After the people, art and culture are the wealth of a country or a region, as are the seal of his way of being and living.
Después de la gente, el arte y la cultura son la riqueza de un país o una región, así como el sello de su forma de ser y de vivir.
Il popolo, l'arte e la cultura sono la ricchezza di un paese o una regione, come lo sono il sigillo di suo modo di essere e di vivere.
Après le peuple, l'art et la culture sont la richesse d'un pays ou une région, ils font au fil du temps toutes les mesures et les volontés de l'homme
Depois do povo a arte e a cultura são a riqueza de um país ou duma região, pois são a chancela da sua forma de estar e viver. A fonte imediata da cultura é a capacidade humana de pensar e registar uma época, da mesma forma que a «propensão para a troca e o comércio» é a fonte dos objectos de uso. A cultura é mais do que a premissa de promover a alfabetização dum povo ou a manuseamento com computadores, isso são apenas instrumentos básicos, mas potenciar o gosto pela arte e cultura potencia a crítica e a discussão, daí que os ditadores as procurem abafar. Quanto mais incultos mais submissos quanto mais submissos mais fáceis de manusear, ete foi o silogismo das ditaduras e em particular a de Salazar. O que a arte nos ensina não é puro discernimento, é a relação mais profunda de nós próprios com o mundo, é verdadeiramente o «ver».. Compete ao escritor, ao poeta, ao pintor, ao músico, ao realizador, ao fotógrafo ou ao escultor criar um universo, cabe ao crítico criar um artista; dele também não existem, antes da empresa crítica, senão os elementos dispersos, os vários traços dos seus textos, versos, pinturas, fotos, músicas, filmes, fotos ou das suas estátuas.
O crítico é também um artista, tem ele mesmo o direito de exigir que lhe não ponham barreiras, que o deixem ser à vontade juiz ou ampliador e que o expliquem depois, se quiserem; é ilógico impor limites ao crítico, quando se quebram esses limites em nome da liberdade de criação; ou um e outro os devem ter, e nesse caso o crítico pode ser pedagógico que haverá não pedagógico?) e o artista tem de o escutar e seguir, ou se derrubam para todos e então nada de regras e manuais destinados aos críticos; a atitude a escolher é uma só: tudo o mais confusão e prosa inútil. Se os artistas da terra parassem durante umas horas, deixassem de produzir uma ideia, um quadro, uma nota de música, fazia-se um deserto extraordinário.
Não há arte intelectual, a não ser, é claro, a arte de raciocinar. Simplesmente, do trabalho de intelectualização, em cuja operação consiste a obra de arte como coisa, não só pensada, mas feita e essa tem de ser acarinhada porque mais cedo ou mais tarde é propriedade colectiva. As sociedades, os impérios são varridas da terra, com os seus costumes, as suas glórias, as suas riquezas: e se não passam da memória fugitiva dos homens, se ainda para eles se voltam piedosamente as curiosidades, é porque deles ficou algum vestígio de Arte, a coluna tombada dum palácio, ou quatro versos num pergaminho. As Religiões só sobrevivem pela arte, só ela torna os deuses verdadeiramente imortais - dando-lhes forma. Se os músicos, os cantores ou poetas se calassem subitamente e só ficasse no ar o ruído dos motores, porque até o vento se calava no fundo dos vales, penso que até as guerras se iam extinguindo, sem derrota e sem vitória, com a mansidão das coisas estéreis. O laço da ficção, que gera a expectativa, é mais forte do que todas as realidades acumuláveis. Se ele se quebra, o equilíbrio entre os seres sofre grave prejuízo.. Há que preservar e dar continuidade à cultura e à arte são a evidente pegada da civilização Humana neste planeta, por isso com elas tornamo-nos mais humanos.
Pensem nisso
António Veiga
1 comentários:
Olá Veiga... Podes enviar-me o teu endereço de e-mail?
Abraço
Isa
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