Mirando a un paciente terminal en la cama de hospital
En regardant un malade en phase terminale dans une lit de l'hôpital
Guardando un malato terminale in ospedale letto
Gemes o teu sofrimento,
confessas a dor desse corpo
que resta dum mundo ingrato,
desconhecido...
Cada minuto é um punhal cravado
num longo espaçodum segundo desse sofrer.
Esse corpo pesado e inchado
demora na despedida.
Essa luta com a morte
vai para além da razão...
tudo fica no sofrimento,
na dor, na esperança...
Sofres aí deitado!O peso da dor
amarra-te nessa cama.
Quando tudo deixares,
fica apenas a recordação
de quem tanto sofre
para viver:
A dor de viver
numa vida sem cor.
António Veiga
in Poemas Completos
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