Erros

The errors of elected to turn away a portion of the population is a heavy punishment for the same population
Los errores de los elegidos que apartan una porción de la población es un duro castigo para la misma población.
Les erreurs des élus qui se tournent le dos à une partie de la population est une sanction lourde pour la même population
Gli errori di funzionari eletti che voltano le spalle a una parte della popolazione è una sanzione pesante per la stessa popolazione
A Democracia continua a ser o regime que melhor serve os interesses dum povo. é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo. Porém não é inócuo de erros. Todos de uma forma ou de outra os sentimos, os apontamos mas dificilmente os corrigimos. Ao apercebermo-nos dos erros e mantê-los há uma "mea culpa". Isso só confirma que podemos ver o nosso destino, mas somos incapazes de o mudar. Apercebermo-nos dos erros é reconhecer o destino, e a nossa incapacidade para os corrigirmos é a força do destino, pois uma democracia não se esgota nas eleições nem nos eleitos. A democracia não pressupõe eleitos que apenas se bajulam a si p´roprios e ao seu bando em detrimento dos interesses da população que os elegeu, quer os que foram seus seguidores e os outros que não os elegeram, pois a sua acção deve ser universal e não uma forma de bloqueio selectiva. Apercebermo-nos dos erros de eleitos que viram as costas a uma parte da população é um castigo pesado para a própria população, que por andar demasiado ocupada no espírito de sobrevivência fica alheia. Para os eleitos pode ser muito mais fácil considerarem-se bons e culparem os outros encontrando consolação na ilusão da vitória sobre o destino, mas essa é a forma simplista de não executar e ser incompetente. Porque apenas os incompententes ou corruptos temem ser controlados e criam todos os entraves para não o serem mas a democracia salvaguarda com mecanismos próprios e, o que nós esperamos da democracia portuguesa são essas salvaguardas que algumas vezes são demasiado morosas. A verdade impõe-nos o dever de reconhecer a nossa limitação, ao passo que o erro os lisonjeia dando a entender que, de uma forma ou de outra, não estão sujeitos a limites. Quando se põe em causa a democracia, há a considerar que a sua falta de funcionamento não é culpa da democracia mas dos intervenientes, pois não esqueçamos que as democracias baseiam-se em princípios fundamentais e não em práticas uniformes e cegos. As sociedades democráticas estão empenhadas nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso. As democracias reconhecem que chegar a um consenso requer compromisso e que isto nem sempre é realizável. Nas palavras de Mahatma Gandhi, “a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”.

Pesem nisso
 
António Veiga
 
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