Cicatrizes na memória


No silêncio da madrugada, quando o mundo repousa e os sonhos flutuam no éter, uma ideia desperta. Ela surge tímida, como um sussurro, uma brisa suave que acaricia a mente do escritor. É o início de uma jornada mágica, onde palavras se entrelaçam para formar um universo único e inexplorado. A ideia cresce, alimentada pela paixão e pela curiosidade. Momentos como esse tal qual,  jardineiro diligente, cultivei cada pensamento, reguei cada emoção. As palavras brotaram como flores, coloridas e vibrantes, cada uma carregando um pedaço de mim sem serem meus. O ecrã do word, antes vazio, ganhou vida. As frases fluíram na limitação do meu saber como um rio caudaloso. Cada personagem foi esculpido com cuidado, cada cenário foi pintado com detalhes minuciosos, mergulhei em mundos imaginários, vidas múltiplas. Momentos de dúvida, quando o silêncio se tornava ensurdecedor e as palavras não saiam. Persisti, e conclui-o. Li e reli, ajustei e penso que o aperfeiçoei, até que cada palavra ficasse no lugar certo, até que cada emoção fosse transmitida com precisão. Esperando que depois duma gestação  longa e dum parto doloroso aconteça o seu nascimento , o ciclo se complete e, no fim,. dê prazer de leitura aos hipotéticos leitores. Na curiosidade da opinião de quem sabe e edita, dei-o a ler antes da edição. 

Além da sugestão de mudança de título (Cicatrizes Assassinas para Cicatrizes na Memória),  se alguns curiosos quiserem saber o que resumidamente disseram sobre o livro que está para nascer, foi mais ou menos isto:

Avaliação da obra Cicatrizes Assassinas para edição, o nosso comentário

Pontos de Interesse para edição e Classificação: 

Originalidade: O livro se destaca pela forma como integra investigação policial com uma profunda análise psicológica do protagonista. Embora utilize elementos clássicos do gênero, o foco na introspeção oferece uma visão original e distintiva dentro da ficção policial. (Nota: 8/10)

Desenvolvimento de Personagens: O protagonista é multifacetado e bem explorado, com uma trajetória emocional convincente. O padrinho também é uma figura enigmática que carrega muito da tensão da trama. No entanto, alguns personagens secundários poderiam ser mais desenvolvidos, especialmente em relação à sua relevância no desfecho da história. (Nota: 7/10)

Atmosfera e Cenário: A ambientação rural e urbana é bem trabalhada, com um contraste eficaz entre a opressão da aldeia e a frieza da cidade. A aldeia torna-se quase um personagem na história, refletindo o estado mental do protagonista. (Nota: 8/10)

Suspense e Mistério: O mistério do livro é bem construído, mas não tão centrado na resolução de crimes em si, e sim nas emoções e memórias que esses crimes evocam no protagonista. O suspense é mais psicológico do que investigativo, mas isso funciona bem para o tom da narrativa. (Nota: 7/10)

Sugestão editorial e recomendações: 

“Cicatrizes na Memória” parece ser o mais indicado para título da obra, pois captura a essência das cicatrizes emocionais e psicológicas que os personagens carregam, alinhando-se bem com os temas reflexivos e filosóficos do livro. Este título é evocativo, profundo e oferece uma conexão clara com a narrativa introspetiva e emocional da história.

Conclusão

Necessidade da mudança título, mas consideramos que a obra*"Cicatrizes Assassinas"* é um romance cativante e introspetivo que se diferencia ao explorar a relação entre memórias dolorosas e a busca por justiça pessoal, equilibrando bem os elementos de mistério com uma profundidade psicológica notável. António Veiga não apenas constrói uma trama de suspense, mas também explora a complexidade das relações humanas e as cicatrizes emocionais que os eventos traumáticos deixam na memória. O livro convida os leitores a refletirem sobre a natureza da justiça, a luta contra o crime e a evolução humana.

Classificação Final: 7.5/10

Estilo Narrativo:  Comparado a clássicos como "O Silêncio dos Inocentes" de Thomas Harris ou *"Os Homens que Odeiam as Mulheres"* de Stieg Larsson, *"Cicatrizes Assassinas"* foca menos em grandes conspirações e mais num mergulho pessoal e psicológico no mundo interior do protagonista. Onde obras como a de Harris e Larsson oferecem tramas intensas e com ações rápidas que se desenvolvem de forma acelerada, Cicatrizes Assassinas adota um ritmo mais contido, equilibrando a investigação com o estado mental do protagonista. Esse equilíbrio lembra autores como **Fred Vargas**, cujos personagens são complexos e as suas tramas envolvem tanto o desenrolar do mistério quanto a construção de um mundo interior rico e cheio de nuances.

Complexidade Psicológica: Cicatrizes Assassinas aproxima-se da profundidade psicológica vista em obras como *"O Talentoso Ripley"* de Patricia Highsmith, onde a mente do protagonista é tão importante quanto o crime em si. O foco está nos dilemas morais e nas ambiguidades do caráter principal, o que dá à obra um tom mais psicológico do que de mistério policial puro. A luta interna do protagonista em *Cicatrizes Assassinas* é um ponto alto do livro, similar ao de Highsmith, onde o passado e os traumas guiam o comportamento de personagens atormentados e complexos.

Ambientação e Atmosfera: Comparando com *"O Nome da Rosa"* de Umberto Eco, onde a ambientação histórica claustrofóbica desempenha um papel importante, *Cicatrizes Assassinas* também usa a aldeia isolada e a cidade opressiva como espelhos do estado emocional do protagonista. A aldeia entre as montanhas reflete o confinamento físico e psicológico que ele enfrenta, enquanto a cidade é o palco da alienação e das suas investigações imersas em violência. No entanto, diferentemente da complexidade histórica de Eco, a obra de António Veiga mantém-se num cenário mais contemporâneo e pessoal. 

Temas de Justiça e Vingança: Assim como em *"Desejo de Vingança"* de Michael Connelly ou *"O Poder do Cão"* de Don Winslow, *Cicatrizes Assassinas* explora temas de justiça, moralidade e retaliação, porém, numa escala mais intimista. Enquanto Connelly e Winslow lidam com grandes crimes e questões sistêmicas, Veiga opta por explorar a vingança e a justiça de forma pessoal e individualizada. O padrinho enigmático, que atua como uma figura de poder e traição, espelha vilões clássicos do crime literário, mas com uma profundidade emocional que o torna multifacetado, mais próximo do que encontramos em obras como *"O Guardião das Causas Perdidas"* de Jussi Adler-Olsen.

Personagens Secundários e Conflitos:   Onde autores como **Raymond Chandler** ou **Agatha Christie** criam personagens secundários que, por vezes, servem como peças de um quebra-cabeça a ser resolvido, Cicatrizes Assassinas dá um enfoque maior aos laços emocionais e complexos entre o protagonista e os outros habitantes da aldeia, bem como os seus amigos de infância. Isso adiciona camadas de conflito interno, que reforçam o caráter psicológico do livro. O padrinho é uma figura de autoridade que não só controla a narrativa externa, mas também o mundo interno do protagonista, assemelhando-se à forma como o passado e as relações pessoais são usados como dispositivos de trama por **Gillian Flynn**, autora de *"Objetos Cortantes"*.

Tensão e Suspense: Comparado com obras de tensão pura, como *"Caçada ao Outubro Vermelho"* de Tom Clancy ou *"A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert"* de Joël Dicker, Cicatrizes Assassinas tem um tipo diferente de suspense. Em vez de construir uma tensão constante com ação ou perseguições, a obra de António Veiga utiliza uma tensão psicológica que emerge dos segredos guardados e das emoções não resolvidas. O suspense vem da dúvida constante sobre o que o protagonista fará a seguir, e como o passado o moldou, mais semelhante à maneira como **Denis Lehane** constrói suspense emocional em *"Sobre Meninos e Lobos,

Brevemente a ser editado.

Pensem na sua aquisição.

