Acordar os Jovens

The conflict of generations promotes the dynamism of ideas
La indisciplina de los jóvenes es una garantía de evolución de las ideas
I giovani d'oggi sono persi in un mondo di abbondanza, ma allo stesso tempo pieno di niente
L'irrévérence de la jeunesse est remplacée par une angoisse permanente, un afflux constant

É voz corrente dos mais maduros que a geração jovem é uma geração inapta e estagnada, chegando-se ao mesmo ao excesso de lhe chamar "rasca". Se fizermos uma incursão nos tempos este desfasamento geracional tem estado na origem de algumas evoluções de pensamento, basta para isso lembrarmos Maio de 1968. Actualmente não temos uma geração rasca mas uma geração que à partida lhe foram facilitadas e prometidas um conjunto de regalias e direitos que sentem estar a perder.
Perspectivavam-se tempos de abundância, incutindo a noção que nada se precisava para os alcançar e relegou-se os deveres para segundo plano, este “facilitismo” tornou-se transversal a todas as camadas sociais e repercute-se a nível educacional, e com a falta de apetência familiar para o colmatar, antes pelo contrário fomenta-o. É, assim, incutido que tudo são direitos adquiridos e que não há necessidade de lutar ou se envolver neles, sendo mais grave quando a nível cívico os jovens se distanciam dos centros de decisão. Esse afastamento deve-se ao comodismo com que a sociedade e os educadores também eles têm desses organismos, assim como a falta de credibilidade nos políticos e nas diferentes políticas.
Não é um problema exclusivo de Portugal mas dos temps que decorrem nos países mais desenvolvidos. Sabendo que nos homens, apenas há de bom os seus jovens sentimentos e os seus velhos pensamentos, impera dinamizar a juventude como a verdadeira riqueza latente e o verdadeiro pilar do futuro. Pouco importa criar gabinetes para a juventude quando a maioria do tempo se limitam a ténues eventos e a periódicas reuniões. Porque aos jovens, tudo o que imaginam parece-lhes realidades, há que não pintar cenários de futuro cor de rosa nem tão pouco depressivos, porque isso vai condicioná-los na sua forma de encarar a sociedade e consequentemente o futuro.
A falta de ideais baseados em objectivos concretos, a falta de ideologias de vida para além do consumismo que cada vez mais se vai fazendo acreditar aos jovens de hoje pode limitar e condicionar a sua incursão e a dinamização da sociedade, urge a rebeldia juvenil para promover a viragem de pensamento, pois a vida vista pelos jovens, é um futuro infinitamente longo; contrapondo-se aos maduros, que a entendem como um passado muito breve. Esta dicotomia de pensamentos permitiu ao longo da História inovações a vários níveis, tudo dependendo do empenho e luta que os jovens espoletaram e da resistência que as sociedades lhe impuseram e que aos poucos foram ultrapassando. Associada a toda a abundância, as crianças e jovens de hoje têm sido despojados dos tradicionais tempos familiares sendo muitas vezes abandonados a si próprios ou em múltiplas tarefas que os obrigam a crescer em solidão embora rodeados de gente e tarefas e cujas consequências sociais futuras podem revelar fragilidades.
O tempo em família é actualmente resumido às horas de pernoita ou a alguns dias de férias conjuntas em que as gracinhas da criança ou os caprichos do jovem acabam por incomodar os pais ou tornam-se eles vítimas dessas chantagens existenciais e os momentos que passam juntos são momentos de silêncios e ausências. Por vezes ausências tão próximas como a permissão de ficaram enclausurados no quarto o dia (ou mesmo a noite) inteiro frente a um computador, a uma TV ou a Vídeojogos. Corremos o risco da juventude ter intuição de saber que o mundo está cheio de forças e potencialidades; mas não chegam a entender nas suas diversas formas. Duma forma tecnicista Daniel Sampaio já o descreve no seu livro "Inventem-se novos pais", acaba assim por ser um assunto que ultrapassa a esfera familiar e ultrapassa para a social com repercussões que o futuro ditará.
