Cores na vida em civilização cinza



É triste e duro perceber que nem sempre valorizamos a nossa vida tal como devíamos. Basta uma ameaça mais séria à nossa existência e logo sentimos a terra tremer por debaixo da alma que nos segura os pés. Hoje o ataque do Hamas a Israel pintou de negro a história da humanidade bem ilustrado nas imagens que os media disseminaram, os mesmos que quase esqueceram os ataques de Israel à Palestina ou simplesmente a morte em direto duma jornalista palestina ou a ocupação progressiva dos territórios da Palestina. Porque nisto de conflitos nunca há dum lado só maus nem do outro só bonzinhos. Na realidade é que apenas avolumam as páginas negras da história da humanidade, onde o arco íris é, cada vez mais, uma ilusão de sonhadores e crentes dum mundo melhor mais humano, ao contrário deste, que se vai perpetuando no lado pior que tem o ser humano que é a malvadez e o egoísmo-, mesmo sabendo que houve povos que agonizaram com guerras, são agora, eles também, senhores da guerra. A guerra sempre destrói e em nada contribui para a palete de cores do ser humano, +ode ser até aproveitada para esquecer e cumprir todos os acordos, para salvar as cores do planeta, fazer-nos todos mais infelizes.
Em tempos de desgraça, percebemos melhor o quanto desperdiçamos oportunidades para ser felizes com tudo o que, afinal, temos à nossa disposição. O erro mais comum é o de julgarmos que teremos sempre mais tempo depois. Na verdade, isso está muito longe de ser certo. Algumas pessoas são capazes de viver bem, num logro geracional. Aproveitam a vida, bastando-lhe apenas o cuidado de não desperdiçar oportunidades. Gerem o tempo, sabendo que é finito e, por isso mesmo, precioso, mas em lugar da partilha usam a imposição, o domínio e pensam-se senhores de qualquer coisa, os donos do arco íris. Há mesmo aqueles que criam muros enormes para que não lhes roubem as cores, no entanto são os principais ladrões das cores do outro lado do muro, fazendo.se passar como os guardiões do arco íris, mas na realidade são os semeadores das trevas os verdadeiros Érebos da Humanidade. Sugam a vida de todos em prol da sua avidez duma forma soberba e avara. Outros , raros, acreditam que a luz é de todos e ninguém deve roubar as cores e continuam defensores da miscelânea das cores sem roubarem tons mas um pleno convívio.
Há, de facto, muito poucos que passam a vida a vê-la passar, a apreciar a tonalidade das cores que a luz da vida permite e partilham essas cores com os que lhe são próximos sem que criem escuridão nos outros para lhe roubarem as tonalidades. Esses escassos seres, alguns pensadores, apenas sonhadores ou simplesmente seres humanos completos na verdadeira ascensão da palavra. Não vivem, não são protagonistas, apenas assistem, e insistem, mesmo que por vezes impotentes, se imporão gradualmente pela voz da razão que os verdadeiros sentimentos trazem â tona em matizes vivas.
A maioria que segue os maiores, que determinam maiorias, resmoneiam a falta de cor e partilham o inferno aqui, quando se dão conta da vida que não viveram, do tempo que foi seu, mas não aproveitaram, do tudo a partir do qual não tiraram proveito de nada, apenas seguiram apenas imitaram.
Todos temos a obrigação de sermos felizes com o que somos e com o que temos. É certo que não somos iguais, que uns têm muito e outros nada, mas isso não importa e se nada realmente quisermos mudar, o dever é mesmo o de cada um de nós dar valor à sua vida no todo que é a sociedade, fazendo dela algo valioso e atentados contra a vida e sua dignidade são sempre deploráveis, mas sem hipocrisias foi, é, lamentavelmente, será, o fulcro essencial da essência da civilização e evolução do humana.
É claro que é nos piores momentos que mais custa ter esperança e paz, perde a pigmentação. Mas é aí que mais diferença faz, e foi aí que a diferença se fez. Foi preciso domar, submeter, escravizar, colonizar, destruir para se evoluir ao longo da história ( que continua)- por isso talvez a civilização humana seja um erro e um potencial destruidor das cores do planeta, aí talvez os fatos cinzentos decisores necessitem de cor para existirem, mas quem de facto cria as cores não são os que colaboraram mas os que trabalham, a gente simples que todas as manhãs se entusiasma com as cores que a luz lhe ilumina. Não deixemos que a nossa existência seja uma montanha de cinzas, mas sim um mar de cores, pois com falta de cor não haverá sequer coração.
A vida, sem qualquer relação espiritual ou divina, é luz numa eterna guerra contra a escuridão. O que a humanidade sempre precisou, pintar a vida de novas cores. Respirar novos ares. Procurar novas paixões. Aceitar novas opiniões. Questionar novas declarações. Visitar novos lugares. Criar situações. Enfim, viver o novo, sem imposição, sombras ou de vitórias duma minoria faustosa traiçoeiramente apoiada nas maiorias. Diluir-se no todo sem deixar de existir e respeitar cada uma das partes como uma das tonalidades. Afinal a vida só existe na terra enquanto houver cores. Ovar, cidade portuguesa, é um exemplo de cor, mesmo que seja nas múltiplos guarda-sóis policromáticos cuja sombra não quebram a cor, pelo contrário evidenciam-na.
Pensem nisso
Antônio Veiga




















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