L'intelligence doit vivifier l'action ; sans elle, l'action est vaine. Mais sans l'action, comme l'intelligence est stérile ! Les vraies conquêtes, les seules qui ne donnent aucun regret, sont celles que l’on fait sur l’ignorance. L’occupation la plus honorable, comme la plus utile pour les nations, c’est de contribuer à l’extension des idées humaines. La vraie puissance de Portugal doit consister désormais à ne pas permettre la recherche de la meilleure des idées. parce qu'on peut avoir une idée aujourd’hui, une meilleure idée demain, mais la meilleure de toutes... jamais !
The trouble with the world is that the stupid are cocksure and the intelligent full of doubt. I argue in this blog that we are on the edge of change comparable to the rise of human life on Earth. The precise cause of this change is the imminent creation by technology of entities with greater than human intelligence.
Si è così profondi, ormai, che non si vede più niente. A forza di andare in profondità, si è sprofondati. Soltanto l'intelligenza, l'intelligenza che è anche «leggerezza», che sa essere «leggera», può sperare di risalire alla superficialità, alla banalità.
La inteligencia no es una ventaja, es una carga... pero tienes que intentar que esa carga se convierta en tu arma.Un arma que destruye la ignorancia en su estado de descomposición
Porque havia tanta gente que não acreditava na selecção e que vaticinava o maior desaire e agora tecem os maiores elogios, não vou falar da selecção pois deixarei o futebol para esses instáveis e incoerentes críticos, serenamente tal como aqui já o expressei vou acreditar na vitória mas se isso não acontecer a vida está para lá do campeonato do mundo. O importante é acreditar e não deixar de lutar até ao limite das forças, é isso que se pede talvez sob um nacionalismo bacoco mas que vale pelo que vale. Os portugueses são talvez o povo que mais maltrata os portugueses e só dão algum valor quando o elogio vem de fora. Recentemente a morte dum grande representante da cultura portuguesa é exemplo disso. José Saramago foi um escritor que foi capaz de elevar a cultura portuguesa ao seu mais alto nível, mas no seu país nunca lhe teria sido dado o justo valor se não tivesse ganho um prémio Nobel, pois verdadeiramente só a partir daí passou a ter alguma visibilidade em Portugal como escritor e agente da cultura Lusa. Como um levantar do chão, embora tímido, tal não era a cegueira, apenas viam nele um herege comunista. A igreja católica, contrariamente ao seu credo nunca lhe perdoou pela sua leitura da Bíblia, do Evangelho e da própria religião. Enquanto o féretro arrefecia chamou-o de populista entre outros adjectivos pouco dignificantes para quem prega harmonia e paz. Saramago ao contrário da igreja não era estático, crescia com a idade e coerente com a sua história de vida. A igreja católica contínua fechada sobre si mesma e tardiamente assume os seus pecados e os seus erros de história como a inquisição, o fechar de olhos no holocausto ou à pedofilia, talvez ela como instituição viva num pecado aglomerante que a cega e a impede de viver em comunhão com o Deus que professa. Saramago foi um Homem de contrastes, controverso mas indubitavelmente um Homem inteligente que sentia o mundo duma forma peculiar mas sentida, e que saiu da mediocridade mesmo quando alguns medíocres assim teimavam em o catalogar.