António Veiga

Cores na vida em civilização cinza



É triste e duro perceber que nem sempre valorizamos a nossa vida tal como devíamos. Basta uma ameaça mais séria à nossa existência e logo sentimos a terra tremer por debaixo da alma que nos segura os pés. Hoje o ataque do Hamas a Israel pintou de negro a história da humanidade bem ilustrado nas imagens que os media disseminaram, os mesmos que quase esqueceram os ataques de Israel à Palestina ou simplesmente a morte em direto duma jornalista palestina ou a ocupação progressiva dos territórios da Palestina. Porque nisto de conflitos nunca há dum lado só maus nem do outro só bonzinhos. Na realidade é que apenas avolumam as páginas negras da história da humanidade, onde o arco íris é, cada vez mais, uma ilusão de sonhadores e crentes dum mundo melhor mais humano, ao contrário deste, que se vai perpetuando no lado pior que tem o ser humano que é a malvadez e o egoísmo-, mesmo sabendo que houve povos que agonizaram com guerras, são agora, eles também, senhores da guerra. A guerra sempre destrói e em nada contribui para a palete de cores do ser humano, +ode ser até aproveitada para esquecer e cumprir todos os acordos, para salvar as cores do planeta, fazer-nos todos mais infelizes.
Em tempos de desgraça, percebemos melhor o quanto desperdiçamos oportunidades para ser felizes com tudo o que, afinal, temos à nossa disposição. O erro mais comum é o de julgarmos que teremos sempre mais tempo depois. Na verdade, isso está muito longe de ser certo. Algumas pessoas são capazes de viver bem, num logro geracional. Aproveitam a vida, bastando-lhe apenas o cuidado de não desperdiçar oportunidades. Gerem o tempo, sabendo que é finito e, por isso mesmo, precioso, mas em lugar da partilha usam a imposição, o domínio e pensam-se senhores de qualquer coisa, os donos do arco íris. Há mesmo aqueles que criam muros enormes para que não lhes roubem as cores, no entanto são os principais ladrões das cores do outro lado do muro, fazendo.se passar como os guardiões do arco íris, mas na realidade são os semeadores das trevas os verdadeiros Érebos da Humanidade. Sugam a vida de todos em prol da sua avidez duma forma soberba e avara. Outros , raros, acreditam que a luz é de todos e ninguém deve roubar as cores e continuam defensores da miscelânea das cores sem roubarem tons mas um pleno convívio.
Há, de facto, muito poucos que passam a vida a vê-la passar, a apreciar a tonalidade das cores que a luz da vida permite e partilham essas cores com os que lhe são próximos sem que criem escuridão nos outros para lhe roubarem as tonalidades. Esses escassos seres, alguns pensadores, apenas sonhadores ou simplesmente seres humanos completos na verdadeira ascensão da palavra. Não vivem, não são protagonistas, apenas assistem, e insistem, mesmo que por vezes impotentes, se imporão gradualmente pela voz da razão que os verdadeiros sentimentos trazem â tona em matizes vivas.
A maioria que segue os maiores, que determinam maiorias, resmoneiam a falta de cor e partilham o inferno aqui, quando se dão conta da vida que não viveram, do tempo que foi seu, mas não aproveitaram, do tudo a partir do qual não tiraram proveito de nada, apenas seguiram apenas imitaram.
Todos temos a obrigação de sermos felizes com o que somos e com o que temos. É certo que não somos iguais, que uns têm muito e outros nada, mas isso não importa e se nada realmente quisermos mudar, o dever é mesmo o de cada um de nós dar valor à sua vida no todo que é a sociedade, fazendo dela algo valioso e atentados contra a vida e sua dignidade são sempre deploráveis, mas sem hipocrisias foi, é, lamentavelmente, será, o fulcro essencial da essência da civilização e evolução do humana.
É claro que é nos piores momentos que mais custa ter esperança e paz, perde a pigmentação. Mas é aí que mais diferença faz, e foi aí que a diferença se fez. Foi preciso domar, submeter, escravizar, colonizar, destruir para se evoluir ao longo da história ( que continua)- por isso talvez a civilização humana seja um erro e um potencial destruidor das cores do planeta, aí talvez os fatos cinzentos decisores necessitem de cor para existirem, mas quem de facto cria as cores não são os que colaboraram mas os que trabalham, a gente simples que todas as manhãs se entusiasma com as cores que a luz lhe ilumina. Não deixemos que a nossa existência seja uma montanha de cinzas, mas sim um mar de cores, pois com falta de cor não haverá sequer coração.
A vida, sem qualquer relação espiritual ou divina, é luz numa eterna guerra contra a escuridão. O que a humanidade sempre precisou, pintar a vida de novas cores. Respirar novos ares. Procurar novas paixões. Aceitar novas opiniões. Questionar novas declarações. Visitar novos lugares. Criar situações. Enfim, viver o novo, sem imposição, sombras ou de vitórias duma minoria faustosa traiçoeiramente apoiada nas maiorias. Diluir-se no todo sem deixar de existir e respeitar cada uma das partes como uma das tonalidades. Afinal a vida só existe na terra enquanto houver cores. Ovar, cidade portuguesa, é um exemplo de cor, mesmo que seja nas múltiplos guarda-sóis policromáticos cuja sombra não quebram a cor, pelo contrário evidenciam-na.
Pensem nisso
Antônio Veiga




















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Tratar da saúde

Cada vez mais as pessoas vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido. Projetam-se de tal forma no futuro que não vivem, nem no presente nem no futuro. A morte é evitada como tema de conversa e reflexão essencialmente numa sociedade que celebra a juventude, a beleza, o individualismo, o materialismo e que prefere ignorar, tratar com indiferença ou desprezar experiências humanas como a deficiência, a doença, a velhice a dependência e a morte. Aliada a esta sonegação social o empobrecimento da morte como experiência humana é também consequência do desenvolvimento da medicina e das suas diversas especializações que tendem a coisificar o corpo e a reduzir a pessoa doente a um aparelho que não funciona. Fugimos dessa realidade, mas ela existe. Somos confrontados com a realidade que Portugal tem elevado a taxa de mortalidade substancialmente- Há vários fatores a ponderar, a população envelhecida, a resposta inadequada do serviço de saúde com a sua suborçamentação crónica, a pandemia, a diminuição das condições socio económicas entre outras. É um cenário que carece uma reflexão aprofundada e uma acção corajosa e pertinente. Mas o sistema manter-se-á assim quase até à rutura e existe por opção política, má gestão e múltiplos interesses instalados. A mentalidade de gestão dos serviços de saúde nas últimas décadas foi roubada das empresas privadas. Esse paradigma errado só nos trouxe mais despesa e desorganização. Os governos acharam que se dessem menos orçamento aos serviços de saúde, estes iriam gastar menos no ano seguinte. Olhavam para a suborçamentação como uma forma de controlar os custos dos serviços de saúde, mas basta olhar para a evolução da despesa do SNS nos últimos para ver que estavam enganados. Foi uma estratégia errada porque causaram sofrimento aos serviços de saúde, provocando uma hemorragia de recursos do SNS, sem sequer atingirem o seu objetivo principal que era controlar os custos. Saúde e inteligência são as duas bênçãos desta vida, mas ambas requerem ser cuidadas e não se verifica isso presentemente.
O serviço público deixa de investir em quadros para investir em tarefeiros criando diferenças significativas no que auferem e pondo os serviços sem um planeamento adequado para a população e os meios que têm como alvo. Os profissionais de saúde suportam a falta de carreiras e incentivos profissionais oscilando no pluriemprego entre a pública e a privada descapitalizando o SNS e alimentando o sector privado, algumas das vezes cooperando em sistemas provavelmente potenciadores de corrupção que vai minando o sistema para um beco sem saída. A população ou fica sem cuidados de saúde atempados ou recorre a sistemas de saúde que na forma como estão implantados não são sistemas de saúde alternativos porque em caso sério de doença não dão resposta. Outros, com subsistemas de saúde como a ADSE vão contornando essas falhas, provando que só existem porque o SNS está a funcionar mal. Se nós tivéssemos um SNS que fosse capaz de providenciar cuidados a todas as pessoas que deles necessitam não precisaríamos da ADSE. Nós precisamos da ADSE porque construímos um SNS em muito pouco tempo e não foi possível criar todos os recursos necessários. A ADSE é prévia ao SNS e por isso é que se manteve. A ADSE não é um seguro privado. As pessoas que têm este subsistema de saúde pagam uma percentagem do seu ordenado, o que significa que as pessoas que ganham mais pagam mais e quem ganha menos paga menos. Isso não acontece com um seguro de saúde privado. Os cuidados oferecidos pela ADSE são sempre os mesmos, independentemente daquilo que uma pessoa paga todos os meses. O desconhecimento da população pela onerosidade dos serviços de saúde e falta de educação para a saúde contribui para o descalabro que é o acesso aos cuidados. Gerir um privado e um público não são atividades comparáveis em Portugal. Achar que a gestão privada pode ser mais eficiente é uma ideia falsa baseada em análises comparativas entre serviços que não são comparáveis. No entanto, eu acho que no que toca à gestão de dinheiros, não há diferença nenhuma entre privados e públicos, ou seja, existem exemplos de gestão privada e pública que são desastrosas. Mas no caso da saúde, a avaliação da eficácia não pode ser só pela gestão, tem de se basear em indicadores de saúde. Quando nós vamos avaliar os indicadores de saúde, vemos que os países com serviços públicos com acesso universal tendencialmente gratuito são sempre superiores aos países que assentam em serviços privados. Não há nenhum estudo que nos comprove que na área da saúde a gestão privada seja superior. Gerir um hospital privado é totalmente diferente de gerir um hospital público. Isso começa logo pelos serviços que o hospital privado oferece. Os hospitais privados praticamente não oferecem serviços para cuidados agudos, de AVC, de enfartes ou unidades de cuidados intensivos. Os hospitais públicos são obrigados a assegurar essas respostas que são das mais caras que existem. Em saúde não se pode simplesmente aceitar o axioma da liberdade plena do mercado, uma vez que, entre outras coisas, o produto final é a vida.
Quantas mudanças se poderiam fazer investindo nas carreiras com exclusividade e incentivos, que não uma redução de listas de cirurgia que são formas pouco ortodoxas de resolver o problema e ficam talvez mais dispendiosas para o estado É preciso investir a sério na prevenção e promoção da saúde. Só quando tivermos unidades de saúde familiar, médicos de família e cuidados continuados e de reabilitação para toda a população, assim como unidades de continuados diligentemente funcionais, é que teremos hospitais que não estão sobrelotados. Não há soluções fáceis, mas alguns dos caminhos seriam vontade política descomprometida de interesses e com um planeamento adequado à nossa realidade e não apenas gestões amorfas e cinzentas que no final são de conta corrente sem respostas quando se conseguir talvez haja mais saúde em Portugal ou talvez fiquemos eternamente numa espera azeda duma utopia. Pensem nisso António Veiga

