Na vida só há vencedores se houver vencidos, mas a inclusão dum objectivo comum é transversal em democracia, libertando-nos do risco de a transformar em oligocracia. è tempo de guardar armas e não parar com sonhos propagandeados. Vencer é tanto mais glorioso se da vitória formarmos coesão, perder é menos deprimente se reconhecermos o mérito de quem vence. Iniciamos uma nova etapa e compete no mínimo de quem ficou além dos objectivos traçados, como eu, felicitar publicamente aqueles que os alcançaram. No entanto sem passividade ou crítica desenfreada mas numa voz activa procurando a promulgação dos próprios sonhos traçados, não no sentido pessoal, mas num todo. A visão holística da sociedade permite a sua melhor compreensão e consequentemente uma sagaz e eficaz intervenção. Redecorou-se o cenário mas, urge a sua concretização. As opções tomadas serão tão mais responsáveis quanto a memória não apagar as etapas prometidas exigindo-as na proporção da viabilidade com que foram apresentadas. O esquecimento do povo é algo que mais inebria e alenta os políticos em exercício, certos que neste paradigma saem vencedores.
Urge uma postura atenta e reivindicativa de todos, porque uma sociedade não se faz com alguns mas com todos e ela é tanto mais rica quanto mais plural se apresentar. Não importa enaltecer uma ideologia apenas quando se têm necessidade de exigir direitos. É comum, o desabafo que o partido Comunista Português é essencial na preservação desses direitos, no entanto é passiva a postura relativamente ao sentido de voto. O silogismo que é preciso mas outros que defendam, pode desencadear uma perda efectiva de força para actuar. No entanto, a vida do Partido Comunista Português tem demonstrado a sua parceria indissociável da classe operária e do povo português, mesmo quando este, olvida as suas lutas, por exemplo fica muitas vezes esquecido que foi este partido que sempre apoiou a causa do concelho de Vizela e nunca cobrou pelo facto.
Numa sociedade cada vez mais segregante e competitiva é necessário torná-la mais humanista, ou seja não dar valor às coisas pelo que valem mas pelo que significam. Todos querem viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa. Aos que pensam estar no topo relembro Gabriel Garcia Marquez: "...um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se."
Vizela, precisa de se desenvolver, precisa de traçar um rumo abrangente nas suas causas inserindo todos os Vizelenses, é tempo de estarmos atentos a essa evolução e exigentes na mesma. Pensem nisso...
António Veiga
1 comentários:
"No entanto, a vida do Partido Comunista Português tem demonstrado a sua parceria indissociável da classe operária e do povo português"
- Divides o povo português da classe operária com que sentido?
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