
No entanto é com as mãos que também revelamos grande parte da nossa capacidade beligerante e destruidora. Elas são muito mais que a parte final de cada extremidade superior (ou braço), principalmente nos mamíferos bípedes. Sem dúvida que a mão é de extrema importância na maioria dos desempenhos pessoais, económicos e de lazer, e as estatísticas mostram que o trauma é a maior causa de incapacidade funcional. De acordo com a anatomia humana, a mão é identificada como um componente essencial pois sua função é incapaz de ser reproduzida com a mesma perfeição por outra estrutura do corpo. As actividades comuns da vida diária como vestir, lavar e comer dependem da habilidade manual que vai desde movimentos grosseiros como preensão de objectos grandes até movimentos finos e complexos, como tocar instrumentos
Os movimentos da mão humana são realizados por dois conjuntos de músculos, os intrínsecos, ou seja, que se encontram na própria mão, e os extrínsecos - os flexores e extensores longos, que se encontram no antebraço. Os músculos intrínsecos são os tenares e hipotenares, respectivamente ligados ao 1º e 5º dedos, os músculos interósseos. Estes músculos têm origem no flexor profundo - e são especiais por não terem origem em ossos. A mobilidade da mão pode ser condicionada pelas actividades profissionais daí que determinadas patologias tenham vindo a aumentar com o aumento das actividades laborais no manejo de teclados de computador, sendo a principal a síndrome do túnel cárpico, devendo ser esta considerada como uma doença profissional. Quando essa doença foi relatada pela primeira vez, por volta de 1700, ficou conhecida como a Doença dos Escribas. Depois, em 1920, como a Doença dos Tecelões e mais tarde, em 1965, como a Doença das Lavadeiras.
Constitui, de longe, a mais frequente das síndromes de compressão nervosa periférica, sendo de observação muito comum. Resulta da compressão do nervo mediano na sua travessia do canal constituído pelo ligamento anterior do carpo e os ossos do punho. Surge em muitas situações que determinam espessamento ou edema dos tecidos locais, incluindo artrite, utilização intensiva (domésticas, operadores de teclado), diabetes mellitus, gravidez, hipotiroidismo, exposição a vibrações, entre outras, não há uma causa única e determinada para o aparecimento da doença. A síndrome do canal cárpico é devida a uma compressão do nervo mediano que passa pelo pulso e enerva a face palmar da mão. Esta compressão produz sensações estranhas (disestesias) entorpecimento, formigueiro (parestesias) e dor nos três primeiros dedos da face palmar da mão. Por vezes, causa também dor e parestesias (uma sensação de formigueiro ou de ardor) no braço e no ombro. Frequentemente, a dor piora durante a noite devido ao posicionamento da mão ao dormir.
Os sintomas nocturnos podem ser originados por uma redistribuição do líquido extracelular devido ao decúbito. Com o tempo, os músculos da face palmar da mão podem debilitar-se e atrofiar-se e haver uma perda da sensibilidade. É uma doença de ocorrência muito comum entre mulheres na faixa de 35 a 60 anos, ocorrendo raramente em homens ou em mulheres mais jovens.

O melhor tratamento para esta síndroma é a interrupção de todas as tarefas que impliquem uma flexão forçada do pulso ou que exerçam pressão sobre o nervo mediano. As talas no pulso e outras medidas, como ajustar a inclinação do teclado, podem ser úteis, mas pouco eficazes a longo prazo. Os anti-inflamatórios não esteróides têm uma boa acção no alívio da sintomatologia, mas com o agravamento e a evolução da doença vão-se tornando menos eficazes.
As injecções de glucocorticoides no nervo por vezes costumam produzir um alívio temporário, com o destaque dos riscos do uso repetido destas hormonas. Um plano de exercícios pode também ajudar a colmatar e a retardar a evolução da doença. A cirurgia é a melhor solução para aliviar a compressão do nervo quando a dor é intensa ou no caso de atrofia ou debilidade muscular. O cirurgião separa as faixas de tecido fibroso, com o objectivo de conseguir uma descompressão do nervo mediano. Antes da intervenção cirúrgica, deve-se fazer um exame à velocidade de condução nervosa para ter a certeza absoluta de que o problema é a síndrome do canal cárpico.
Na reabilitação pode e deve-se usar os exercícios de fortalecimento, por exemplo, são iniciados paulatinamente dando preferência inicial aos exercícios isométricos, seguidos pelos isotónicos de resistência progressiva: molas de diferentes resistências e exercitadores de dedos para o ganho de amplitude de movimento e força.
Na reabilitação pode e deve-se usar os exercícios de fortalecimento, por exemplo, são iniciados paulatinamente dando preferência inicial aos exercícios isométricos, seguidos pelos isotónicos de resistência progressiva: molas de diferentes resistências e exercitadores de dedos para o ganho de amplitude de movimento e força.
Logo após a cirurgia deverá mexer-se os dedos, abrir e fechar a mão, para evitar o “inchaço” e consequentemente dor. Estes exercícios favorecem a recuperação mais rápida.
Dever-se-á manter o penso sempre limpo e seco.
Se acidentalmente se molhar o penso dever-se-á retirá-lo de imediato e colocar uma compressa esterilizada sobre a cicatriz fixando-a com adesivo e dirigir-se logo que possível ao local onde habitualmente realiza o penso.
Nos primeiros dias pode colocar-se gelo sobre a cicatriz por períodos curtos, tendo sempre o cuidado de não molhar o penso.
A dormir colocar uma almofada de forma a não deixar a mão pendente.
Os pontos são normalmente retirados 12 dias após a cirurgia (contudo não é regra rígida).
Deve manter-se a mão acima do nível do cotovelo utilizando um lenço ou ligadura.
Enquanto a cicatriz não estiver cicatrizada dever-se-á ter cuidado com as actividades onde se tenha que exercer força com a mão.
Enquanto a cicatriz não estiver cicatrizada dever-se-á ter cuidado com as actividades onde se tenha que exercer força com a mão.
Depois de se retirar os pontos poder-se-á gradualmente realizar as actividades normais.
Consiste da aplicação de uma força externa para promover uma amplitude de movimento articular e alongar os tecidos moles encurtados, sem utilizar a contracção muscular activa.
• Isométrico sem resistência
É utilizado quando o movimento articular não é possível ou quando não é permitido.
• Isométrico resistido
É realizado da mesma forma que o exercício isométrico sem resistência, com acréscimo de uma resistência externa que pode ser aplicada pelo terapeuta ou contra uma resistência que bloqueia o movimento articular.
• Isotónico activo assistido
O indivíduo move activamente a articulação, de acordo com suas possibilidades.
• Isotónico activo
É uma forma de exercício que requer contracção muscular sem resistência ou auxílio externo.
É realizado quando o indivíduo consegue mover a articulação em seu arco de movimento completo contra a resistência da gravidade. Pode ser feito de forma excêntrica ou concêntrica: molas, bandas elásticas, massas de silicone.
Fica assim o meu contributo para os utilizadores exaustivos de teclados com risco potencial para esta doença ou os que já sejam portadores, mas o verdadeiro tratamento começa na prevenção.
Pensem nisso
António Veiga
3 comentários:
anche io ho la Sindrome Tunel Cárpico......
ciao!!!!
Um artigo muito completo...
Muchas gracias por visitar mi Blog, para mi es un gusto visitar el tuyo...
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