Agir pela liberdade


Agir com o direito à palavra livre é também um dever, por isso nunca me refutei a fazê-lo no respeito pela pluralidade que a liberdade exige. Todo ser humano, em algum momento da vida, haverá de duvidar da existência da liberdade. A natureza humana é formada essencialmente pela liberdade. Ou seja, a liberdade é condição fundamental da vida humana. Mas em cada dia que vivemos duma forma subtil ela é condicionada e n'os somos condicionados a aceitar essa condição duma forma tão passiva que conseguimos ser mais cárceres que aqueles que estabelecem esses condicionalismos. Somos temerosos ao próprio sentimento de ser livres e responsáveis. Se não fosse a liberdade seríamos qualquer coisa, menos seres humanos. Nesse sentido, somos o que somos pela liberdade. E o que vem a ser liberdade? Liberdade é a condição de autonomia do sujeito. É poder dizer não quando todos dizem sim. A liberdade é o bem maior da existência humana. Quem é educado na liberdade tem mais chance de ser um defensor da liberdade do quer quem não o foi. Somente quem é livre sabe valorizar a liberdade. Geralmente quem não ama a liberdade comente injustiça. A liberdade é a matéria prima da felicidade humana. Quem é livre tem mais chance de ser feliz do quer quem não o é. Dessa forma, não pode haver felicidade na escravidão, no sofrimento, na dor. Por isso, devemos lutar sempre pela liberdade, seja ela qual for. Toda forma de radicalismo, seja religioso, científico ou político não colabora com a liberdade humana. Ou seja, toda ação que visa diminuir a liberdade humana deve ser prontamente repudiada. Quem ama a liberdade luta pela liberdade, por isso continuo essa luta porque a liberdade não é um bem garantido!

Pensem nisso.

Tulipa, uma joia nas plantas


No decorrer dos séculos, a tulipa flor simples mas bela, teve uma influência mágica sobre o ser humana, determinando mesmo a importância social do seu titular. A sua floração é uma exibição avassaladora de cores e formas. Há tulipas imaculadamente brancas e folhas com bolinhas verdes e vermelhas, tulipas em forma de cone, ou denteadas, ou ainda com folhas que parecem penas de pássaros, de cores vivas, como a Markgraaf van Baden, ou da vermelha com labaredas brancas (Rembrandt).As tulipas são um género de plantas originário da Turquia e  da Ásia: áreas do Quirguistão, do Turquemenistão e do Cazaquistão, em torno dos montes Pamir, das espécies Tulipa gesneriana e há a Tulipa suaveolens, originária do sul da Europa, mas estas flores abarcam um grande número de espécies (aproximadamente umas 5 mil). Pertence à família das Liliáceas, género Tulipa, cultivando-se hoje em dia, numerosos híbridos. 


Estrutura da Planta, Morfologia e Anatomia Vegetal

Túlipa é uma planta herbácea, vivaz,angiospérmica, bulbosa, microtérmica e rústica, no seu género tem cerca de 300 espécies.É uma planta com poucas folhas de cor verde e verde acinzentado, lanceoladas, muito.carnudas e sem pecíolo. O limbo é simples, inteiro e paralelinérveo. As flores são solitárias e orientadas para cima. Têm seis pétalas (tépalas) dobradas ou simples, dispostas em forma de cálice, com uma variada gama de cores. No interior da flor estão seis estames filamentosos e um estigma séssil dividido em três lóbulos. O gineceu é súpero. A planta dispõe de um bolbo, que é um órgão de reserva e multiplicação. O bolbo caracteriza-se por ter as escamas mais exteriores secas, que recebem o nome de túnicas.  Os seus caules são simples, mas modificados, cujas folhas adquirem determinadas formas para armazenarem alimentos. Os bolbos das tulipas são tunicados, possuem folhas escamosas, carnudas, muito largas, rodeando a folha inicial e formando anéis concêntricos em redor do ponto de crescimento. As folhas exteriores apresentam-se ressequidas e membranosas e protegem o bolbo da secura e de danos mecânicos. As raízes desenvolvem-se no início da época de crescimento à volta da aresta exterior da placa basal.

O fruto é uma cápsula com três válvulas eretas e com sementes bastante planas. Dispõem de um bolbo que se caracteriza por ter as escamas mais exteriores secas, que recebem o nome de túnicas. As tulipas têm um ciclo de duas fases, uma vegetativa, na qual os bolbos crescem até chegar ao tamanho adequado para florescer, e outra reprodutiva, que inclui a indução floral, diferenciação das partes, alargamento do caule floral e floração. A gema terminal normalmente diferencia-se em 4 folhas e 1 flor com termotatismo, abre-se aquando a temperatura sobe e fecha quando desce, cuja durabilidade média é de 7 dias. As tépalas podem ser simples ou dobradas e o comprimento do escapo floral pode ser comprido ou curto. A temperatura é fator determinante da floração da tulipa. Exigências médias de frio que devem variar desde os 10ºC aos 5ºC e 10 a 17 º C na forçagem. A tulipa não é exigente quanto à intensidade luminosa, indiferente ao fotoperíodo, mas carece de uma humidade relativa moderada (70 a 85%), as elevadas fragilizam o escapelo floral. O solo deve ser ligeiro, permeável, sem aglomerados, isento de pedras e moderadamente ácido ou seja solos humíferos, aluviões arenosos e substratos de mistura de turfa com areia são ideais.

Morfologicamente a raiz primária de vida curta é rapidamente substituída por raízes adventícias, fasciculadas. Os Bolbos são tunicados (6 escamas circulares e carnudas). Há propagação bolbilhos que se desenvolvem na base do bolbo (grupo criptófitos geófitos), mas apenas bolbos com 8 g ou 6 a 7 cm são capazes de diferenciar flor. O bolbo enquistado, no momento da plantação, todos os órgãos vegetativos estão formados. Do bolbo nasce uma haste geralmente sem engrossamento secundário e com entrenós achatados, designados por discos. Da haste nascem folhas com limbo inteiro e paralelinérveo, verde ou verde-cinza, ovadas, peludas ou glabras, às vezes onduladas, basais ou caulinares (sésseis), alternas ou verticiladas, por vezes carnudas e espinhosas na margem e raramente reduzidas a escamas (filodálios). No topo do caule uma flor trímera de perianto do tipo perigónio constituído por 6 segmentos petaloides, por vezes sepaloides, livres ou unidos geralmente com 2 verticilos petaloides, por vezes com um só, ou nulo, hermafroditas ou unissexuais, os óvulos estão encerrados num pistilo fechado formando em geral por ovário súpero, (hipogínicas) estilete e estigma. A polinização acontece por: autopolinização, polinização cruzada, polinização anemófila e polinização entomófila. A reprodução acontece na flor na seguinte ordem: perianto, 6 tépalas em 2 voltas imbricadas ou valvares; androceu: 6 estames em 2 voltas de 3 livres ou ligado a sépalas; gineceu: 3 carpelos, sincárpio, trilocular com 2 óvulos em cada lóculo. Os óvulos encerrados num pistilo fechado formado em geral por ovário súpero. O fruto é uma cápsula trígona. Onde se encontram as sementes pequenas endospérmicas e planas, Embriões com um cotilédone. A floração ocorre 5 a 6 anos depois da sementeira.

História das tulipas

Os relatos mais antigos sobre tulipas chegam da Turquia do ano 1000 a.C., seu país de origem. A Holanda é famosa pelas tulipas e exporta–as para o mundo inteiro exportando mais de 1,9 mil milhões de bolbos. O nome da flor foi inspirado na palavra turco-otomana tülbend, posteriormente afrancesada para tulipe, que originalmente significa turbante (espécie de "chapéu" ou "adorno" que os homens do oriente médio usam na cabeça até os dias de hoje), considerando a forma da flor invertida. Valorizada como uma joia na Turquia, a planta só podia ser cultivada nos jardins reais. Dos jardins ela migrou para desenhos nas paredes em mesquitas e palácios, para a decoração de tapetes e marchetaria de móveis. Foram usadas também como motivos para a ornamentação de azulejos de faiança e louças. Assim, originárias da Ásia, com a rota da seda circularam por todo o continente, foram levadas para a Holanda: por Carolus Clusius, médico e botânico flamengo do século 16, ele criou o famoso Jardim Botânico da Universidade de Leiden e começou a cultivar tulipas, principalmente por meio de sementes, o que permite uma diversificação mais rápida das plantas do que por bolbos.

