A classe médica tem ao longo do tempo sido bajulada e socialmente protegida constituindo ela só por si uma forma de poder, capaz de dinamizar ou boicotar um sistema nacional de saúde. O juramento de hipócrates associado ao desempenho médico é actualmente olvidado e não passa duma miragem da história Grega. É óbvio que há profissionais médicos que são exemplo de dedicação, no entanto na sua maioria muitos dos médicos são autênticos mercenários da saúde, normalmente aliciados actualmente pelas entidades financeiras bancos e seguradoras, apostados em corromper o sistema nacional de saúde. Muitos dos jovens que pretendem enverar pela carreira médica alicia-os precisamente esse aspecto socio económico e só alguns se deixam seduzir pelo lado mais humanitário inerente ao juramento de Hipócrates que genericamente refere:
"Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higéia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.
Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."
Os cuidados de saúde são tanto mais dirigidos e de qualidade quanto as equipas multidisciplinares forem mais funcionantes e Portugal está muito longe dessa etapa. As profissões satélites à medicina são complementares à melhoria de cuidados, que deverão ter autonomia própria tendo em conta um objectivo comum que é prestação e prevenção aos cuidados de saúde. A Enfermagem é bem um exemplo disso, pois o que seria dos cuidados de saúde sem enfermeiros? Nem sempre são suficientemente valorizados pelas populações havendo uma certa tendência para centrar a saúde nos médicos. Mas quais são de facto as diferenças entre médicos e enfermeireos, isso pode ser ilustrado na seguinte história:
"Um homem navegava com o seu balão, num lugar desconhecido. Estava completamente perdido, e para sua surpresa encontrou outro Homem... Ao reduzir um pouco a altitude do balão, numa distância de 10m aproximadamente, ele gritou-lhe:
- Hei, Senhor, sabe aonde eu estou?
- Hei, Senhor, sabe aonde eu estou?
O outo respondeu:
- Está num balão a 10 m de altura
Então o primeiro homem fez outra pergunta:
- O senhor é enfermeiro, não é?
O segundo homemrespondeu:
- Sim...! Como adivinhou?
E o primeiro:
- É simples, Deu uma resposta tecnicamente correta, mas que não me serve para nada...
- É simples, Deu uma resposta tecnicamente correta, mas que não me serve para nada...
Então o enfermeiro pergunta:
- O senhor é um médico, não é?
E o homem:
- Sou...Como adivinhou???
E o enfermeiro:
- Simples: o senhor está completamente perdido, não sabe fazer nada e ainda quer colocar a culpa no enfermeiro."
- Sou...Como adivinhou???
E o enfermeiro:
- Simples: o senhor está completamente perdido, não sabe fazer nada e ainda quer colocar a culpa no enfermeiro."
Pensem nisso
António Veiga
3 comentários:
A história é muito boa, hehe.
A tipica guerra entre médicos e enfermeiros... acho que não há pais que não sufra esta guerra.
E pode não parecer, mas acho que em Portugal a guerra é mais fraca que em Espanha... bastante mais fraca...
E sim, curiosamente, o doente sempre se lembra do médico, mas poucas veces do enfermeiro, que é quem mais tempo está com o doente.
adorei!!!!!
é a mais pora verdade. sem o enfermeiro o medico nao seria nada!!
nossa isso foi massa! tudo de errado acba sobrando pro enfermeiro.
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