Em Portugal a inteligência tem um lugar muito reservado e restrito em detrimento da esperteza, pois esta permite o atropelo e consequentemente o benefício de alguém em prejuízo de outro mas que preferencialmente dê lucro, enquanto que a inteligência é sempre a capacidade de transformar ou criar em busca de conhecimento, arte, técnica para complemento ou benefício de algo ou de alguém. Embora esta seja uma visão simplista de inteligência mas de certa forma é isso tipo de inteligência que faz crescer as sociedades. A inteligência ao contrário da esperteza assenta no altruísmo e na partilha. O homem não se ocupa em conhecer, em saber, simplesmente porque tem dons cognoscitivos, inteligência, mas ao contrário porque não tem outro remédio que intentar conhecer, saber, mobilizar essa inteligência para alcançar o objectivo de viver em sociedade, embora esta utilização limitada sirva muito mal esse menester. Se a inteligência humana fosse de verdade o que a palavra indica - capacidade de se adaptar a novas situações, CRIANDO - o homem teria imediatamente entendido tudo e estaria sem nenhum problema, sem lide penosa pela frente. A função própria da inteligência exige uma liberdade total, implicando o direito a tudo negar e nenhuma dominação. Sempre que ela usurpa um comando, há excesso de individualismo. Sempre que se encontra tolhida, há uma colectividade opressiva, ou várias.
Um dos Homens mais inteligentes que conheci e com o qual convivi, foi o meu avô materno, homem dócil, reflexivo e afável com uma capacidade de raciocínio e memória muito acima da média que o levava mais além dos Homens do seu tempo. Tinha um senão, viveu num país que abafava o povo na ignorância, no analfabetismo, uma ditadura de silêncios potenciando a resignação e passividade ou o “nacional-espertismo” e a emigração dos mais arrojados. Analfabeto, por imposição dos tempos, aprendeu por sua criação a inventar uma escrita sua para gerir os trabalhadores e fazer o rol de pagamentos. Aprendeu com o empirismo da vida os erros que a agricultura portuguesa na data tinha e que ainda hoje se discutem e não se avança. Sempre aberto ao conhecimento vaticinava que a agricultura só poderia ir longe quando os agricultores soubessem tanto da terra como os doutores da ciência e que isso implicaria conhecimentos numa escola. Defendia que as crianças deviam ter tempo para brincar e não ser usadas como instrumento de trabalho, pois o trabalho deveria ser pedagógico orientado, o trabalho era um complemento nunca o sustento, pois o lugar das crianças era a escola, por isso na sua quinta (onde era feitor, nunca foi proprietário) nunca as empregou. Os Homens do seu tempo riam-se, não acreditavam, tal qual como agora se riam da selecção antes de ter ganho. Gostava de contemplar o mundo e do procurar entender, reflecti-a sobre ele, sendo crítico com os injustos, acreditava que nada dava direito ao Homem de maltratar a esposa, defendia que educar não era usar castigos indefinidamente mas fazer compreender, dialogar.

Actualmente a relutância de partilhar saberes dissemina-se facilmente mas isolamento social das pessoas, condiciona que as elites no cúmulo da sua sapiência ceguem na redundância cíclica dos seus saberes, artes e ensurdecem-se na sua música ou discursos procurando uma especialização do pormenor e uma perfeição absoluta tão restrita que acabam por serem cultos ignorantes do mundo e da realidade em que vivem, é quando se desmembra essa barreira que a intelectualidade, a arte e as ciências alvitram na sua essência: criar e inovar, mas elas só têm sentido quando desmontadas da sua complexidade se tornam acessíveis ou compreensíveis da maioria, porque isso também é um acto de inteligência que alguns conseguem transmitir ou empresários dinâmicos que conseguem adaptar e potenciar na sua empresa inovando.

Pensem nisso
António Veiga
2 comentários:
Parabéns pelo texto, Veiga. Acredito sinceramente que a colônia também sirva do mal da metrópole: quantas pessoas inteligentes e sensíveis tiveram que sair daqui na época da ditadura ou em outras para serem reconhecidas?
O fato é que pensar incomoda, e muito.
Ser sensível, poético ou inventar alguma coisa diferente também. Infelizmente ou felizmente, por sermos filhos de uma geração mais crítica, compreendemos a situação com mais clareza. Saramago sempre estará na mente e nos corações das pessoas que aprenderam a amá-lo, com ou sem prêmio Nobel.
Abraço.
Olá! Adorei seu blog, não li muito! mas prometo passar aqui mais vezes e ler com calma!
Obrigada pelo comentário!
Abs!
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