A resilência dum Sportinguista

Todos temos um´desejo de vencer, de sermos um vencedor, ou seja, temos em nós recursos e capacidades para superar, avançar, conquistar e alcançar o que nos propomos. Todavia, precisamos de alguns ingredientes, que não são secretos, mas que por vezes passam despercebidos ou são ignorados. Um deles é a paixão. E, uma das minhas paixões é o Sporting, essa equipa que nos últimos tempos tem defraudado as expectativas que qualquer adepto apaixinado espera duma equipa de futebol. Na vida nem sempre é estar ao lado dos vencedores que se é vencedor,. Resiliência é a capacidade que uma pessoa tem para lidar com as situações difíceis, superar os obstáculos e vencer as resistências, sem entrar em depressão ou perder o controlo emocional ou simplesmente ser vira casacas. Isso, seria incoerência e há muitos supostos vencedores que o fazem sendo no fundo oportunistas e incoerentes. Em nada dignificaram a alma Sportinguista aqueles que no estádio não souberam ver um jogo com o coração aos saltos no peito e se envolveram em conflitos/ violência, desvirtualizando o espectáculo do futebol, e defraudando um espírito resilente. Ser resiliente não depende das circunstâncias. Esta é uma capacidade que se desenvolve internamente e cuja força é interna, está dentro de nós. Trata-se de ter músculo emocional e mental, afinal o meu clube contribui para ela, mas está longe de ser a única, pois mesmo numa fase má o Sporting contínua a ser: o único grande Clube nacional que não alterou o seu ano de fundação, tem dois museus oficiais (Lisboa e Leiria, possui o Jornal de clubes mais antigo do Mundo (o primeiro número foi publicado a 31 de Março de 1922) detém o jogador mundial com melhor média de golos em jogos do Campeonato Nacional (Fernando Peyroteo com 1,68 golos/jogo), cedeu o 1.º jogador português à Selecção da Europa: José Travassos em 1955 (vitória da Selecção da Europa à Inglaterra por 4-1, em Belfast), o único Clube mundial que formou dois FIFA World Player: Luis Figo (2001) e Cristiano Ronaldo (2008),  dos Campeonatos Nacionais (14-0 ao Leça, em 1941/1942) e das Taças de Portugal (21-0 ao Mindelense, em 1970/1971); detém o recorde de golos (por equipa) numa só época do Campeonato Nacional: 123 golos em 26 jornadas (época 1946/1947) com uma média fantástica de 4.7 golos por partida; segundo uma reportagem da BBC, está num patamar superior ao Ajax: "O clube holandês é considerado um clube de topo na formação. Um estatuto apenas igualado pelo Sporting. Os «leões» possuem, no entanto, uma Academia mais bem apetrechada"; é o Clube que mais jogadores cedeu à Selecção Nacional em fases finais do Campeonato do Mundo de futebol (24 no total vs 21 do Benfica e 18 do Porto); assume a sua dimensão mundial quando olhamos para os 380 Núcleos, Filiais e Delegações espalhados pelos cinco continentes, sendo o único Clube nacional com esta presença universal e verdadeiramente global.

Mas ainda há mais, no  Atletismo é o único Clube europeu com vitórias em pista e cross: por 2 vezes sagrou-se hexacampeão em cross, no Hóquei em patins: Maior goleada de sempre por 33-1 ao H. Gujan (França), nos quartos-de-final da Taça CERS, em 1983/1984; desde o início das competições europeias de clubes, só é ultrapassado em n.º de participações pelo Real Madrid (54) e Barcelona (53). Os Leões somam 51, apontou o 1.º golo na Taça dos Clubes Campeões Europeus, em futebol: João Martins frente ao Partizan de Belgrado, a 4 de Setembro de 1955, tem 22 taças europeias conquistadas, o Real Madrid 26 e o Barcelona 66. No entanto, somente os «leões» e o Barcelona venceram em quatro modalidades distintas. A última foi no Andebol em 2010 (Taça Challenge), ainda hoje detém recordes nos títulos europeus conquistados, tem a maior goleada de sempre por 16-1 ao Apoel Nicósia (Chipre), nos oitavos-de-final da Taça dos Vencedores das Taças, em 1963/1964;o 2.º Clube europeu com maior n.º de atletas olímpicos (109 até Pequim'08) a seguir ao Barcelona. No entanto, estes 109 atletas «leoninos» actuaram em 10 modalidades distintas e, os do Barcelona, apenas em seis; é o único Clube nacional (e dificilmente haverá outro na Europa e no Mundo), que nos últimos 48 anos teve atletas em todos os Jogos Olímpicos realizados; desde que existe o Comité Olímpico Português, esteve em 24 dos 28 Jogos Olímpicos realizados (apenas ausente em 1920, 1934, 1936 e 1956);  é a equipa portuguesa com mais medalhas olímpicas conquistadas (8 no total: 3 de ouro, 4 de prata e 1 de bronze), teve o 1.º atleta nacional a participar nos Jogos Olímpicos (António Stromp, em Estocolmo - 1912), bem como o 1.º atleta nacional a conquistar uma medalha de Ouro (e a ouvir o Hino Nacional): Carlos Lopes em Los Angeles - 1984 - , na difícil prova da maratona, detém a maior goleada da história dos Campeonatos de Portugal (18-0 ao Torres Novas, em 1927/1928),
Concluindo o Sporting é a única equipa representativa da identidade Nacional, e não dum bairro, cidade ou zona. Assim mesmo com o Sporting com sucessos mais magros, a alma Sportiguinta desperta em tantas outras coisas e é o que distingue a atitude vencedora, a capacidade de não desistir, de enfrentar as contrariedades, de levantar-se uma e outra vez. Na época do fast food nem sempre conseguimos ser pacientes e perseverantes na prossecução dos nossos sonhos, talvez por isso eu serei sempre do Sporting. O futebol pode ter razões que  a razão desconhece, mas a paixão pelo futebol não deve ser motivo de irracionalidades.

Pensem nisso
 
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