizela  e quisemos o contraditório da câmara que apesar de o garantir nunca o cedeu, outros que antes negociaram esgotaram os interesses deixaram desinteressadamente de  falar,  simplesmente palpitam por alto para todos ouvirem e ninguém perceber.  Perante a importância histórica do Tratado de Aliança e o perfeito enquadramento no contexto internacional e nacional da atualidade propomos um conjunto de medidas que se estendem muito mais que as apresentadas no nosso programa. Estivemos no terreno efetivamente a trabalhar sem o ruído dos holofotes ou a cegueira do fumo de porcos de espeto ou autocarros londrinos que esqueceram celebrar o dia do tratado de aliança, fomos movidos apenas pelo interesse da terra sem andar a mendigar votos, oferecer contrapartidas, aproveitar-se de eventos ou simplesmente a perturbar o sossego de quem está. Os votos que a CDU alcançar não são propriedade exclusiva dos que votarem nela, porém os eleitos serão representantes de todos e descansem os que não votarem em nós que pautaremos também pela sua dignidade. Nunca esmoreceremos porque somos sementes e mesmo que nos tentem tapar germinaremos com mais força, tal qual abelha que labora convictamente por uma causa comu. Não comprámos, nem iludimos ninguém, porque também não estamos à venda.

E cuidado: pela boca morre o peixe assim como todo o animal que vai para abate é bem sevado antes da matança, nalgumas espécies há quem diga que a carne fica mais tenra se lhe derem música. Mais do que nunca Vizela, no atual quadro de quezília política com consequências futuras, precisa duma voz conciliadora como a CDU que represente o povo e as classes trabalhadoras e seja uma força centrípeta e nunca centrífuga no concelho, sem hostilidades mas pelo empenho à causa de Vizela e dos Vizelenses, onde a presença dum vereador fará a diferença Desenganem-se aqueles que dizem que votam nas autárquicas apenas na pessoa, o importante é votar num projeto e estar-se atento como sentinela da sua execução. No dia 2 de Outubro não se falarão em pessoas, apenas no que cada partido conseguiu no escrutínio das urnas, porque dos independentes, como não têm contas a dar a não ser ao espelho, ficarão dependentes doutros e dispersarão para lugares que lhe convenham. Quem quer que vença não pode esquecer um pensamento de José Mujica;  “O poder não muda as pessoas, só revela quem são verdadeiramente.”
Pensem nisso
António Veiga
 
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