Moda e Beleza a Nu

The difference is a synonym of beauty and beauty is the uniqueness of the different and have all the naked beauty regardless of weight, height, race, because what counts is the one!

La belleza desnuda no son las características de la persona, sino la persona!

La nudité est un art aussi à des personnes avec tous ses défauts et ses vertus, parce que c'est ça la beauté!

La nudità è un arte quando si possono fare belle tutte le caratteristiche delle persone a prescindere dal peso della sua ristrutturazione delle sue dimensioni o età, perché le persone sono belle!

Vivemos numa época que cada vez mais tem consciência da multiplicidade de opiniões e informações mas simultaneamente com maior incapacidade para as assimilar e assumir. Em nome de normas ou tradições enraizadas culturalmente vincula-se opiniões e escamoteia-se a abertura, em falsos puritanismos ou em nome das tendências chegam a optar-se por comportamentos quase primitivos. Assim, dificilmente conseguimos uma identidade própria, as próprias modas e os condicionamentos sociais limitam esses desejos. A normalização de comportamentos incute um conjunto de atitudes que “in natura” dificilmente optaríamos. A moda, com interesses económicos, a vários níveis no decorrer do século passado tirou partido e incutiu a tendência da normalização com o “prêt à porter”, iniciando com os números de roupas mais pretendidos e à medida que algumas dessas empresas foram ganhando mercado diminuíram aos respectivos números em função de modelos esqueléticos, criando-se a imagem que de determinadas marcas optariam pelos magros porque ganhariam um visual mais conseguido e elas eram marcas da moda por serem vestidas por corpos ideais.
Esta tendência teve efeitos dramáticos nalguns modelos, e como a moda induz à imitação foram os adolescentes os mais visados, levando ”in extremis” a situações patológicas graves ou mesmo a morte. Sabe-se hoje, que no pós revolução industrial com o aumento da Tuberculose houve um enaltecimento da gordura porque a mesma patologia estando associada à fome e às más condições de vida, daí que os gordinhos eram tidos como pessoas saudáveis, abastadas e belas. Já no princípio do século passado à medida que a população vai tendo melhores condições sociais surge o problema das doenças cardio vasculares associadas numa grande maioria à obesidade, e surge o enaltecimento d magreza.

Actrizes gordinhas como a Marylin Monroe, não teriam nos tempos actuais, a mesma projecção sensual porque esses padrões estão completamente alterados, ou seja as ideias de beleza mudam-se com os tempos. Os próprios grupos juvenis como forma contestatária contribuíram para a mudança, sendo comum jovens de países desenvolvidos optarem por comportamentos inerentes a tribos aborígenes e que nada têm em comum com o ocidente como o caso do uso e a localização dos piercing, das tatuagens, adornos, etc. A própria moda e os países determinam aquilo a que se chama beleza. A moda é não mais que uma contra moda, podendo ter objectivos contestatários como foi por exemplo a mini -saia ou o corte de cabelo. Com a globalização há como uma tendência para que todos tenham a mesma medida de cintura, o desenho da mesma arcada dental, o mesmo nariz ou o mesmo perímetro mamário assim como formas semelhantes, valoriza-se o visual em detrimento de outras potencialidades humanas não só por razões de saúde mas essencialmente por razões consideradas estéticas e de cópias de modelos mediáticos, como é exemplo o brinco na orelha do Cristiano Ronaldo. Esta generalização estende-se aos mais maduros que recusando a velhice temendo-a e sentindo-se vazios de ideias ou ideais,  consequência deste desmesurante exponenciamento da imagem e de uma sociedade de consumo imediato, procura-se desde dietas milagrosas e irracionais, às cirurgias estéticas mais agressivas e o bisturi passou a ser um acessório da beleza e uma forma quase obrigatória de moldar os corpos.


