Balada de Outono

The word autumn comes from the Old French word autompne, and was later normalised to the original Latin word autumnus.In autumn the leaves fall to inspire a melody
L'automne se caractérise par une baisse progressive des températures, un temps ensoleillé et par des couleurs marquées sur les arbres.
En literatura el otoño, en sentido figurado, representa la madurez. Durante el otoño, las hojas de los árboles caducos cambian y su color verde se vuelve amarillento y amarronado, hasta que se secan y caen ayudadas por el viento que sopla con mayor fuerza. Desde esta estación la temperatura comienza a ser un poco fría.
In autunno le foglie cadono per ispirare una melodia




O esvoaçar suave
das folhas de Outono
desperta-me.

Acordo o dia
ainda púbere
espreguiço-me nas memórias.
Resnasces em mim,
mergulho nos teu cabelos
que enlaçam
a nudez do teu corpo.
Reanimo-te:
com missivas de carícias,
escrevo-te rosas
vivazes e perfumadas
no roçar de pernas
duma dança.

Corpos e música
entrelaçam-se numa balada
afinados e embalados,
na melodia inacabada
entoada em acordes
dum solo dedilhado
com notas soltas
sustenidas no desassossego
libertadas nos sons
presos ao solfejo
numa escala do tempo
da partitura da vida,
marca o ritmo do peito:
ecos do pulsar
entoam na luz da manhã.
Raios de sol
Pintam ósculos orvalhados
como arpejos inefáves
e translúcidos,
liberta as folhas
como pétalas
pintam de cores
o horizonte,
numa valsa
a passos cadenciados.

Dançam e sussurram
as nossas memórias
soltando gargalhadas
de contentamento.

Nesta dança de folhas
que se oferecem ao vento
enfloresces-me no pensamento.

Afago a frescura
sedosa da tua pele
prenha de desejos.

As folhas conquistam os céus
com rodopios e cambalhotas.
Numa alegria contagiante
esgotam a vitalidade
tombam por terra
de mansinho.
Prostradas no chão
organizam-se em camadas,
abrem o ventre
esfregam-se no semen
do solo de Outono.

Orgias em clímax de cores
rubras da paixão
douradas de vida
coradas de prazer
do ciclo cumprido.
Apodrecem
grávidas na esperança
do sonho de serem
estrelas cadentes
no céu duma noite de verão,
resignadas  sempre à ideia
de cumprirem os desígnios
da natureza e fertilizarem o solo
doutras folhas
que eternizem
a balada de Outono!

António Veiga, in poemas completos

Fim de Verão

Le soleil couchant est toujours une beauté unique de couleur et de lumiére, les cieux portugais savent comment les obtenir, même avec la crise économique dans le pays.
La puesta de sol es siempre una belleza única de color y  luz, los cielos portugueses saben cómo recibir.
The setting sun is always a unique beauty, color and light, the skies Portuguese know how to receive them even with the economic crisis
Il sole al tramonto è sempre una bellezza unica, colore e luce, il cielo portoghese sapere come riceverli anche con la crisi economica 

O Verão chega ao fim e eu convido-vos a mais um "safari fotográfico", porque se cumpre  ciclo de vida onde o fim é sempre relativo ou absoluto tanto quanto a vida. O verão aporta pelo menos para mim e penso que para uma grande parte de pessoas a fase do ano em que fecha um ciclo que propícia um contacto mais directo com o exterior (a natureza) e o convívio com os amigos sendo a época das férias e as condições meteorológicas potenciadores dando uma maior predisposição para esses contactos. Setembro e Outubro são meses de regresso à labuta de mais um ano que por coincidência termina já em Dezembro para depois o ano civil se estrear em Janeiro, revelando-se uma vez mais que princípio e fim são relativos por muito absolutos que sejam classificados. Ante estes devaneios convido-vos a mais um "Safari fotográfico" por terras lusas, mas desta vez não será bem por terras lusas mas sim por céus lusos, ou seja contemplem pores de sol que durante o período estival fui registando ante os céus desta terra.
O pôr-do-sol é sempre um espectáculo único de beleza pleno de romantismo e alguma nostalgia é normalmente mais brilhante do que o nascer do sol, pois a matiz de vermelho e laranja são mais vibrantes e eu nunca fui muito madrugador para assistir a nasceres de sol. A atmosfera responde de diversas formas à exposição da luz solar dando espectáculos esplendorosos de luz e cor. Em particular, no final do dia, a atmosfera tende a reter uma quantidade maior de partículas em suspensão do que no início do dia. Durante o dia, o sol aquece a superfície deste pequeno país (este ano o Verão até não foi muito quente), diminuindo assim a humidade do ar e aumentando a velocidade e a turbulência dos ventos, o que acaba por levantar a poeira para o ar. Como a luz do Sol sofre um desvio gerado pela atmosfera, o sol ainda pode ser visto depois de já estar atrás do horizonte físico. Outra curiosidade gerada pela distorção da luz solar pela atmosfera é que o sol também aparenta ser maior no horizonte, uma ilusão de óptica similar a que ocorre com a Lua, por isso também vos deixo algumas fotos da lua que teimosamente também apareceu por estes céus lusos.
O por do sol indicia o fim dum dia mas todos os fins são neutralizados, e os juízos de valor viram-se uns contra os outros, de pouco servem bons começos e melhores meios, se os fins não se mostram bem
sucedidos, assim a beleza dum findar do dia resplandecido na beleza do espectáculo dum por de sol é não mais do que a suavização desse dia para os desafios que o próximo apresenta.
Pensem nisso...
...enquanto assistem ao adormecer dos céus  de Portugal e embalem-se na música dos Madredeus.
O sol esconde-se no horizonte

