Repensar a vida política em Portugal


Por motivos de vária ordem não me tem sido possível vir aqui a este espaço, mas hoje volto com uma visão diferente da vida lúgubre que o Portugal vive e que o dirigente de Vizela do partido Comunista levou até à assembleia Regional de Braga e na qual participei: 

"A Assembleia regional de Braga surge num momento político crucial da vida nacional em que a ofensiva da direita, em particular este governo mas também dos últimos que nos governaram e  é brutal tendo em vista o empobrecimento do povo e do país, intensificando a exploração, degradando a economia, atrofiando ideologicamente os trabalhadores para assim conseguir os seus intentos e a defesa dos seus protegidos: os grandes grupos económicos.
O partido no distrito tem sabido conduzir as lutas pequenas e grandes duma forma sagaz e determinada. A ligação do partido às massas é fundamental e importante pois só estando integrados nas lutas poderemos valorizar o trabalho do partido.

Nós, comunistas, lutamos pela transformação radical da sociedade actual, visando a substituição do sistema capitalista pelo socialismo, na perspectiva da construção da sociedade comunista e obviamente mais justa. Somente a intensa luta política e ideológica envolvendo a participação activa das massas trabalhadoras será capaz de promover os embates sociais e a ampla mobilização em torno do projecto socialista e de uma nova visão de mundo que destrua a lógica capitalista e desumana que hoje nos quer dominar. O objectivo maior dos comunistas é, pois, contribuir para a constituição da classe trabalhadora em classe revolucionária, buscando a derrubada do domínio da burguesia e a conquista do poder político pelo proletariado. A importância dos comunistas torna-se visível quando a sua integração acontece com os eleitos nas juntas, câmaras, assembleias ou em colectividades culturais, recreativas ou desportivas assim como em associações de intervenção social como comissões de pais e comissões de  utentes, etc.

Como disse Marx, no Manifesto do Partido Comunista, os paradigmas teóricas dos comunistas não se baseiam em ideias ou princípios inventados ou descobertos pela mente genial de um ou outro reformador do mundo. São, na verdade, expressões gerais das relações efectivas de uma luta de classes que existe, de um movimento histórico que se processa diante de nós e nos querem impor fatalmente como único. Os autores revolucionários, como o próprio Marx, Engels, Lenin e outros grandes militantes das lutas anticapitalistas nos séculos XIX e XX, como o9 o exemplo histórico do camarada Cunhal na vida e na luta do nosso partido e país, deram forma a uma nova concepção de mundo, concebida através da análise crítica e consciente da realidade existente e da intervenção activa na sociedade, construindo assim o instrumental teórico necessário ao enfrentamento e à luta contrária à concepção de mundo dominante, imposta pelos grupos económicos dominantes.

É através da experiência da vida política, da organização da classe trabalhadora nos seus organismos de representação, da agitação e propaganda política, das variadas disputas que se travam contra os pilares do sistema capitalista ou neo-capitalista vigente que se adquire o conhecimento das relações recíprocas entre todas as classes numa sociedade. O partido é o portador privilegiado desta experiência especificamente política. A sua mediação estabelece a mediação entre a estratégia e a táctica, num tempo que urge a luta contra todo o sistema economicista que nos pretendem impor.
O papel básico do partido comunista é contribuir para a elevação da consciência de classe dos trabalhadores, agindo na organização das lutas e na propaganda socialista em contraponto ao modelo de sociedade capitalista, e é esse papel que cada vez mais impera aprofundar. A disputa ideológica que o Partido Comunista promove visa, entre outros, superar os marcos dos interesses puramente imediatos, economicistas, corporativos, para o nível da visão global da realidade, forjando, desta feita, a visão de um mundo transformador, capaz de hegemonizar um projecto político de construção da sociedade socialista. É isso visível com o destaque das acções de luta sectoriais que o partido participou no distrito com relevo no sector têxtil, vestuário, calçado, construção civil, administração publica local, bem como acções de trabalhadores de inúmeras empresas conduzidas pelos seus sindicatos de classe. Essa intervenção despoleta um desafio a todos os militantes comunistas como seja o seu empenho para contribuir para alargar a sindicalização e o movimento sindical, o aprofundamento da luta de massas, a partir das empresas e locais de trabalho na defesa dos seus direitos, salários e contratação colectiva, promovendo plenários ou alargando as formas de contacto e diálogos entre aos trabalhadores.
O partido, portanto, é a organização de classe capaz de promover a passagem do momento economicista e corporativo dos grupos sociais para o da consciência revolucionária. Lenin já dizia que a consciência socialista não desponta espontaneamente das lutas populares e nem da indignação particular de uma parte do proletariado. Por isso destacava a importância do partido revolucionário e dos militantes comunistas para dirigir e orientar as massas revoltadas com as desigualdades e injustiças provocadas pelo sistema capitalista numa mobilização consciente em prol do socialismo, como única alternativa capaz de solucionar os problemas vividos pela população e classe trabalhadora.

O trabalho do partido comunista assente na riqueza efectiva que é a classe operária é dum partido revolucionário integrante no processo de construção da nova hegemonia, não abandonar o contacto com as massas, pois é deste contacto que os militantes partido podem extrair a fonte dos problemas a serem estudados e resolvidos, impedindo que o partido se descole da vida prática e caia num intelectualismo estéril e de gabinete. Trata-se de inovar e tornar crítica uma actividade já existente, produzindo-se uma nova concepção de mundo que, por estar ligada à vida do povo, tem maiores possibilidades de difusão, tornando-se uma visão dum mundo renovada por uma filosofia que busca não a manutenção dos trabalhadores numa condição submissa a qualquer Troika ou seus progenitores e interessados, mas, muito pelo contrário, criar condições para o desenvolvimento de um projecto revolucionário a ser abraçado e praticado pela ampla maioria dos trabalhadores e não apenas por pequenos grupos., tal como o adágio popular a união faz a força e juntos remando no mesmo sentido podemos defender o país a sua independência e soberania Nacional que o PS, CDS e PSD juntos ou separados insistem em conduzir o país ao abismo."

Pensem nisso

António Veiga

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