A flor adaptou-se muito bem ao solo arenoso dos arredores de Leiden e Haarlem, com a brisa fresca do mar. Em 25 anos, por volta da década de 1620, a florzinha de Clusius tornou-se um sucesso. Quando chegou à Holanda também foi considerada um sinal de poder e prestígio para os aristocratas – era conhecida como uma "flor elegante". Chinesas ou turcas, o fato é que elas se transformaram numa paixão para os Holandeses e essa paixão foi tanta que gerou até uma especulação financeira envolvendo os bolbos desta planta, chegando a ser a quarta maior fonte de riqueza do país, no que ficou conhecido como tulipomania. Mercadores ricos, regentes e patrícios plantavam-na nos jardins. A tulipa torno-se um símbolo de status, alcançando preços cada vez mais altos. A forte especulação inflacionou o comércio. No auge da tulipomania, um bolbo especial podia valer 3 mil florins. Como escreveu um panfletista anônimo da época, isso correspondia a “2 carroças de trigo, 4 carroças de centeio, 4 bois gordos, 8 porcos gordos, 12 ovelhas gordas, 2 barris de vinho, 4 barris de cerveja, 2 toneladas de manteiga, quase ½ tonelada de queijo, 1 cama, 1 jarra de prata, algumas roupas e 1 navio para transportar tudo”. A tulipa incorpora uma promessa. Aquilo foi pura ganância e especulação. Temos um bolbo, mas nunca sabemos o que sairá dele. A situação não podia durar. Em 3 de fevereiro de 1637, quando um negociante de Harlém não conseguiu vender alguns bolbos por 1.400 florins (na época, o salário anual médio era 150 florins), a bolha explodiu com estrondo. O episódio ficou internacionalmente conhecido como o primeiro crash do mercado de ações. Por sorte, isso não acabou com o cultivo de bolbos. O fato resultou num pânico generalizado no mercado de tulipas, fazendo com que os preços da planta caíssem em poucos dias. O valor de cada tulipa caiu para um centésimo dos preços anteriormente praticados. A bolha das tulipas, finalmente, havia estourado na Holanda. Muitos compradores que haviam dado todos os seus bens para ter uma tulipa passaram a ter, da noite para o dia, uma planta sem nenhum valor de mercado.

Outros investidores decidirem tomar a mesma atitude do comprador de Harlém e não honrar os contratos de venda das tulipas – levando os vendedores da planta à falência. A confusão tornou-se ainda maior quando se descobriu que alguns vendedores de tulipas falsificavam os próprios títulos da planta e vendiam, portanto, mais bolbos do que realmente tinham. Os compradores sumiram, o valor de mercado das tulipas desvalorizou-se e, de uma hora para outra, elas já não valiam mais nada. O caos da bolha financeira das tulipas foi tamanho no país que o governo holandês tentou intervir, oferecendo 10% do valor original de cada um dos contratos emitidos para honrá-los na bolsa. A intervenção, contudo, só fez o mercado cair ainda mais. A primeira bolha do mercado financeiro mundial resultou numa forte depressão econômica, que demorou anos para ser superada. A crise das tulipas também deixou cicatrizes nos investidores da Holanda: depois dela, os holandeses passaram, enfim, a olhar com grande desconfiança para qualquer investimento especulativo. A região de floricultura nos arredores de Lisse, Hillegom e Noordwijk, que conhecemos hoje, prosperou no século 19. Os produtores viajaram o mundo à procura de novas espécies para cruzar com as suas tulipas. Atualmente a Holanda é a maior produtora de tulipas do mundo, exportando cerca de 2 bilhões de bolbos para mais de 80 países em todo o mundo, a área mais antiga de cultivo de tulipas nesse país é a que circunda a cidade de Lisse. Além da sua função decorativa, credita-se à tulipa propriedades medicinais ainda em estudos. É também conhecida como a "mensageira da primavera". Um tipo de tulipa que possuía uma beleza sem igual era a "Rembrandt", cuja origem bicolor era provocada por um vírus. Sua reprodução foi proibida na Holanda em virtude do próprio vírus que a alterou geneticamente, mas hoje ela já é produzida de outras formas e vendida normalmente.  Durante anos os holandeses desejaram produzir a tulipa negra, e em 1985, após vários cruzamentos de espécies de tulipas mais escuras, eles criaram uma, que não é bem preta, mas marrom muito escura. Com a falta de comida durante a Segunda Guerra Mundial, os holandeses aproveitaram as tulipas para tudo: eles cozinhavam o bolbo para comer e fazer bolos, para beber, torravam-no para fazer uma espécie de café... O Sr. Henk Klein Gunneviek, conta que após a Segunda Guerra, ter comido bolbos de tulipa e outras flores cozidas. Quando tinham sal, colocavam, mas mesmo assim o gosto não era tão agradável. Tomavam também o caldo desse cozimento. Esse tipo de alimentação, mesmo que precária, foi o que ajudou a sobrevivência de muitas pessoas naquela época. Por isso, acabou conhecida como um "símbolo da sobrevivência". O bolbo também pode ser torrado para a elaboração de um chá, que possui propriedades medicinais para o combate de varias doenças. Inclusive as indústrias vêm utilizando a tulipa para a produção de cosméticos e as flores continuam a sendo utilizadas para a elaboração de miríficos arranjos florais.

Espécies de tulipas

São muitos os tipos de Tulipas que existem, uma grande variedade de cores que começam no branco, passando por tons de amarelo, laranja e chegando próximos a um tom de vermelho. Dentre tantas espécies de Tulipas existem aquelas que se destacam por suas diferenças e por serem o que podemos identificar de exóticas. Os Tipos mais populares de Tulipas: são Tulipas Botânicas, Tulipa Darwin, Tulipas Papagaio, Tulipa Flor-de-lis, Tulipa linifolia, Tulipa praestans, Tulipa Markgraaf van Baden, Tulipa saxatilis e Tulipa Rembrandt. Outro tipo de Tulipa que chama muito a atenção devido as suas características exóticas é a Tulipa Negra. Apesar do nome ela não é verdadeiramente negra, apenas possui uma tonalidade um pouco mais escura. O nome de “Tulipa Negra” foi dado a essa variedade da planta devido a uma lenda persa. De acordo com a lenda uma jovem que se chamava Ferhad tinha um grande amor por um rapaz chamado Shirin, que morava em sua região. Porém, o amor de Ferhad não era correspondido, por isso ela fugiu para o deserto onde ficou um longo tempo chorando. A lenda diz que quando as suas lágrimas atingiam a areia no local em que caíam nascia uma linda Tulipa Negra que simbolizava a sua tristeza.

Dentro das diferentes espécies são populares as seguintes:
Chinesa Pink, As flores desta tulipa são de cor rosa intenso, muito parecidas aos lírios já que suas pétalas abrem-se para fora e terminam muitas vezes em ponta. Têm talos altos e espigados, coisa que as torna flores susceptíveis de serem danificadas pelo vento.
Bailarina, Este é um tipo de tulipa muito aromática e, como no caso anterior, suas flores se parecem aos lírios ainda que de cor laranja.
Queen of the night, São conhecidas como "tulipas negras", são de flores individuais e de cor roxo escuro
Angélique, de cor rosa pálido, caracterizam-se pela quantidade de folhas de suas flores que lhes dá um aspecto mais descuidado.
West Point, estas tulipas amarelas também se parecem muito com o lírio de flores, com pétalas pontiagudas e arqueadas para cima.
Abu Hassan, caracterizadas por sua cor vermelho intenso com uma margem amarela. 
Spring Green, variedade de tulipas com pétalas em forma de pluma de cor branca com listras verdes, chamam muito a atenção por não serem das mais comuns.
Estella Rijnveld, cuja variedade de tulipa produz uma flor redonda com pétalas encaracoladas, jaspeadas de branco e vermelho.

Nota: A tulipeira um género de plantas com flor, da ordem Magnoliales, que agrupa as espécies maioritariamente arbóreas conhecidas pelo nome comum de magnólias, ou seja, uma árvore de madeira clara que tem a casca fina, há quem a considere uma tulipa, mas não pertence à família das tulipas. O tronco da Tulipa Africana tem em média um diâmetro que fica entre 30 cm e 50 cm. As flores dessa árvore crescem bem rapidamente e é bastante utilizada para a ornamentação.


Reprodução se Tulipas: 

Há uma grande paixão no cuidar de tulipas, essa cultura é caracterizada por uma grande variedade de formas e cores de luxo. Cantada por muitos poetas, a tulipa capturou os corações da maioria das pessoas no planeta. Alguns até se tornaram ávidos colecionadores de suas variedades, prontos para pagarem fortunas, mas sem o fanatismo de outrora, por um novo tipo de tulipa. As flores das tulipas florescem em dia ensolarado e fecham-se à noite. Afinal, o cultivo desta cultura despretensiosa exige o rigor de certas regras de armazenamento e um prestar cuidados no desenvolvimento e floração. Para uma reprodução correta deve ser entendida como na natureza das tulipas. Isso acontece pela chamada autorrenovação, em que o bolbo mãe, cumprido o ciclo, é substituído anualmente por outro. A duração deste ciclo natural pode ocorrer ao longo de 60 anos ou mais. Na sua essência, a tulipa é um clone das plantas anteriores. Neste caso, além da capacidade para florescer, o bolbo de substituição herda a partir do progenitor todas as características da planta mãe. Portanto, para reprodução de alta qualidade devem ser selecionados somente bolbos jovens redondos e de forma regular.