A irreverência dos jovens está a ser substituída por uma angústia permanente, uma correria constante que cedo se inicia com as idas madrugadoras para as creches e os regressos vespertinos. Uma sociedade dinamiza-se com a irreverência juvenil, senão corre o risco de estagnar. Os jovens adoram desobedecer. Mas, actualmente, não há ninguém para lhes dar ordens. Toda esta permissividade que se vive, puro sentir-se livres, isentas de entraves, acabam por sentir-se vazios. Confunde-se irreverências com chantagens ou amuos de quem quer chamar a atenção, ao mesmo tempo que a sociedade lhes é pintada muito cor de rosa mas que na realidade se torna hostil pela seu egoísmo de competitividade num mundo que importa mais parecer que saber ou ser. Os jovens sempre tiveram um problema: como é que é possível rebelarem-se e enquadrarem-se ao mesmo tempo? Agora parece que o resolveram: desafiando os pais e copiando-se uns aos outros, com a agravante de pensarmos lhe estar a ceder tudo mas, o jovem não precisa que lhe dêm razões para viver; pois ele só precisa é de pretextos. E, que pretextos lhe dá uma sociedade constantemente prenha de vazios?
Não será Vizela um exemplo disso? Criou-se o Conselho Municipal da Juventude, quais foram as medidas práticas no terreno? Há mais focos dinamizadores da criatividade dos jovens? Quando a cidade perde pontos de tertúlia, foram criados outros que sirvam como áreas de convívio socio-cultural? Houve intercedências por parte da vereação da cultura para activar a vinda para Vizela de "Centros Ciência-Viva", ou outros projectos que dinamizem novos saberes nos jovens? Terão os programas culturais propostos pela câmara sido do agrado da maioria dos jovens Vizelenses? Que incentivos para a investigação e novas tecnologias no ensino secundário de Vizela foram criados? Não seria cativante o incentivo de famílias de acolhimento para permutas de jovens com outros países no sentido de dar a conhecer internacionalmente o concelho novas experiências, aprendizagem de línguas? Terão sido criados e dinamizados Incentivos de grupos de artistas de Vizela para exposições, concertos nas diferentes freguesias?
Muitas outras sugestões se poderiam enunciar, pois não basta de dispormos das melhores discotecas, bares do país no concelho para se pensar que cativamos a juventude ou a fazemos sentir ocupada, isso é apenas um regozijo a que se deveriam acrescentar muitas outras atitudes dinamizadoras, que os políticos e responsáveis mostram pouca sensibilidade para os mesmos, pois não basta fazer eventos limitados, que mais parecem à porta fechada, impera a capacidade de incutir vontade de participar. E com essa vontade talvez tenhamos uma juventude mais dinâmica e imbuída no concelho e nos seus desígnios, e esse é um projecto na continuidade que importa investir, pois saibamos conquistar a irreverência juvenil para reinventarmos este concelho jovem.
Pensem nisso

António Veiga

2 comentários:

sabina borda disse...

he reflexionado mucho luego de leer tu texto, yo trabajo con jovenes dictando clases de arte, y la verdad que la problematica crece y es dia a dia mas compleja, lo necesario es invertir tiempo, y tiempo de calidad en ellos, pero como administramos nuestro tiempo para que asi sea.

me gusta saber, que de algun modo nuestros blogs se xomunican atravez de nosostros, aunque nuestros temas sean tan difenerentes.

te mando un gran abrazo.
Sabina

Talìa Race disse...

¿Cómo un tema de siempre, fijate que ahora sí está muy adelante de la Juventud.

 Hasta lo veo con la niñez, con mi sobrino ti tiene sólo ocho años y me puede dar ocho vueltas ...
La base de todo está en la familia, bien cimentado que Esté.
Me gustó tu texto ...
Saludos

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