Os raios de luz
invadem o amanhecer,
as flores caminham
pelos campos
disfrutando
a boleia das andorinhas.
Deslizo todas minhas emoções
no teu acordar:
latejos de mariposa.
Teço pássaros de fogo
numa alvorada
de sonos inquietos.
No silencioso
unir de lábios:
Saboreio
as palavras silenciadas
Ouço
as palavras proibidas
Tacteio
a nudez branda e macia
ora felina
ora calmaria
Cheiro
os aromas da paixão
Vejo
os olhares
que os olhos não vêm,
lirismo de loucos.
Despertares
de desejo
funde
os corpos,
nasce uma linguagem
de almas gémeas,
as almas
são incomunicáveis,
até a paixão dar voz.
Flutuamos
Pelo céus
Da estrela da manhã
Calcorreamos
prados verdejantes
em cores rubras.
Saciados
no fulgor
desta maresia
matinal
amadurecemos
cingidos
num abraço
e inventamos
a ternura:
o elo indelével
que nos une
como as flores
e as andorinhas
à Primavera
António Veiga, in Poemas completos
3 comentários:
Caro Antonio, seu poema mexe com a imaginação, é visual e da fotografia tão linda, uma visão de grama e flores da Primavera.
abraços
xoxoxo ♡
Caro António Veiga,
Lindo e profundo poema que bnos leva a meditar, adorei, a foto é linda, até parace os campos do meu amado Alentejo.
Abraço amigo
Bela poesia, parabéns querido, bju
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