Na verdade, a reprodução de tulipas selvagens, como todas as angiospérmicas, também ocorre por meio da polinização, no ovário formam-se sementes. Se cultivadas a partir de sementes os atributos da variedade não será salvo, e a flor vai ter que esperar 4-5 anos, como a polinização nem sempre é controlada nem sempre se mantem as caraterísticas da planta progenitora. Este método não é o mais escolhido pela morosidade, no entanto é através dele que se consegue desenvolver novas cores e tipos de tulipas pelo controle da polinização das plantas, podendo ser feito através de polinização artificial. Tira-se o estame de uma flor duma cor e esfrega-se no pistilo do centro de uma tulipa, isto é cruzar. É um tipo de inseminação artificial que leva a uma colheita de sementes seis meses depois. Mas ainda não é um bolbo. Um stock de bolbos para o mercado demora muitos anos. Pode levar 25 anos para introduzir no mercado uma nova variedade.

Semear Tulipas 

Quando a vagem das sementes adquire um tom castanho e antes de rachar retirar as sementes; caso contrário, os riscos de material de semente ser espalhada acidentalmente sobre o solo pode acontecer. Colocar vermiculita húmido (um mineral que se expande quando é aplicado calor) no saco com as sementes. Depois de recolher as sementes têm de ser armazenadas num frigorífico a  5-8º C porque isso vai impedir a semente de perder a humidade. Certificar-se de que a semente germina por 90 dias antes do plantio. A semeadura é feita em terreno aberto no outono, mas de preferência em caixas sementeira. Durante o Inverno, as sementes plantadas protegem-se das temperaturas muito baixas. Muitos produtores, a fim de criar o clima apropriado, semeiam em caixas a uma profundidade de 1-2 cm, onde elas vão crescer 2 a 3 anos. Na primavera deve ser feita a rega, remexer suavemente o solo e remover ervas daninhas. Além disso, em junho desenterrar os pequenos bolbos maduros e armazena-los para novo ciclo no ano seguinte até á floração que acontece 2 a 6 anos ou continuar a apurar uma nova espécie.

Plantar tulipas em água no interior:

Tulipas podem crescer na água?  Os bolbos de tulipa podem ser forçados a florescer dentro de vasos. Seguindo estas etapas simples e tendo um pouco de paciência. No outono, escolher bolbos de tulipas grandes e com cores sortidas. Quanto maior o bolbo, maior a flor. A maioria das tulipas precisam entre 8 a 15 semanas para florir. Acelera-se o tempo colocando os bolbos no frigorífico. Mantê-los longe das maçãs. O gás emitido pelas frutas como maçãs impedirá que elas desabrochem. Resfriar por menos tempo resultará em zero floração, principalmente nos países quentes. Retirar os bolbos do frigorífico e colocar água dentro do vaso de vidro a 3cm da parte inferior do bolbo e colocar cascalho ou berlindes. Não deixar a água tocar a base dos bolbos. Colocar numa sala com luz solar indireta e observar os bolbos crescerem! As raízes atravessam as contas de vidro ou pedras e entram na água. Certificar manter a água sempre num nível ideal.

Clima e época de Plantação

As tulipas florescem na primavera e para que assim seja, devem-se plantar durante o outono. Se se semeiam antes de que a terra fique fria e dura, pode conseguir-se um bom crescimento e uma grande floração, a melhor época para cultivar tulipas é no período que vai desde setembro a janeiro, sendo o melhor fazê-lo nos meses centrais do outono. A essa altura, o período adormecido termina e os bolbos começam a brotar.  A tulipa resiste às baixas temperaturas, sendo sensível a condições de grande calor. A flor só brotará após um período de baixas temperaturas. A temperatura do solo não deve ultrapassar os 16ºC e a do ar os 18ºC, considerando-se como temperaturas ótimas de floração, os 13ºC e os 15ºC, respetivamente. A temperatura do solo no momento de plantação pode oscilar entre os 5 e 9ºC. A planta requer durante todo o período de cultivo, Humidade Relativa elevada. No entanto, para evitar o ataque de fungos, especialmente Botrytis tulipae, deve-se evitar que esta seja superior a 85% pelo que é recomendável regar todas as manhãs e eliminar a humidade em excesso, ventilando o tempo que for necessário. As tulipas, para o ótimo desenvolvimento do bolbo, necessitam dum baixo nível de luminosidade pelo que esta é considerada um fator limitante. Em zonas com um elevado nível de insolação, deve-se sombrear a estufa nesse período, já que de contrário, a planta florescerá rapidamente, deixando a haste floral excessivamente curta.

Solo e localização

A tulipa prefere terrenos soltos, fofos, ricos em matéria orgânica e bem drenados que permitam um bom desenvolvimento radicular e evitem humidades excessivas ao redor do bolbo. As raízes da tulipa exploram os primeiros 15 cm do solo. O pH adequado situa-se entre 6 e 6,5. Os solos compactos deverão ser corrigidos mediante a aplicação de turfa, estrume ou areia; aos solos arenosos deve-se adicionar turfa, para favorecer a retenção de água. Nos solos salinos, a tulipa não se desenvolve, sendo necessário, lavar o solo, antes da plantação, para baixar a concentração de sais. Outro fator importante para conseguir um bom desenvolvimento da tulipa é a localização da plantação. Ainda que deva localizar os bolbos numa zona ensolarada, as suas preferências também são importantes. Muita gente decide plantar os bolbos com um desenho concreto, formando fileiras ou em vedações e caminhos. Após florescerem, encherão de cor esse espaço. A preparação do solo deve iniciar-se com a correção orgânica (um mês antes da plantação); Correção mineral (calcário aplicado por duas vezes); Desinfeção do solo (por fumigação ou simples); Adubação de fundo (adubo composto com Boro e Magnésio); Armação do terreno em canteiros com 80cm de largura separados por ruas com 50cm; por fim procede-se à rega de pré-plantação. Simultaneamente preparam-se os bolbos para a plantação, que devem ser observados em detalhe procurando, entre outras alterações, possíveis ataques de Penicillium sp, facilmente reconhecido pela presença de um típico bolor verde que cobre o bolbo. Conservação: O mais aconselhável é fazer a plantação imediatamente após a compra dos bolbos ou conservá-los a baixas temperaturas (2 a 5ºC) por um tempo máximo de uma semana. Antes de se proceder à desinfeção, aconselha-se a retirar parte da túnica que se encontra perto da coroa de raízes, sem a ferir, para facilitar a emissão das raízes. Os bolbos devem desinfetar-se mediante imersão durante 10-15 minutos numa solução desinfetante. A solução recomendada é à base de benomil (1 g/l), tentando prevenir os ataques de Fusarium oxysporum, Rhizoctonia solani, Botrytis tulipae e Pythium sp.,

Plantação das Tulipas

Regra geral podem-se plantar as tulipas no início do outono e depois, juntamente com o alho, pouco antes da geada. Alguns jardineiros plantam tulipas no início da primavera. Nesse caso, eles florescerão no meio do outono. Tais termos exigem muito trabalho - no meio do verão, no calor, as flores precisarão ser removidas por um tempo em um local fresco, no porão ou na geladeira. No final de setembro, as plantas são devolvidas ao canteiro para florescimento.

✔      Dependendo do tamanho do bolbo, a profundidade do plantio é escolhida. Deve ser igual a três diâmetros de bolbo, mas não mais que 15 cm.

✔      bolbos maiores parecem mais harmoniosas no centro, menores nas bordas.

✔      As distâncias entre os bolbos grandes deixam cerca de 10 cm, para as pequenas de 5 a 8 serão suficientes.

✔      O espaço entre tulipas de diferentes tipos e cores deixa 20 cm - isso permitirá não misturar os bolbos durante o crescimento.

✔      Uma camada de areia é derramada no fundo do buraco, as cebolas são distribuídas na superfície sem pressioná-las na areia.

✔      Os furos de aterrissagem são cobertos com terra e nivelados.

✔      Em clima seco no outono, 10 dias após o plantio, as flores são regadas.

Importa completar que as Tulipas Turbo devem ser plantadas em Outubro; as Tulipas 5ºC Outubro a Dezembro; Tulipas Frigo de Outubro a Fevereiro, podendo as normais ser plantadas de Outubro a Março. A profundidade de plantação ao ar livre - 8 a 10 cm e sob coberto - ápice junto à superfície do solo, sendo o compasso de plantação: 20 cm por 5 cm; 20 cm por 10 cm; 20 cm por 20 cm.

Cavar buracos para os bolbos, separá-los com pelo menos 5 cm entre cada buraco e faça com que tenham pelo menos 20 centímetros de profundidade. Se o bolbo é grande, tem que cavar mais fundo. Enquanto o faz, elimine raízes, pedras e outros resíduos que encontrar. Quanto todos os buracos estiverem cavados, coloque os bolbos a apontar para cima (com a parte comprida a tocar o fundo) e volte a encher as covas com terra. É muito importante que os coloque a apontar para cima, caso contrário tratam de crescer para baixo.Quando já se tiver todos os bolbos plantados, é preciso regá-los suavemente e não os encharcar. Não voltar a pôr mais água até que se veja que a terra está muito seca, pois, poderiam acabar por apodrecer. Para os humedecer, usar um regador – não usar mangueira. Esta última tem uma pressão de água muito mais elevada, o que pode provocar defeitos no bolbo.

