Gentes de Beira Serra

Celorico da Beira est ville et une municipalité, localisée dans la marge gauche du fleuve Mondego, située dans le district de Guarda et la région Centre: les principaux commerces de la villes sont : L'agro-pastorale, la sylviculture. 
Celorico da Beira è un comune portoghese di 8.875 abitanti situato nel distretto di Guarda. 
Celorico da Beira es una vila portuguesa pertenciente al Distrito da Guarda, região Centro y subregión de Beira Interior Norte 
Celorico da Beira  is a village and municipality in Portugal, the principal monument: Celorico da Beira Castle. Main town: Celorico da Beira, near the Mondego River.

Convido-vos a mais um "safari fotográfico" .por uma terra lusa onde há dias tão grandes que mais parecem um mês inteiro e outros que passam tão rápido que até custa a acreditar. Uma terra  rica pela simpatia e hospitalidade das suas gentes, da sua história e dos seus sabores entre monumentos pre-históricos testemunhos de anos da  história e das  histórias desta terra. Terra de lendas, bastião de defesa da nacionalidade em praticamente todas as invasões. Celorico da Beira está vincada nos diversos cercos de que foi alvo. O mais famoso dos quais ocorreu em 1245 donde se conta a célebre Lenda da Truta. Durante o cerco, quando tudo parecia perdido, eis que surgiu nos céus, sobre o castelo, uma águia com uma truta nas garras. A ave deixou cair o peixe dentro das muralhas facto esse aproveitado pelos habitantes que em vez da truta ter sido cozinhada e distribuída entre si, preferiram  confeccioná-la para ser oferecida aos invasores como  sinal de “abundância”, estes resignados levantaram cerco à vila. Terra de Sacadura Cabral que fez a primeira travessia aérea entre Lisboa e Rio de Janeiro, viagem aérea constituiu um marco importante na aviação mundial.
O concelho circundado de de bons pastos, a pastorícia sempre esteve presente, quer como modo de subsistência, quer como actividade tradicional importante. É claro que em terras de rebanho, o queijo é rei: Queijo da serra. Trata-se do queijo mais conhecido em Portugal. Já na Idade Média Gil Vicente se refere aos queijos produzidos na serra da Estrela. É um queijo curado, de pasta semi-mole, amanteigada, de cor branca ou ligeiramente amarelada, de consistência uniforme. As primeiras investigações sobre esse tipo de queijo ocorreram nos finais do século XIX. Mas celorico terra de lendas conta que o aparecimento do queijo se deveu  a um pastor, ao partir ao demanda de pastagens, deixara na sua caverna leite num odre. Dias depois, verificou surpreendido que, em vez de leite, saía dele um liquido de cor esverdeada. Abriu o odre e deparou com uma saborosa massa branca, levemente ácida, que veio a designar-se por coalhada e que bem depressa foi incluída na alimentação habitual daquele tempo.
Assim, para lá das iguarias que nos tentam, da  belezas dos campos que adivinham a Serra da Estrela no topo, Celorico é acima de tudo um concelho de gente humilde que é capaz de abrir as suas portas aos forasteiros, aqui vigiados pelo cume da serra da Estrela, vivem do que ela lhe oferece, porém esta gente beirã  à beira serra postou os olhos sempre no infinito, com partidas para terras que a emigraçao conheceu. Gente com quem tive o prazer de conviver no início da minha carreira profissional. Gente lutadora e sofredora capazes de serem felizes de viverem com muito pouco, porém imensos na sua alma são gigantes na forma de viver. Talvez por isso seja sempre bom voltar a estas terras, porque desenterram lembranças de felicidade. Aprendemos que é possível sermos felizes simplesmente pelo facto de estarmos vivendo...  entre as agruras da vida, os excessos dum clima agreste, o isolamento de anos agora violado por autoestradas que lhe rasgam as entranhas da terra,  esta gente consegue fazer os possíveis duma existência digna porque  nada pior na vida do que desejar o impossível e lamentar não ter feito o possível.
Pensem nisso



 

 















Quero ir à tua terra
Onde correm fios de água
Entre goivos e hortelã
Ensina-me a distinguir
O melro da cotovia
Nunca soube o que era ouvir
O galo a anunciar o dia
Tília trevo e açafrão
Erva pura pimentão
Louro salsa e cidreira
Urze brava e dormideira
Vou pedir para me levares
Ao teu mais secreto atalho
Para lá de hortas e pomares
Entre pólen e orvalho
Revela-me os teus segredos
As geleias e os licores
Quero contigo aprender
Cheiros ervas e flores
Tília trevo e açafrão
Erva pura pimentão
Louro salsa e cidreira
Urze brava e dormideira
Vai fiando a tua roca
De adágios e tecidos
Quero ouvir da tua boca
Os assombros mais antigos
Sou um pobre cidadão
Perdi o fio de mim
Um bichinho do betão
Que nunca viu o alecrim
Tília trevo e açafrão
Erva pura pimentão
Louro salsa e cidreira
Urze brava e dormideira


Rui Veloso













1 comentários:

cathoune disse...

coucou Antonio - jolies photos...
ces paysages sont magnifiques. Merci pour le partage... je te fais de gros gros bisous, mon ami, et Eugénio aussi se joint à moi pour vous embrasser toi et ta famille
bisous
cathoune

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