Manipuladores



Os Homens têm a capacidade de alterar aquilo que é lógico mesmo que para isso se fundamentem na lógica. Sabendo a necessidade da formação e educação é comum aos políticos incidirem e até conservarem uma maioria menos culta e usarem-na em seu proveito estabelecendo discursos ou actos populistas, é comum usarem figurantes para o aplaudirem numa concentração, pois uma claque não melhora o discurso mas predispõem os espectadores alvos a descobrirem os seus méritos. O mimetismo é a mola principal para mover as massas no sentido do entusiasmo, do respeito ou do ódio. Mesmo perante um pequeno público de trinta pessoas, há sempre algo de religioso que provém da coagulação dos sentimentos individuais em expressão colectiva. No meio de um grupo, é necessária uma certa energia para pensar contra a maioria e coragem para exprimir abertamente essa opinião. Essa é uma dificuldade dos partidos pequenos e mesmo das minorias que são cilindradas por esse poder ao que se associa o económico e outros. A primeira tarefa consiste em determinar quem são, apesar de eles próprios não o saberem. Um manipulador de opinião não tarda a distinguir o punhado de indivíduos em que pode apoiar-se para influenciar os outros, nas autárquicas normalmente buscam-se famílias numerosas com rendimentos dependentes e formação académica rudimentar. Consoante os casos, esse manipuladores escolherão os faladores ou os fanfarrões, os que protestam ou se obstinam, os que fazem rir ou chorar, os que alimentam a cólera, etc. Toda a arte consiste em conquistar rapidamente a simpatia dos líderes ainda inconscientes do seu estado e papel. Manipulados, serão por sua vez manipuladores do resto do grupo, que os seguirá como um só homem assim estabelecendo o princípio básico da fulanização das relações e da política. Há países que para complementar esse controle usam o infiltrado que consoante se trate ou não dum estado democrático pode ter um papel de polícia, delator ou simplesmente conselheiro ideológico, que não só controlam como permanentemente dão a apologia da vitória ou da superioridade. Hitler, Mussolini, Franco, Salazar e outros ditadores souberam-no fazer e até foram exemplos absolutos de popularidade Outros lideres homenageiam os seus antecessores para quebrarem parte da oposição ou dos grupos, passando uma mensagem de diálogo quando muitas vezes não passa de uma forma de calar, algumas juntas (exº: Tagilde), já aprenderam issoº


As multidões não apreciam os vencidos: não é que sejam cruéis, mas a derrota desmoraliza-as. Só a cólera, o medo ou o entusiasmo as animam. O enorme animal constituído pela multidão é impermeável às subtilezas, tem necessidades do tonitruante e do ostentatório. Reduzida às dimensões de um grupo, a sua psicologia muda, mudando ainda mais se o grupo se transforma numa assistência restrita. Esta é a táctica usada pelos que querem retomar multidões imperando a fragmentação do grupo. Resta duas hipóteses ao líder do actual grupo: se não quiser companhia, arrisca-se a ficar só; se quiser entender-se com todos, arrisca-se a ter todos por inimigos e aí pode começar a subida ou a queda onde tudo vale para manter o poder.

Impera mudar, e como mudar? Talvez quando a consciência de cada um sair do individual para o colectivo e por sua vez o colectivo permita que: oportunidades, os direitos sociais, os rendimentos, a formação e a cultura sejam mais homogéneos. Talvez aí os manipuladores sejam uma maioria tão residual que apenas sirva para ilustrar os maus exemplos e as atrocidades da história da Humanidade, que ninguém quer imitar.



Pensem nisso

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