Ante o vidro do carro toda a luz do dia desvanece por detrás da vegetação

Um fenómeno ímpar, enquanto o sol se põe ainda tem coragem para desenhar um arco íris

O vento passeia as nuvens pelo céu

Cruzando o horizonte

Mar, Céu e Sol


Escondendo-se por detrás das rochas

Espectáculo de luz

Fim do dia, início da noite

Iluminando o mar

Mistura de cores

Turbulência das nuvens

Nuvens e luz do por de sol

Reflexos no mar do fim do dia

Espelhos de água e luz

Mistura de cores

O Sol Espreguiçando-se no mar

Fim do dia

Mar e cor

Rocha e luz

Tons de ouro

Beira mar na contra luz

Festival de cor e luz

Escondido

A praia e a ilha

Horizonte Rubro

Aconchego


Encosta

Dourado


Céus à Picasso

Ruralidades



Montanha

Invasão de Nuvens

Luz

Marmoto do imaginário

Árvores

Algarve

Passos na areia


Lua espreitando o sol a partir








Lavandaria de dinheiro


Gilles Lapouge (Digne, 1923) é um escritor e jornalista francês. Ele passou a sua infância na Argélia, onde o pai era militar. Estudou primeiro história e geografia,antes de tornar-se jornalista, autor de ensaios , de narrações, de romances, jamais deixou de ser jornalista e escreveu o seguinte texto sobre o qual vale a pena meditar.

