Hoje na assembleia da república onde cerda de 2 centenas e muitos representantes legítímos do povo português trataram-se duma forma indecorosa perdendo tempo com banalidades em vez de o aproveitarem em benefício dos portugueses, tanto mais que o tema hoje falado era a Saúde. Chamar palhaço e passar o tempo a criticar em surdina é não só um cenário de falta de educação, como uma afronta aos que os elegeram. Mas, são estes os políticos que o povo quis, não se queixem ou digam agora enganados porque eles estão lá por terem sido eleitos, acredito que haverá outros iluminados obsessivos a defender as suas atitudes...e depois criticam fundamentalistas! Lembro, conforme fiz num blog dum amigo meu, uma quadra dum poeta popular português que se chama António Aleixo, esse sim Homem do Povo com grande inteligência e muita sabedoria pra a época e para a sua cultura (que era naif, simples mas muita):
"Não odiemos aqueles
que aplaudem quem nos condena;
tenhamos só pena deles
porque são dignos de pena."
Quanto à forma prejurativa, como invocaram o nome duns grandes senhores do espectáculo que são os palhaços, que nos remetem para o mais belo imaginário da nossa infância, resta-me o comentário: Perdoai-lhes que eles não sabem o que fazem e dizem. E, deixo aqui outra quadra de António Aleixo:
"Há pessoas muito "altas"
do nome ilustrado e sério,
porque o oiro tapa as faltas
da moral e do critério."
Toda esta forma de estar e fazer política é indigna é deprovida de ideias e orientações é tempo perdido, fica assim o texto meu que o digital de Vizela recentemente publicou:
Numa época em que é preciso inovar todas as ideias devem ser acarinhadas e estudadas, mas nunca perdidas. No entanto, tem sido lugar comum a que as forças partidárias tomem opções díspares para as mesmas em função do seu ranking eleitoral, sendo mais notório nos maiores partidos. Há uma tendência a enaltecer as ideias, como repertório de possibilidades, magníficas, exuberantes, superiores a todas as historicamente conhecidas, principalmente quando projectadas pelos próprios.
O seu formato é maior, transbordou todos os caminhos, princípios, normas e ideais legados pela tradição. São mais ideias que todas as ideias, e por isso mesmo mais perspicazes. Não pode orientar-se no pretérito, e apagam outras que por si só já se anteciparam, mas que por serem paridas doutra prole foram simplesmente ignoradas. Mas esta fatalidade ideológica não pode ser linear. As decisões políticas não podem ser arremessadas para a existência como a bala duma espingarda, cuja trajectória está absolutamente pré-determinada.
Em vez de impor-nos uma trajectória, impõe-nos várias e, consequentemente, força-nos... a eleger uma boa ideia, sem dúvida que a do Provedor Municipal o é, tal como já o fora este ano e há 4 anos noutro programa político, mas que todos silenciaram.
Talvez muitos problemas que agora hibernados toldam vivências no passado, teriam tido outro desfecho se a abertura de horizontes não fosse tangencial aos muros que os cercam. Talvez agora haja a abertura de adoptar ideias concebidas fora do poder, talvez seja um momento de coragem mas poderá ser de presunção se clamar de vitória pelo gosto do protagonismo ou oportunismo político em busca já de dividendos.
Os programas políticos e as suas ideias não se haviam de profligar em prol do interesse comum, em todos eles há detalhes essenciais. Seria possível, não fossem as quezílias de coisa nenhuma. Talvez daqui a uns anos os mesmos que clarividentemente as perfilham poderão achar óbvias outras estrategicamente esquecidas, como há 20 anos se sugeria uma alteração dos circuitos dos autocarros em Tagilde ou mesmo uma caixa multibanco, ou um gabinete do munícipe, entre outras.
Não nos podemos embalar no fado, que as coisas acontecem por fatalidade como o fecho das termas ou o desemprego. Os mais resignados dirão que ainda não se criaram as circunstâncias, puro engano, as circunstâncias são o dilema, sempre novo, ante o qual temos de decidir. É importante assim, que em Vizela se tomem decisões, que impeçam a sua deriva tortuosa com perda de sentido e norte. Talvez quando se orientarem as bússolas políticas nesse rumo se aproveitem boas ideias porque elas vão rareando e algumas perdendo...
Pensem nisso
António Veiga
7 comentários:
me gusto, lo que decis, te veo muy comprometido con tus palabras.
voy a vistra de aca en mas tu espacio para mantenerme informada, sobre los temas que tocas.
muchas gracias.
saludos.
Não poderia concordar mais!
Obrigada pela sua passagem no meu blog Princípios da Incerteza. Gostei muito do seu cantinho.
Muito eclético e reflexivo.
Visite-me também em www.butterfliesfairies.blogspot.com
Beijos,
Marisa
grata pela alusão.
comprimentos
Grazie per la tua visita al mio blog e per l'invito. :-)
Olá,
Obrigada pela passada lá no meu blog.
Como me achou?!
Bacana o seu espaço aqui também. Admiro pessoas que se expressão com liberdade, assim como você faz.
Abçs.
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