Construir diálogos não é um sonho ou utopia! Destacando-se um pouco do passado o actual presidente da Câmara de Vizela, convidou as diferentes forças políticas no concelho para as auscultar e simultaneamente divulgar os objectivos da câmara para este mandato. Por si só é uma medida que é de louvar e revela sentido e maturidade democrática, das quais todos nos devemos congratular. Numa era em que os homens a cada dia se isolam um pouco mais dentro de si mesmos, criar diálogos é uma necessidade. Claro que não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível, uma vez que o próprio homem é um ser dialogante, mesmo quando monologa com "seus botões". Ora, se até "o silêncio fala", construir diálogos passa a ser uma exigência. E, importa mais de viva voz apresentar os projectos “face to face” que conversas perdidas em críticas ou simplesmente palpites cibernaúticos ou de café normalmente escondidos e muito pouco frontais. Sem diálogo o progresso, transformação, mudança ficam muito mais comprometidos
Diálogo (do grego dialogos, pelo latim dialogus) uma características do homem moderno que ganhou mais fôlego com a revolução tecnológica. Mas o diálogo ou as pretensões a dialogar não se fecham em si próprios, tem no mínimo de haver sempre um ouvinte, que atento, parte em princípio de boa fé. Só quando somos capaz de ouvir, quando sinceramente admitimos que o outro pode ter razão ou parte dela, é que podemos começar a ver, ou a tirar frutos do diálogo. Dialogar é procurar a verdade com o que há de bom em cada um. Quem participa em debates e fala sem escutar, espezinha qualquer raciocínio que não seja conduzido por si próprio, despreza as oposições, ignora as obstruções e, de certo modo, conquista a vitória à força de palavras, está longe de tornar o diálogo em algo produtivo, apenas está a impor a sua própria vontade disfarçada de abertura ou espírito democrático. Se as discussões políticas se tornam facilmente inúteis podem ter aí a sua causa principal, esse género de esterilidade que estão geralmente condenadas, porque aquilo que prevalece neste género de discussão, mais frequentemente do que se pensa, não é a necessidade da verdade mas o desejo de discutir. Numa época em que o poder não vem de um distinto ou de uma arma., as pessoas aceitam passivamente como o verdadeiro poder associado a falsas promessas ou mentiras inerentes desde o programam às medidas de execução, atitudes que assentam, nos interesses e no mentir descaradamente, conseguindo que toda a gente alinhe na mentira, e conseguir que toda a gente concorde com aquilo que sabe perfeitamente que não é verdade. Impera assim mudar o rumo, foi nesse sentido que a CDU na recente reunião de cerca de 2 horas com o edil esteve presente, não só ouvindo e dando o benefício da dúvida nesta fase inicial reservando-se ao facto de estar atenta e interventiva no seu decorrer, apresentando também algumas medidas que por se acharem fulcrais e prementes para o concelho e cuja viabilidade fizemos notar.
Esperemos assim que deste diálogos onde não deve haver vencedores nem vencidos mas vontade de cooperar e que do mesmo surja progresso, pois Vizela bem o carece e merece.
Pensem nisso.
2 comentários:
Com uma actividade incisiva continua há 2 anos atrás, poderias ter tido melhores resultados. Onde estives-te estes últimos 8 anos? Há quem veja, e do lado do poder um contributo muito positivo do PCP neste último mês.
Estou onde me quiserem ouvir, anteriormente remeteram as minhas opiniões para 2º plano, e eu não sou dos que andam aos saltos para aparecer na foto. Se tiveres atento e com memória quando fui solicitado a intervir emiti um pouco a minha opinião que se perdeu nos arquivos dos jornais concelhios ou na atenção dos vIZELENSES, EU ESTAVA LÁ MAS NÃO QUISERAM. actualmente talvez ouçam mais, até me ignoraram, mas será que hoje alguém vai ouvir? Duvido!...Mas, nunca virarei a cara ao que acredito, penso que ainda não corro o risco de falar sozinho. Provei que com documentos, relatórios e pareceres técnicos a viabilidade do nosso programa, que cheguei a comentar com alguns dos candidatos, talvez a diferença seja essa associada ao convite dos jornais para escrever e este simples blog. Mas o futuro dirá, e uma das coisas que acredito é no futuro porque o amanhã faz-me sonhar e dá-me vontade de lutar, até pelos que não acreditam. Obrigado pelo comentário.
Um abraço de amizade
António Veiga
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