Práticas Culturais

O controlo da temperatura e da humildade: A temperatura do solo deve ser de 9oC a temperatura do ar deve ser de 12oC (1asemana) passando depois para 13ºC e a do ar 15-16ºC.Humidade atmosférica elevada durante a 1a semana, depois não deve ultrapassar os 85%.Estiolamento: fazer a forçagem quando as plantas tiverem 5 cm de altura, com um filme preto ou rede de ensombramento, sobre o canteiro a 40cm de altura, para favorecer o alongamento da haste floral.Fertilização de cobertura: às duas folhas (sulfato de magnésio mais adubo com manganês). De quinze em quinze dias com nitrato de cálcio. Se a cultura está atrasada para a colheita de Natal aplicar Fertiactyl Gz, algum tempo antes.Sachas e mondas: facilitam o arejamento do solo através da quebra da crosta que se forma por ação das regas e eliminam as infestantes à medida que estas vão aparecendo. Controlo fitossanitário do solo: após plantação fazer uma rega com um fungicida. Durante os meses mais quentes (Maio a Outubro) têm que se controlar as larvas, recorrendo a um inseticida. O Controlo fitossanitário da parte aérea: Tratamentos preventivos semanais a partir da 2ª folha: Semanas ímpares - Benomil + Mancozebe; Semanas pares - Zinebe mais inseticida; Controlo da ferrugem – Topaze; Controlo ácaros – rega por aspersão e acaricidas. Controlo ambiental: as temperaturas elevadas são prejudiciais à qualidade da flor. Durante a cultura não deve haver desequilíbrios hídricos. A humidade deve ser constante. Pode-se cobrir o solo com palha ou com manta térmica. Uma boa ventilação da estufa reduz a incidência de doenças criptogâmicas.

Rega e fertilização

As tulipas pertencem às espécies bolbosas e não requerem cuidados particularmente cuidadosos, mas impõem requisitos especiais à questão da rega. A taxa de irrigação é de 10 a 40 litros por metro quadrado, mas depende do clima. Quanto mais seco o tempo, mais abundante a rega deve ser. Cultivar tulipas corretamente, é necessário a remoção de ervas daninhas, uma vez que é neles que vivem muitas bactérias que podem prejudicar as flores e adicionar e adicionar adubo. A fertilização das tulipas mesmo após a floração deve ser realizada sem falhas. Este procedimento permitirá que os bolbos das flores colhem a quantidade máxima de nutrientes. A seleção de fertilizantes deve ser abordada com cautela, pois fertilizar tulipas com complexos de fertilizantes com nitrogênio e cloro é inaceitável. O uso de adubo é benéfico para o armazenamento de bolbos nomeadamente o potássio e fósforo. Esse complexo é introduzido em uma quantidade de 30 a 40 gramas por metro quadrado de solo. Fertilize a planta o suficiente uma vez. Atualmente, no mercado de produtos de jardinagem, como parte da fertilização contém fósforo, potássio e nitrogênio, cuja composição pode variar um pouco. Esses produtos não conter cloro, para serem considerados completamente seguros para as tulipas. Seu uso permite: fornecer cebolas com uma quantidade suficiente de nutrientes. Como resultado da introdução de uma composição complexa no solo, pode-se obter um aumento significativo no material de plantio de alta qualidade. É muito importante regar a planta abundantemente em climas áridos, porque durante o período de floração ela precisa de muito mais umidade, para que a própria flor pareça mais brilhante e mais saturada. Um elemento importante para a saúde das tulipas e para o cuidado integral, é importante sachar para manter o solo fofo e permeável, ajudando as plantas a "respirar", mas vale a pena lembrar que, devido ao rápido crescimento há uma séria probabilidade de danos à tulipa.

Importante! Quando regar uma tulipa em flor, o líquido deve ser feito de tal forma que ele não caia sobre as folhas e flores.

Doenças e pragas:

As Doenças são: Fusários (podridão castanha); Penicillium (bolor azul); Rizoctonia solani; Rizoctonia tulipens; (podridão cinzenta); Erwinia carotovora (podridão mole); Botrytis tulipae; Botrytis cinerea; Phytium sp. Em 1930 descobriu-se que o agente responsável pela doença das tulipas: Tulip Breaking Virus, um vírus, o (TBV). Este vírus foi um dos primeiros vírus de plantas identificados. Apesar de existirem pelo menos cinco vírus identificados como causa desta patologia, o TBV constitui-se como o principal agente infecioso, o qual é transmitido por afídios. Os sintomas provocados pelo TBV nas tulipas são mais notórios nas flores do que no resto da planta, sendo descrita uma variação na cor das tépalas causada por despigmentação local, intensificação e acumulação de pigmentos na camada epidérmica e ocorrendo após cor original da flor se desenvolver. A maioria das flores brancas não sofrem alterações, apesar de algumas poderem mudar para rosa ou vermelho, as flores de cores escuras tornam-se mais escuras, as rosas e vermelhas brilhante são que sofrem a maior alteração na cor. Estes sintomas podem ser devidos a duas estirpes, que podem causar sintomas misturados, em que um reduz a cor da flor (STBV), que também retarda o crescimento, e o outro torna a cor mais intensa (MTBV), como já foi dito anteriormente, que tem pouca efeito no crescimento. As plantas infetadas podem apresentar manchas com diferentes formas nas tépalas, que vai desde riscas a forma de chamas. As folhas podem ou não apresentar uma cor mesclada ou cloroses e o tamanho e vigor das plantas é reduzido, pode também ocorrer redução do crescimento dos bolbos e dos rebentos. Os sintomas provocados pela infeção do TBV nas tulipas dependem da variedade da planta, da idade desta na altura da infeção e devido à proporção entre o STBV e MTBV.  As variedades de tulipas que apresentam floração dupla são mais suscetíveis ao TBV que as variedades de floração dupla. Se a planta for fortemente infetada, as flores deformam e a planta morre de forma repentina. As pragas que afetam as tulipas normalmente são: Afídios; Mosca dos bolbos e Ratos.

Floração

Para entender as características biológicas de uma tulipa, é necessário examinar em que condições naturais sua genética se formou. E essas são regiões da estepe e semidesérticas da Ásia, com o calor da primavera e do verão, aquecendo o solo a grandes profundidades. Daí o ciclo de desenvolvimento das flores bolbosas:

✔      vegetação de primavera;

✔      floração;

✔      divisão do bolbo e maturação;

✔      período de descanso no verão (aquecimento);

✔      interrupção dormência no outono;

✔      Preparação estado vegetativo no inverno (resfriamento);

✔      vegetação de primavera.

Para s área Comercial e Conservação das flores ter em conta o respetivo embalamento, fazem-se molhos de 10 hastes que se protegem com saquetas de papel celofane. Em seguida são colocados em água fria. Conservação quando a flor não é logo comercializada, conserva-se na câmara com o bolbo e com as flores cobertas com papel opaco, a seco. Corta-se depois o bolbo e colocam-se as flores na água a 2ªC, cerca de 2 horas. O bolbo deve ficar enterrado em turfa com algumas folhas para se poder continuar a desenvolver em floreira com luz para possibilitar a fotossíntese, regando com borrifador uma vez por semana.

Cuidados pós floração

As tulipas têm uma profusão de cores brilhantes, floração precoce, propriedades decorativas, mas têm uma durabilidade de floração muito curta. Os cultivadores de flores experientes sabem que cuidar de uma flor não termina com a obtenção do broto desejado, pelo contrário, depois que a parte mais difícil começa! Hoje vamos falar sobre o que as tulipas são depois da floração e como cuidar dessas plantas um tanto caprichosas. Na natureza, essas flores crescem nas montanhas ou nas estepes, onde o clima é acentuadamente continental e inóspito: faz frio no inverno e muito calor no verão. Obviamente, as tulipas que foram submetidas à seleção em vários estágios diferem de seus parentes selvagens, mas os princípios gerais permanecem os mesmos. O fato é que uma planta uterina, ou seja, um grande bolbo desde o primeiro plantio, vai cada ano mais fundo no solo para dar um lugar a bolbos mais pequenos. Nem todos se enraizarão por causa de doenças e pragas e, é claro, não crescerão na ordem que gostaríamos. Por isso vale a pena desenterrar as tulipas após a floração, a fim de controlar o processo de crescimento e floração. Se o clima em que vamos plantar as flores for ameno e quente, não há necessidade de desenterrá-las todos os anos após a floração, os bolbos ficarão bem, podendo-se executar esta operação a cada 2-3 anos, conforme necessário. A partir da sequência de ritmos biológicos, vemos que o cuidado das tulipas após a floração deve ter como objetivo a formação e a maturação de bolbos fortes e saudáveis. Continua-se a regar regularmente por 2 semanas após a floração. Certificar-se de que a terra se molhe a uma profundidade de 30 a 40 cm. As raízes da tulipa não são adaptadas para extrair água das camadas mais baixas do solo, pois são sensíveis à umidade da superfície.

