Sociedade Justa

How will a" just society "?
Ci fu mai un modello di società giusta?
Una sociedad justa es un modelo aplicable a la sociedad humana?
Une société c'est juste au moment où ils apportent la prospérité, la civilité et à la liberté et cela devrait être une tâche pour tous les politiciens.


A formação é cada vez mais prolongada e a entrada no mundo do trabalho mais tardia, assim como a constituição de família diminuindo a idade da população activa, é exigida à sociedade mudanças nem sempre pacíficas para uma sociedade mais justa. A vida das pessoas é diferente do que costumavam ser nos velhos tempos das carreiras à moda antiga, quando havia a expectativa de pleno emprego. A segurança não está incorporada ao mundo do trabalho, ou da educação, por sinal. As pessoas terão que tê-la consigo e dentro de si, o que significa que as suas qualificações terão que ser transportáveis. Facto que por si só não garantem estabilidade para a constituição de família e cada vez se destacando mais dum modelo social duma sociedade ideal. Muitas vezes deparamo-nos em pensamentos individuais ou tertúlias de amigos com a pergunta "Como será uma “sociedade justa”? Como será possível? O que é necessário mudar nos tempos que correm? Estaremos nós aptos e conscientes para uma sociedade justa? Será esse o tipo de sociedade natural dos Homens? Alguma vez houve esse tipo de sociedade?
Entenda-se que uma “sociedade justa” ou “boa sociedade” é aquela que reúne prosperidade (no aspecto económico), civilidade (presença de instituições protectoras que asseguram a distribuição razoavelmente equilibrada dos recursos e, portanto, o bem-estar aos indivíduos) e liberdade (garantias contra o autoritarismo e a interferência ilegítima do Estado sobre a vida das pessoas). Onde, nos dias actuais, poderíamos encontrar esses três elementos reunidos? Em lugar nenhum, talvez. É possível encontrar dois, mas não os três itens juntos. Uma sociedade assim forçosamente teria de ser desenhada em quase toda a sua estrutura.
Os Estados Unidos são o exemplo de um país que apresenta prosperidade e liberdade sem civilidade. A falta de civilidade é evidente nas taxas muito altas de pobreza e encarceramento (neste último aspecto são os maiores do mundo, com cerca de 1% de sua população atrás das grades), o próprio sonho americano é uma contradição de justiça. A liberdade foi seriamente agredida no período Bush. Espera-se que o novo governo reverta consistentemente essa situação, mas o tempo vai passando e o actual presidente começa apenas a indiciar que muitas das suas promessas foram retóricas eleitorais, apesar do tempo correr contra ele, importa que nos tempos próximos as cumpra.
Os países europeus desenvolvidos privilegiaram, por algumas décadas, a liberdade e a civilidade. Mas têm sido obrigados a cortar garantias e direitos, o que compromete o bem-estar social. A busca pela prosperidade parece minar a civilidade. Haveria uma lógica inescapável: numa economia internacionalizada, os produtos não competem apenas no mercado nacional. A competição é global. Os países que cobram muitos impostos, como é o caso de Portugal, e que, por meio deles, mantêm o “welfare state”, acabam onerando o preço dos seus produtos, que perdem mercado para aqueles fabricados nos lugares em que a mão-de-obra é barata, os impostos são baixos e as garantias legais do trabalhador são mínimas. Durante algum tempo, houve a crença de que a competitividade europeia se sustentaria pela maior qualidade dos produtos. Mas a China mostrou que no mundo globalizado o que mais importa é o preço. Os Estados europeus acabaram por descobrir que a única coisa que podem fazer para recuperar sua competitividade é taxar menos e, consequentemente, gastar menos. Menores gastos estatais conduzem ao aumento do número de pessoas carenciadas e indefesas diante das variações da economia.
Por último alguns países da Ásia juntam prosperidade com civilidade com fortes restrições à liberdade. Do ponto de vista estritamente económico, tem dado certo. Esses países reforçam-se economicamente. Mas os governos são ditatoriais e a liberdade individual é quase inexistente.
A recente crise revela até que ponto as sociedades puramente liberais e neoliberais tendem a evoluir para um capitalismo puro que com a queda do modelo comunista não têm rival, nem se lhes depara um modelo antagónico. Daí talvez interessar voltar-se a falar em modelos mais marxistas para a sociedade de hoje que permitiram aos trabalhadores actuais a maioria dos direitos que possuem e que aos poucos lhe querem ser tirados. Por seu lado no terceiro mundo os partidos comunistas puderam ser úteis durante a luta pela independência e na fase da construção do Estado nacional, mas quando se revelaram dispensáveis as burguesias e tecnocracias nacionais não hesitaram em os desmantelar e em matar ou prender os seus membros. Havendo situações em que modelos se mudaram face à capacidade oportunista e de camaleão que alguns dos políticos adquiriram .
Aqueles que continuam hoje a confundir a luta contra a opressão externa de que é vítima um dado povo com o apoio aos dirigentes políticos reaccionários que procuram controlar internamente esse povo transportam, uma vez mais, a luta de classe para o plano nacional. Fazem-no igualmente quando apoiam qualquer regime que se oponha ao governo dos Estados Unidos, que se tornaram não só no “modelo a copiar” como no “polícia do mundo”, mesmo que esses regimes pratiquem a repressão contra os trabalhadores e tenham chacinado os comunistas locais. É certo que há os desatentos, os iludidos e os mal informados. Mas é necessária muita distracção para esquecer tão sistematicamente as lições da história. Mas a força do capital dá força a uma neo-burguesia cada vez mais desprovidas de escrúpulos sociais e longe duma soiedade justa.
A vida económica deve ser compreendida como uma realidade de múltiplas dimensões: em todas elas, embora em medida diferente e com modalidades específicas, deva ter respeito à reciprocidade de oportunidades, condições e meios, quando ela assenta puramente em leis mercado ou economicistas, mais cedo ou mais tarde transformam-se em Estados ditatoriais essencialmente na vertente económica e eventualmente na política, tornando-se menos igualitários. Impera compreender que só  se consegue uma sociedade justa quando se alinhar prosperidade, civilidade e liberdade e esse deve ser uma tarefa de todos os políticos, senão podemos estar a caminhar para um vazio social e cada vez menos justo apesar da velocidade que oportunidades, condições e meios vão surgindo.

Pensem nisso


António Veiga


6 comentários:

josé manuel faria disse...

"Por último alguns países da Ásia juntam prosperidade com civilidade com fortes restrições à liberdade. Do ponto de vista estritamente económico, tem dado certo. Esses países reforçam-se economicamente. Mas os governos são ditatoriais e a liberdade individual é quase inexistente."
- Dá um exemplo, camarada Veiga?

Veiga disse...

A China é um exemplo, amigo Zé Manel, seria demagogia se não o achasse, tanto mais que é um modelo muito atípico de sociedade.

josé manuel faria disse...

Admiro a tua coragem, sendo militante do PCP.

Talìa Race disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Talìa Race disse...

Es cierto una profesión en la actualidad asegura un buen empleo.

Queda en el ideal de una sociedad justa, pues habrá siempre, hay diferencia, la pirámide, como diriían ..

Sin embargo, no es el punto lo de la pirámide de clases, sino que ahora es más Difícil Pueda que alguien de clase media aspiran a subir
Al contrario, Sus LA CLASE MEDIA tiene miedo perder los privilegios.

Es el punto, la movilidad de clases ...

Pero bueno, tampoco hay que ser negativo ... Debe Puede cambiar y cambiar SE PUEDE

scythia disse...

:)

ciao!

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