Em breve seremos submetidos a
autênticos roubos de identidade com o fecho das juntas de freguesia O Estado e
os políticos afastam-se cada vez mais do
eleitorado e o poder vai pertencendo cada vez mais a um grupo restrito de pessoas, ideias e interesses. O que até aqui
corria à boca fechada é agora impossível de esconder e corre já à boca cheia. É
a tática e a técnica política tecnocrática e neoliberal a trabalhar: coloca-se
a correr como boato algo que realmente se quer fazer, depois como o povo não
reage ou o faz já tarde, o que começou num mero diz que disse, acaba por se
fazer lei. Foi assim com o roubo dos salários, encerramento de centros de
saúde, portagens nas SCUT’s, etc. Ao fecharem as juntas de freguesia retiram
identidade e desvirtualiza-se o património material e cultural que pertence a
cada uma. O PCP foi o único partido no concelho que revelou a sua posição
contra a fusão de freguesias, pois o PSD e o CDS/PP estão com medo de assumir
perante a população, o que já está decidido nos gabinetes. É tempo dos mais
variados partidos assumirem as suas posições.
Os mais inebriados nesta política
tecnocrata e liberal culpam os que se opõem de populistas, porém o seu objetivo
é dividir entre as freguesias que vão ser já extintas e as que irão continuar e
até parece que terão vantagens ao integrarem alguma ou algumas das freguesias
agora a extinguir. Este é apenas o 1º passo da maquiavélica troika / governo
Passos Coelho / Paulo Portas e no nosso município entre PS e Coligação, a
seguir serão extintas as freguesias que agora se mantiverem, para criar apenas
uma ou duas megafreguesias em cada concelho, para numa estocada final, o
próprio concelho ser extinto e criada qualquer kafkiana administração. Já nos
tiraram as termas, a paragem do Intercidades, acabando ou reduzindo até à
insignificância os serviços de transporte públicos, criam grupos escolares
orientados fora do concelho, tal como o centro de saúde.
Em Vizela, mas também no país
algumas das consequências que acarreta a extinção das freguesias são: para as
pessoas, mais marcadamente no interior do país (ou as que não estão inseridas
na cidade) é a quebra de laços identitários; politicamente corresponde a um
golpe soez na democracia, pois as forças políticas mais pequenas e até
independentes que se fazem representar nas juntas e nas assembleias de
freguesia serão varridos do mapa político, criando-se cada vez mais um país a
duas cores: o PSD e o PS. Diz o governo e seus seguidores que se vão poupar
alguns milhões de €uros. 1, 2 milhões (?) mas não é dito com precisão porque
nem se dão ao trabalho de fazer as contas, mas o que as pessoas e o erário
público vão gastar com a alteração, disso eles não falam. As pessoas naturais
ou a viverem nas freguesias a extinguir, terão que pagar a atualização de todos
os documentos pessoais, bem como de registos de propriedades móveis ou imóveis,
rurais e urbanas que eventualmente possuam. O erário público vai ter que
disponibilizar serviços, funcionários e meios que procedam a estas alterações.
As pessoas quando tiverem algum assunto a resolver terão de se deslocar e isso
acarreta mais despesas nas parcas finanças dos cidadãos. Assim entre deve e
haver, nem o concelho nem o país retirará da medida algum lucro financeiro,
embora a democracia não se deva reger pelo lucro, mas pelo bem-estar das
pessoas. A democracia é cara? De certeza que pessoas livres inteligentes não
querem experimentar o lado escolástico do poder: a ditadura…
Pensem nisso


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