Quando nos deparamos com variedades caprichosas que exigem condições especiais e tratamentos especiais, saber se tudo está em ordem com os bolbos, se há apodrecimento ou insetos, necessariamente colhem-se os bolbos todos os anos. Desenterrar tulipas é uma obrigação. Pode-se deixar os bolbos no chão, pois quando essa regra não for respeitada, ocorre degeneração de plantas e caules de flores são muito pequenos. Muitos produtores de flores iniciantes se defrontam com esta situação, quando, alguns anos depois de plantar variedades caras de tulipas, em vez de flores felpudas, com franjas e coloridas, você pode ver flores fracas com pequenas inflorescências. Em casos excecionais, as flores simplesmente não emergem e, no lugar do canteiro de flores que antes florescia, aparece um espaço vazio. Para explicar essa situação, basta conhecer as características das plantas bolbosas. Com o tempo, muitos pequenos bolbos de bebê se formam ao redor da cabeça dos pais. Com o tempo, elas crescem, o que leva ao afogamento da cabeça da mãe. As cebolas fracas não são capazes de dar uma planta cheia e magnífica. As mais persistentes são as variedades vermelhas de tulipas, que podem manter a floração abundante por vários anos. Depois da retirada dos bolbos, separam-se as “colheitas”, removem-se as amostras danificadas ou doentes e deixam-se as escolhidas a repousar em caixas de madeira ou caixas ventiladas a seco até setembro-outubro em ambientes fechados e escurecidos a mais de 20 ° C. Ela sairá da sua dormência sob a influência dos primeiros frios do outono devendo ser colocados nessa altura no solo. As tulipas durante a floração são muito bonitas, mas esse período não dura muito. Apenas alguns dias depois, as flores começam a murchar e não parecem mais tão atraentes. Nem todos os cultivadores de flores sabem cuidar de tulipas após a floração e cometem erros irritantes, tentando imediatamente cortar ou cavar bolbos. Os cuidados com a colheita dos bolbos das tulipas iniciam-se após a queda das pétalas. Na maioria das vezes, isso acontece em meados de junho. É durante esse período que vale a pena cuidar da planta desbotada.

Em primeiro lugar, parece pouco atraente e estraga a aparência do jardim; em segundo lugar, a caixa de sementes maduras atrai todas as forças da planta para si mesma, e é por isso que a bolbo começa a enfraquecer. Precisamos do efeito oposto. Importante! Quando a floração terminar, alimentem-se as plantas com fertilizantes minerais complexos, que incluem potássio e fósforo. Essa porção de alimento irá para a formação de escamas do bolbo de substituição, o crescimento das crianças. Dissolve-se 30-40 g de fertilizantes granulares num balde de água e despeja-se na taxa de 10 l / m². Removem-se as flores e sementes mortas a tempo. As sementes deixadas no caule retiram o alimento do bolbo, impedindo-a de se formar completamente. Se tivermos a tarefa de não decorar o nosso jardim, mas plantar bolbos fortes e saudáveis, cortamos o caule juntamente com o broto antes que este floresça. Isso permitirá que a planta direcione todas as suas forças para a formação e crescimento do bolbo. Certifique-se de deixar parte das folhas para uma fotossíntese bem-sucedida. Importante! Alguns jardineiros, sem saber, cortam as folhas das tulipas imediatamente após a floração. Isso não deve ser feito! Sem a parte aérea, o crescimento do bolbo é suspenso. Ao cortar flores, deixe pelo menos 2 folhas inferiores. Assim que as folhas começam a ficar amarelas, cortamos não apenas os restos da flor, mas também os caules, removemos a parte do solo da planta e desenterramos a bolbo podendo não ser necessário esperar pela secagem completa e a morte natural das folhas. Consequentemente, realizamos menos regas das tulipas após a floração. Após a maturação dos bolbos com uma pá comum adequada mergulhá-la mais fundo no solo para não danificar as plantas e arrancam-se os bolbos. Classificamos a "colheita" resultante em variedades, separamos e secamos. Locais doentes ou danificados podem ser cortados, lavados com uma solução de permanganato de potássio e polvilhados com cinzas ou carvão ativado. Depois disso, deixamos os bolbos em uma sala bem ventilada, sem luz solar direta. Nos primeiros dias, podem ser mantidos em papel ou numa bandeja perfurada depois, quando secarem, desmontam-se em bolbos separados, removemos todos os resíduos desnecessários de raízes, flocos e enxaguamos toda a solução de permanganato de potássio. Isso ajudará a evitar podridão e pragas.  Seca-se novamente e coloca-se em gavetas com orifícios. Mantem-se de modo que o material para plantio futuro no outono. 

O momento ideal para o pouso é o período de meados de setembro a meados de outubro. Em seguida, plantamos os bolbos a uma profundidade de cerca de 15 cm em solo solto e deixamos o inverno. Cuidar de tulipas após a floração é bastante simples. A regra principal é que as plantas não podem ser cortadas ou desenterradas imediatamente. Durante semanas, é recomendável regar e alimentar bem a planta. Esse recurso se deve ao fato de que, quando a flor desaparece, os bolbos das tulipas continuam a acumular nutrientes por cerca de três semanas. A escavação prematura priva-os dessa oportunidade, portanto o florescimento das tulipas pode ser menos abundante no próximo ano. Após a murcha final, o pedúnculo é removido com cuidado. Isso permitirá que a planta não desperdice energia com a necessidade de amadurecimento das sementes. Nunca se deve cortar as folhas de uma só vez, pois quando são removidas imediatamente após a floração, o desenvolvimento dos bolbos fica lento. É necessário fornecer às tulipas água suficiente e fertilizá-las com fertilizantes. Muitos jardineiros, neste momento, desejam remover as folhas amarelas, mas isso não deve ser feito. Jardineiros experientes recomendam simplesmente pressioná-los no chão ou plantar plantas perenes com tulipas para dar uma aparência estética ao canteiro de flores durante esse período. Dentro de algumas semanas, as folhas das tulipas secam naturalmente e podem ser cortadas. Para não perder o lugar do bolbo é recomendável primeiro fazer notas de orientação pelas quais se pode encontrá-los facilmente e só depois plantar outras flores.



Recolha e Colheita de Bolbos

Em geral, as tulipas podem ser divididas em três grupos quanto â colheita de bolbos:

✔      Exigindo colheita anual: lilás, com franjas, papagaio, verde, tulipas rembrandt. Existem algumas variedades tulipas especialmente caprichosas: Kaufman Tulipa kaufmanniana, Greig tulipas Tulipa greigii, algumas variedades terry, por exemplo, variedades "Stresa", "Miranda", "Princess Charmant".

✔      Variedades que é possível ser desenterradas cada 2 anos, mas não desejável, melhor desenterrar todos os anos: não híbridos Darwin, tulipas Triumph e simples.

✔      Tulipas que podem crescer até 5 anos sem cavar são variedades e híbridos de Kaufmann, Foster, Greig.

✔      Existem variedades cujos bolbos precisam ser desenterrados mais cedo, imediatamente após a floração, quando as folhas começam a ficar amarelas e não saem nem em solo seco - elas apodrecem.

Existem várias razões para arrancar e colher os bolbos. Uma característica do crescimento de bolbos de tulipa é o desejo constante de ir mais fundo. Se não forem desenterrados após cada floração, a cada estação os bolbos formados vão cada vez mais para o fundo do solo e a uma grande profundidade, é mais difícil para eles crescerem. As mudas estão se tornando cada vez menores a cada ano, a floração para. Com o tempo, as tulipas param de brotar. As flores vão desaparecer. Outro motivo que força os jardineiros a cavar bolbos todos os anos é a rápida degeneração das diferentes variedades de tulipas. Note-se que se as variedades exóticas de tulipas (papagaio ou franjas) não forem desenterradas no final da temporada, depois de pouco tempo as tulipas retornam à sua forma original. Outra razão pela qual as tulipas são melhores para desenterrar é a necessidade de um período de descanso. Durante esse período, uma flecha de flor se forma no bolbo. O cultivo contínuo de qualquer planta em um só lugar leva ao acúmulo de resíduos e patogenias ao seu redor. A escavação anual de bolbos e o plantio em um novo local reduzirá a probabilidade de infeção dos plantios e proporcionará aos plantios solo fresco. Outro motivo para desenterrar bolbos de tulipa é a triagem. Os bolbos são classificados por tamanho. No outono, é melhor plantar bolbos grandes e pequenos separadamente, rejeitando plantas doentes e fracas.


Existe uma regra geral para determinar o tempo ideal para colher os bolbos: desenterra-los quando um terço, das folhas, ficar amarelo. Pode-se esperar que as folhas da planta murchem completamente se o tempo não for muito húmido. Cavar os bolbos apenas em tempo seco, quando o solo se espalhar livremente. As plantas são cuidadosamente removidas do solo, juntamente com as folhas e caules remanescentes nos bolbos. Os restos da parte aérea e as raízes muito longas dos bolbos são cortadas. Os bolbos são lavados em uma solução rosa-clara de permanganato de potássio. Se os bolbos forem escavados em clima húmido, todo o solo deverá ser lavado cuidadosamente. Se a primavera se destacasse fria e chuvosa, mas o calor do verão não chegava. Os bolbos devem ser desenterrados sem esperar que as folhas fiquem amarelas. Nesse caso, os bolbos são plantados para amadurecimento em caixas cheias de solo seco. Retirar o bolbo sem eliminar as folhas. Colocar num prato fundo e cheio de turfa ligeiramente húmida e à medida que as folhas vão secando, retire-as e guarde num local escuro e seco. Recomenda-se que os bolbos crus sejam tratados com fungicida, aplicar produtos químicos, como clorotalonil, metilo, tiofanato ou iprodione. Em uma solução dessas preparações, os bolbos devem ser mantidos por 30 minutos. Depois de desenterrar os bolbos de tulipa, eles são cuidadosamente limpos da terra e lavados. Se cavar nesta fase, salva-se o ninho inteiro do bolbo intacto - eles não se desfazem. A escavação de bolbos é recomendada do final de junho à segunda década de julho. A escavação pode ser feita com uma pá ou com uma pá de baioneta. Para evitar a possibilidade de danos às cabeças, recomenda-se focar nos restos de hastes secas. É recomendado preliminarmente avaliar a prontidão a disposição do plantio para este procedimento. Para fazer isso, cave uma cebola e faça sua inspeção visual. Para desenterrar os bolbos, é melhor escolher um dia quente e ensolarado para que os bolbos possam secar normalmente; trabalhe a pá com cuidado para não danificar as raízes e os bolbos das tulipas. Cavar com uma pá, agarrando um pedaço de terra que se afasta um pouco da plantação, se as folhas e pedúnculos ainda estiverem fortes, sacudir o chão e não cortar a parte acima do solo, os topos restantes ainda fornecem nutrientes para os bolbos. É melhor manter os garfos ou a pá ao cavar os bolbos na posição vertical - menos propensas a danificá-las. Não vale a pena tirar as tulipas do chão, puxando-as pela haste - a haste pode permanecer nas mãos e a bolbo no chão.