A Suíça estremece.
Zurique alarma-se.
Os belos bancos, elegantes, silenciosos de Basileia e Berna estão ofegantes.
Poderia dizer-se que eles estão assistindo na penumbra a uma morte ou estão velando um moribundo.
Esse moribundo, que talvez acabe mesmo morrendo, é o segredo bancário suíço.
O ataque veio dos Estados Unidos, em acordo com o presidente Obama.
O primeiro tiro de advertência foi dado na quarta-feira.
A UBS - União de Bancos Suíços, gigantesca instituição bancária suíça viu-se obrigada a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por ela ajudados para defraudar o fisco.
O banco protestou, mas os americanos ameaçaram retirar a sua licença nos Estados Unidos.
Os suíços, então, passaram os nomes.
E a vida bancária foi retomada tranquilamente.
Mas, no fim da semana, o ataque foi retomado.
Desta vez os americanos golpearam forte, exigindo que a UBS forneça o nome dos seus 52.000 clientes titulares de contas ilegais!
O banco protestou.
A Suíça está temerosa.
O partido de extrema-direita, UDC (União Democrática do Centro), que detém um terço das cadeiras no Parlamento Federal, propõe que o segredo bancário seja inscrito e ancorado pela Constituição federal.
Mas como resistir?
A União de Bancos Suíços não pode perder sua licença nos EUA, pois é nesse país que aufere um terço dos seus benefícios.
Um dos pilares da Suíça está sendo sacudido.
O segredo bancário suíço não é coisa recente.
Esse dogma foi proclamado por uma lei de 1934, embora já existisse desde 1714.
No início do século 19, o escritor francês Chateaubriand escreveu que neutros nas grandes revoluções nos Estados que os rodeavam, os suíços enriqueceram à custa da desgraça alheia e fundaram os bancos em cima das calamidades humanas.
Acabar com o segredo bancário será uma catástrofe económica.
Para Hans Rudolf Merz, presidente da Confederação Helvética, uma falência da União de Bancos Suíços custaria 300 biliões de francos suíços ou 201 milhões de dólares.
E não se trata apenas do UBS.
Toda a rede bancária do país funciona da mesma maneira.
O historiador suíço Jean Ziegler, que há mais de 30 anos denuncia a imoralidade helvética, estima que os banqueiros do país, amparados no segredo bancário, fazem frutificar três triliões de dólares de fortunas privadas estrangeiras, sendo que os activos estrangeiros chamados institucionais, como os fundos de pensão, são nitidamente minoritários.
Ziegler acrescenta ainda que se calcula em 27% a parte da Suíça no conjunto dos mercados financeiros offshore" do mundo, bem à frente de Luxemburgo, Caribe ou o extremo Oriente.
Na Suíça, um pequeno país de 8 milhões de habitantes, 107 mil pessoas trabalham em bancos.
O manejo do dinheiro na Suíça, diz Ziegler, reveste-se de um carácter sacramental.
Guardar, recolher, contar, especular e ocultar o dinheiro, são todos actos que se revestem de uma majestade ontológica, que nenhuma palavra deve macular e realizam-se em silêncio e recolhimento...
Onde param as fortunas recolhidas pela Alemanha Nazi?
Onde estão as fortunas colossais de ditadores como Mobutu do Zaire, Eduardo dos Santos de Angola, dos Barões da droga Colombiana, Papa-Doc do Haiti, de Mugabe do Zimbabwe e da Máfia Russa?
Quantos actuais e ex-governantes, presidentes, ministros, reis e outros instalados no poder, até em cargos mais discretos como Presidentes de Municípios têm chorudas contas na Suíça?
Quantas ficam eternamente esquecidas na Suíça, congeladas, e quando os titulares das contas morrem ou caem da cadeira do poder, estas tornam-se impossíveis de alcançar pelos legítimos herdeiros ou pelos países que indevidamente espoliaram?
Porquê após a morte de Mobutu, os seus filhos nunca conseguiram entrar na Suíça?
Tudo lá ficou para sempre e em segredo...
Agora surge um outro perigo, depois do duro golpe dos americanos.
Na mini cúpula europeia que se realizou em Berlim, (em preparação ao encontro do G-20 em Londres), França, Alemanha e Inglaterra (o que foi inesperado)  chegaram a um acordo no sentido de sancionar os paraísos fiscais.
"Precisamos de uma lista daqueles que recusam a cooperação internacional", vociferou a chanceler Angela Merkel.
No domingo, o encarregado do departamento do Tesouro britânico Alistair Darling, apelou aos suíços para se ajustarem às leis fiscais e bancárias europeias.
Vale observar, contudo, que a Suíça não foi convidada para participar do G-20 de Londres, quando serão debatidas as sanções a serem adoptadas contra os paraísos fiscais.
Há muito tempo se deseja o fim do segredo bancário. Mas até agora, em razão da prosperidade económica mundial, todas as tentativas eram abortadas.
Hoje, estamos em crise.
Viva a crise!!!
É preciso acrescentar que os Estados Unidos têm muitos defeitos, mas a fraude fiscal sempre foi considerada um dos crimes mais graves no país.
Nos anos 30, os americanos conseguiram caçar Al Capone.
Sob que pretexto?
Fraude fiscal !!!
Para muito breve, a queda do império financeiro suíço!»

Letargia de Vizela



Vizela está agora no período das férias e agora tudo acontece mais devagar, a maioria descansa para retomar forças e enfrentar um ano de trabalho com o fantasma de recessão e da crise a pairar. Mas, efectivamente pouco aconteceu nestes anos em que o actual edil governa, revelando grande mas trôpega vontade inicial e completamente adormecido no passar dos tempos, embalado com uma oposição de assento. A desculpa recairá com certeza no aperto do cinto motivado pela crise. O facto é que está tudo na mesma, a obra quase se limita a um passeio em volta do parque como acto de relevo. Outras iniciativas são correcção de erros do passado, como o caso da estrada que parou algures num campo não cumprindo o seu desígnio de paralela.
Este edil o que deixa no passado cabe numa mão de quase nada ou coisa nenhuma, mas o mais preocupante é o que futuro reserva, porque não havendo "reservas", o futuro fica muito reservado. Vizela é, assim, um concelho à espera que aconteça, com esta letargia corre o risco de adoecer e sem médico a quem recorrer. Não há diálogo, não há entrosamento, não há cooperação e, principalmente, não há uma visão dos indivíduos voltada para a sociedade e sim para aquilo que cada um dos intervenientes deseja, talvez preservando um "nicho". Basta relembrarmos quer na assembleia municipal quer na câmara as matérias em discussão, necessárias à projecção do concelho, composto de diferentes visões e níveis de importância. são manipuladas pelos representantes, mais em função de partidarismos ou rixas pessoais criando-se um vazio agudizado pela grave crise política e administrativa que permeia as classes dirigentes do país, com nítido reflexo sobre o ânimo da população.

Pensem nisso.
 
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