Mas afinal o que é a beleza, talvez na opinião de muitos pensadores seja o esplendor da ordem, mas não será a beleza uma nova aptidão para nos dar prazer? Não haverá na desordem beleza? Não estarão na génesis de várias genialidades do ser Humano a diferença e mesmo a desordem? Será que os modelos que nos chegam nas revistas e cartazes publicitários devidamente retocadas cirurgicamente, maquilage ou pelo Photoshop são modelos de beleza? Será a imagem o cartão de visita maior dum ser humano quase num apuramento de raça inerente a grandes erros da História? Será natural aceitarmos todas estas fustigações estéticas em nome da beleza, será isso belo ou dignificante? Há pais a pagar implantantes mamários a crianças de 16 anos! Não serão todos os seres humanos mais belos na sua capacidade de criar sem que o corpo não seja o único instrumento? A nudez dum corpo duma pessoa que apresenta os sinais dos tempos não é bela? Negar isso é negarmos a nossa condição de seres vivos? Numa sociedade onde a nudez nos entra por todos os meios pelos olhos dentro, somos capazes de ser muito sépticos com a mesma conseguindo ser mesmo preconceituosos e nalguns países escolásticos, com leis retrógradas e muito punitivas. A nudez foi desde sempre uma aliada das artes e para os gregos na política era sinónimo de honestidade. Talvez na actualidade haja muita facilidade em reduzirmos o que vestimos e muita dificuldade em despir preconceitos e tabus! Seria interessante ouvir o colégio da especialidade de obstetrícia ginecologia em afirmar que o uso continuado de algumas roupas interiores (fios dentais) são potenciadores de infeções  devivido ao inadequado desenho para a anatomia feminina, assim como a qualidade dos tecidos. Há 1,7 milhões de anos, o nosso antepassado, Homo Erectus, lembrou de se proteger das baixas temperaturas com fartas peles de animais. Muito tempo depois o Homem moderno surgia na África e, quando chegou ao velho continente, há 45 mil anos, está muito longe do estereótipo do habitante das cavernas: Até o Homem de Neandertal, que desapareceu há cerca de 30 milhares anos, já exibia nas proximidades de Paris e Milão um certo requinte na vestimenta (talvez seja por isso que ainda hoje têm relevo na moda).


O calor impunha outros costumes no hemisfério sul, que os europeus trataram de modificar logo que desembarcaram. "Que escândalo" clamaram os missionários a suar em bica, e não hesitaram em obrigar as taitianas ou as índias da América a usar um par de cocos nas mamas, no entanto os mestiços proliferaram , embora digam que foram obra priveligiada dos descobridores e colonizadores portugueses. O que se usa serviu desde sempre para mostrar uma posição social, e a vergonha decorre de não se apresentar como os outros, por excesso ou defeito. A nuance do pudor surgiu na Europa, provavelmente por influência das religiões. Estas religiões estabeleceram uma subordinação do corpo à alma. Esta exige todas as atenções; o outro é corruptível e pecaminoso, pelo que será melhor tapá-lo. Em contrapartida, para os habitantes da selva, cobrir as vergonhas não era mais do que a garantia de que os genes eram transmitidos à prole, pois protegia-os das picadas dos insectos e das serpentes. Assim se explica a variedade de tapa-rabos que existe e cuja confecção recorre aos mais diversos materiais.

Na Grécia clássica, também se viam as coisas doutra forma, os Jogos Olímpicos eram disputados sem nada em cima do corpo, em honra dos Deuses, e os Gymnasion (Ginásios) eram locais para se andar nus. A nudez era a forma de mostrar um estado de pureza e sinceridade que, nos tempos de Alexandre Magno, constituía um hábito partilhado por muitas seitas da Índia. No subconsciente asiático, a sexualidade também foi exposta, sem falsos pudores, como se torna visível no Kamasutra ou em templos como o de KJhajurako. Entres o chineses estar nu não era digno de pessoas civilizadas, enquanto que para os japoneses misturam-se nus nos banhos comunitários das povoações mas tapavam completamente todos os centímetros da epiderme.


É quase impossível determinar a forma como nasceram as diferentes atitudes relativamente ao uso de roupas. No Ocidente até finais do século XIX, o mais absoluto puritanismo domina a sociedade, o Vaticano decidiu tapar com folhas todas as partes pudendas das estátuas e pinturas, sendo a frigidez nas mulheres tida como uma virtude. A época Vitiriana introduziui modificações significativas como o uso da tradicional cueca às mulheres e a ceroula nos Homens.

No início do século XX surgem os primeiros movimentos de libertação sexual, é mesmo em 1900; publicado o culto da nudez por Heinrich Pudor para proclamar a beleza do corpo humano. Surgem os primeiros nus integrais nos cabarés parisienses e nas praias do norte da Europa tornou-se popular o topless (mas recentemente a Suécia viveu a polémica do direito das mulheres usarem só monokini nas piscinas públicas); e assim chegámos aos nossos dias em que nada disso nos parece escandaloso mas continuamos a ter pruridos com a nudez integral.