Depois de cavar, inspecionar cuidadosamente os bolbos. Se se desenterrar os bolbos em tempo chuvoso, lave-as e seque-as. O Bolbo de tulipa saudável é denso, suave e com um leve brilho. Você pode prosseguir com a escavação das flores se os seguintes sintomas forem evidentes: cebolas têm boas raízes; manchas castanhas são visíveis; as extremidades do tronco estão secas e facilmente enroladas ao redor do caule. Recomenda-se que a maioria das variedades de tulipas seja desenterrada anualmente. Variedades resistentes a doenças podem ser desenterradas uma vez a cada 2 anos. A extração de cebolas do solo é melhor realizada em um dia ensolarado, pois isso permitirá obter cebolas limpas e secas. Ao cavar, as seguintes regras devem ser observadas: aprofundar a pá com cuidado, caso contrário, as raízes podem ser danificadas; a escavação começa com as variedades mais precoces; bolbos defeituosos são sujeitos a rejeição. Antes do trabalho, vale a pena preparar as caixas de papelão com antecedência e fazer inscrições de quais variedades ou flores de tulipas estão nela. No futuro, essas ações simples podem evitar confusão com variedades de plantio e erros na combinação de cores. Após a escavação, todo o material de plantio é lavado em água corrente e seco cuidadosamente. Recomendado para fazer molho de cebola com solução de manganês a 5%. Se o material de plantio tiver alta humidade, no futuro, durante o armazenamento, ele apodrecerá e rachará. Para uma boa secagem, basta guardar os bolbos numa sala seca por 14 dias a uma temperatura de 22 a 25 ° C. Durante este período, haverá a formação de um broto e haste da flor. Se nesse momento a temperatura estiver baixa, essa formação não ocorrerá e a bolbo poderá não florescer no próximo ano.

Armazenamento

Os bolbos, colhidos, são bem secos durante uma semana num local quente, sombreado e ventilado. Depois disso, o material de plantio é limpo de raízes, as escamas antigas, classificadas por tamanho, as amostras doentes e danificadas são rejeitadas. Depois de concluir a fase de secagem, você pode começar a classificar o material de plantio. Cada bolbo é limpo de escamas. As crianças são separadas de cada cebola adulta e colocadas em recipientes separados. Ao mesmo tempo, o paciente é rejeitado, o material defeituoso e os bolbos são classificadas por tamanho. Todo o material de plantio é armazenado em caixas armazenadas em uma sala seca e escura. Recomenda-se o uso de recipientes com fundo de malha. Colocar cebola deve ser feito não mais do que duas camadas. As primeiras 4 semanas do bolbo são armazenadas a uma temperatura de 23 a 25 ° C. Gradualmente, a temperatura é reduzida para 17 ° C. Um aspeto importante e que deve ter em conta na seleção dos bolbos é que têm que ser consistentes ao tato e com uma pele fina (como a das cebolas). Não guarde nem plante bolbos murchos ou em mau estado. Armazenar em caixas dispostas numa área seca e ventilada. A temperatura ideal de armazenamento no primeiro mês é de 24 a 25 graus, com um nível de humidade não superior a 70%. Se as condições climáticas permitirem, as caixas podem ser instaladas sob um dossel na rua. Em clima frio e húmido, não vale a pena deixar os bolbos na rua. Colocar apenas cebolas saudáveis, sem manchas. Todos os suspeitos na caixa de quarentena, possivelmente os alarmes serão em vão e os bolbos ficam bem, especialmente após o tratamento com fungicidas. Você pode secar as cebolas como cebolas em redes de nylon para vegetais nos quais elas são vendidas no supermercado. É importante que o local de secagem seja bem ventilado, não ao sol, com um leve sombreamento, o melhor de tudo - o sótão de uma casa de campo ou de um celeiro.

As tulipas são armazenadas até o plantio - por 2 a 2,5 meses. Neste momento, a flor em botão está deitada no próximo ano, por isso é importante criar condições ideais. O regime de temperatura no período inicial de armazenamento deve ser maior (23–25 ° C); após 1–1, 5 meses, é reduzido para 15–18 ° C; no momento da preparação para o plantio, eles estão próximos das condições naturais (10–12 ° C). Para fazer os bolbos "respirarem", despeje-as em 1-2 camadas, não permita a secagem tegumentar. No primeiro mês, a temperatura é necessária em torno de 24 a 25 ° C, não abaixo de 23 ° C, com umidade não superior a 70% e movimento do ar muito bom. Por exemplo, é inaceitável armazenar na garagem, qualquer garagem é uma caixa que não pode ser vendida onde o mofo pode crescer facilmente; é melhor armazená-lo na rua, sob um dossel. Se o tempo estiver ruim, levaremos os bolbos para casa no mezanino ou debaixo da cama, uma maneira antiga e comprovada. O cuidado adequado das tulipas e o cumprimento das regras de armazenamento permitirão que as cebolas relaxem e, no próximo ano, você poderá esperar uma floração abundante delas.

Temperatura de armazenamento do bolbo

Durante o armazenamento, os bolbos devem ser protegidos o máximo possível do acesso à luz. Sob condições naturais, os bolbos estão constantemente no chão, portanto a luz extra não é natural para elas. Para que os processos fisiológicos naturais dos bolbos não sejam perturbados, eles precisam de escuridão completa. Os bolbos tulipa não podem ser armazenadas em ambientes com alta humidade. Ao mesmo tempo, a secura excessiva também é perigosa para os bolbos. Quando armazenadas em uma sala quente e seca, os bolbos secam completamente e literalmente se transformam em poeira. Especialistas dizem que a manutenção de todos os ciclos de amadurecimento dos bolbos garante que as características das plantas sejam preservadas. No primeiro mês após a extração do solo, é colocada a gema de uma flor e a formação de gemas dos bolbos substitutos e filhas. No segundo mês, ocorre a postura dos primórdios das folhas. E no último mês, os estames, ovários e pilão são depositados. A violação das condições de temperatura recomendadas leva à formação de botões "cegos" durante o cultivo no solo.

Regras de secagem seleção e classificação de bolbos

Antes da classificação, os bolbos são pré-secas e somente depois classificados por grau e tamanho. Antes da secagem, a triagem não é recomendada, pois você pode danificar acidentalmente a superfície delicada dos bolbos. Os bolbos devem ser secos em local bem ventilado e protegido do sol. É melhor colocá-los em uma camada nas prateleiras do celeiro ou no sótão da casa de campo. Na primeira semana após a secagem, as escamas superiores e grossas e os restos das raízes caem dos bolbos.

Após a secagem, os bolbos são dispostos em caixas diferentes, classificadas por tamanho e classe. Ao mesmo tempo, amostras com lesões e sinais da doença são rejeitadas. Uma cebola saudável tem uma superfície dura e suave de cor creme. No topo do bolbo está coberta uma fina escama castanho dourada.

Renovação do canteiro com outras plantas:

A aparência feia de tulipas desbotadas e folhas secas estraga a vista do jardim. Prosseguindo o projeto de canteiros de flores de tulipa após a floração, os jardineiros usam vários métodos comprovados. Pode-se plantar Sálvia, zínia, petúnia, begônia, malmequeres, ou dálias, antirrínicos e crisântemos anuais - eles irão ter a sua floração até o final do outono, para depois renovar com as tulipas. Outras plantas com diferentes períodos de vegetação e floração são selecionadas, mas para que se movam ativamente para o crescimento não antes da segunda quinzena de maio. Os "vizinhos" geralmente reconhecidos das tulipas são hospedeiros perenes, astilbe, samambaias. Se não se planear arrancar as tulipas, a cobertura do solo é ideal - sedum, flox, pervinca, beldroegas. Nota! Se os bolbos de tulipa amadurecerem djacentes a outras plantas, ter cuidado com a rega. O registro excessivo de água pode levar à deterioração dos bolbos.

Não esquecer da preparação do solo para o próximo ciclo: durante o verão, o solo é compactado, empobrecido, perde nutrientes e porosidade, após a limpeza do canteiro, pode ser preparado qualitativamente para plantios frescos.

O festival de cores e a exuberância da sua elegância e beleza da tulipa, impõe a sua presença em qualquer jardim ou espaço verde em cada Primavera e um desafio pra quem gostar de jardinagem.

Pensem nisso e cultivem.

António Veiga






 
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