O Outono vai terminando acompanhado de ventos, chuva e selado com a queda progressiva das folhas das árvores, depois de fustigadas por um Verão tórrido de ideias.. A natureza cumpre o seu labor, embora desorientada por momentos pela forma como o Homem a tenta adulterar. No reino da Natureza dominam o movimento e o agir. A cidade de Vizela ganha uma nova imagem, um pouco mais despida, é certo, mas as cores das folhas vão se multiplicando para depois jazerem pelo chão donde se apagam olhando a nudez das árvores. Vizela também se vai despindo de partes integrantes de si mesma como as termas, o Hotel e aos poucos do rio. Mais grave ainda, vai virando as costas aos seus visitantes e fechando as portas aos filhos da terra por não vislumbrarem um futuro, nem tão pouco o renascer duma Primavera.
As cidades, sejam aquelas que cresceram naturalmente, sejam as planeadas, nascem, crescem, reproduzem-se, ficam doentes e morrem. E, quando se pensa na sustentabilidade desses seres viventes, temos de raciocinar não só no seu tecido económico e social mas também nos paradigmas da sustentabilidade integrada num processo ecológico. Factores como crescimento urbano desarticulado, resíduos urbanos, exclusão social e territorial, desemprego, violência, fome, poluição, erosão dos solos, falta de saneamento, problemas de drenagem natural, além de problemas económicos, sociais e políticos contribuem para a morte lenta das cidades. Tal qual o clínico que faz um diagnóstico pelos sintomas, se pensarmos nos sintomas que Vizela apresenta facilmente concluímos que a cidade está doente. Espera-se assim soluções e aos responsáveis pede-se acção, mas que em certa medida é transversal a todos. Os valores ambientais da região e da cidade devem ser levados em consideração, para que juntamente com as tecnologias, se possa produzir uma cidade melhor e assim garantir uma qualidade de vida a todos seus integrantes. Indústria, comércio, lazer, turismo, educação, cultura e a articulação destes, devem ser levados em consideração para a viabilidade e o sucesso do desenvolvimento urbano ambiental.
Um dos factores de desenvolvimento duma cidade evidencia-se pela sua mobilidade e acessibilidade. Há no país uma rede de comboios expresso que se designaram por Intercidades cujo objectivo era a ligação das diferentes cidades do país com Lisboa e Porto. Esse comboio passa por Vizela mas ignora que Vizela é cidade ou já a considera um cidade morta e doente, e não pára! As estações do ano vão marcando tempo nos tempos em que fica a ver passar comboios! E, tudo isto acontece mesmo perante a magnificência do novo edifício da Câmara. Onde futuramente, o presidente eleito, se propõe a marcar diferença com o passado, e estas vão surgindo, já que se apresenta como um homem de Diálogo, sendo isso, por si só uma medida de inovadora. O futuro dirá se a mesma é uma medida a pensar no futuro de Vizela pelo seu carácter democrático ou tentativa castradora de opinião duma oposição que cada vez mais tem que ser cooperante e nunca submissa ou subserviente
Impera tomar medidas imediatas como uma acção da Câmara nas termas e Hotel, devendo cumprir-se o que foi dito na campanha eleitoral, onde o actual edil perante representantes dos trabalhadores se dirigiu ao responsável pelas companhia de banhos de Vizela: "...se eu for eleito dou-lhe 1 mês para resolver a situação”. É preciso assim lembrar que o mês está quase a acabar e medidas de fundo não se conhecem, a alma move toda a massa do mundo mas tem de o ser e tem de agir. O programa da CDU, debruçou-se sobre algumas das medidas que imperava agir, e uma vez mais cumprimos, o nosso deputado da assembleia da república veio de novo a Vizela, não a buscar votos mas a inteirar-se para intervir nos problemas do concelho.
Importa a Vizela não ser apenas "cidade" para designar uma dada entidade político-administrativa urbanizada ainda para mais obtida pelos partidos que Vizela se empenha em esquecer. Vizela tem tudo para se evidenciar como cidade. É um município novo, com potencial humano e uma beleza natural que necessita ser preservada e difundida por esse mundo fora, temos de nos preparar para os receber. A alma vizelense tem que vir ao de cima numa Vizela de todos e para todos, porque só assim teremos uma verdadeira mudança para melhor. E apesar do Inverno que ameaça cair sobre a cidade vejamos neste uma preparação para uma Primavera mais colorida
Pensem nisso
António Veiga
2 comentários:
"O programa da CDU, debruçou-se sobre algumas das medidas que imperava agir, e uma vez mais cumprimos, o nosso deputado da assembleia da república veio de novo a Vizela, não a buscar votos mas a inteirar-se para intervir nos problemas do concelho."
- O Homem adora Vizela:) Agostinho Lopes merece uma homenagem e não só dos comunistas
É um dos deputados de Braga mais presente em todos ois concelhos, ele não só adora Vizela como a zona que o elegeu
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