E, numa grande maioria de países as forças de autoridade dão mais destaque à nudez praticada por alguém do que ao uso de protector solar, não deveria se ao contrário? Uma coisa é certa um tumor da pele não tem nada de belo! Mas volvidos estes anos de evolução é compreensível sociologicamente que enquanto seres tribais que somos gostamos de nos adaptar ao grupo, mas teremos nós nascido, sido concebidos ou paridos todos vestidos? Até porque com o aquecimento global do planeta e os países a aceitar e a retroceder nas medidas essenciais ou tratados  talvez no futuro possamos dispensar as roupas, por isso há que encarar a nudez com naturalidade, pois a beleza que seduz poucas vezes coincide com a beleza que faz apaixonar.

A beleza dum ser humano deve avaliar-se não pelas proporções do corpo, mas pelo efeito que estas produzem. A imagem dum ser Humano nua seria menos perigosa do que é uma vestimenta habilmente exibida, que cobre tudo e, ao mesmo tempo, deixa tudo à vista, que esteve na irracional atitude com a estudante no Brasil. O corpo é efectivamente a nossa imagem física, mas nem ele nem a indumentária devem condicionar as nossas noções de interesse e beleza, pois o aparecimento da primeira ruga, dos primeiros quilos a mais, dos cabelos brancos ou da perda deles não são limitadores de interesse antes pelo contrário. Não é o corpo que tem encanto mas a pessoa e se  tem charme, não precisa de mais nada; se não o tem, tudo o resto não serve para muita coisa, citando Saint Exupery: "O essencial é invisível para os olhos",


 Num blog que costumo frequentar a autora citando  diz: “Não sou só carne, só matéria... Sou antes de mais nada e acima de tudo espírito... Não sou só razão... Sou acima de tudo e antes de mais nada sentimento... Assim sou eu...”. Talvez seja esse pensamento que devamos aprofundar e saibamos exigir na diferença não como um defeito na beleza mas uma complementaridade essencial!...
Pensem nisso
António Veiga

3 comentários:

Cristina Jacinto disse...

Olá primo! LINDO! LINDO! LINDO! Como tudo o que tu escreves :-)

Já falamos muitas vezes sobre este assunto e é com prazer que constato que a tua opinião continua a mesma. Sei que o que escreves, é o que és, é o que sentes!

És o homem mais "simples" na aparencia que conheço e mais "sofisticado" na alma e no sentir.

Enquanto alimentei os eus peixinhos, alimentei a minha alma e a minha cultura também...

Chorei mais uma vez com a tua "Sissi", e um dia ainda vou ler uma homenagem a uma grande "Lady" que passou na tua vida :-)

Um abraço cheio de carinho
E, sem sombra de dúvida, as minhas desculpas pelo meu atraso em aceder ao teu blog e um grande PARABENS!

Cristina Jacinto

josé manuel faria disse...

Isto não é um post, mas sim um tratado. Olha, é o teu estilo, a tua "moda", talvez. Li tudo:). Está muito bom.
Os humanos do leste ao oeste, do litoral ao interior asiático, não têm a sua moda? Têm e a história confirma-o. Imagina uma sociedade sem "modas"! O interior/alma/sentimento/emoção são imprescindíveis à identificação/carácter da pessoa, contudo o humano necessita de se expor aos outros, e aí a moda(s)entra como faca em manteiga, eleva o ego e a auto-estima...e fomenta a criatividade versus economia.
Qualquer dia os jovens deixam cair as calças com o objectivo de mostrar os boxers, pouca vergonha:)

Atención Primaria Vigo disse...

José manuel faria, na Espanha, os jovens já deixam cair as calças com o objetivo de mostrar os boxers... haha.

Bom António, em geral é assim mas...

Pessoalmente não sei se cada um de nós tem tanta influença da sociedade como para valorizar mais ser magro ou ser gordo.

Posso perceber que uma rapariga prefiera um rapaz com muito dinheiro (no século XIX poderia ser gordo, agora magro) para viver melhor, ou viver sem ter de trabalhar...

Esso é interesse simplemente. E acho que existiou, existe e existira sempre...

Mas tenho a dúvida se no século XIX gostaban realmente dos corpos gordinhos ou só eran por interes.

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